Premier League

O Arsenal se torna mais uma vítima do imparável City, que emenda 18 vitórias seguidas – 13 pela Premier League

Ninguém consegue parar o Manchester City na Premier League. E não seria o Arsenal, em temporada claudicante, a interromper a série de vitórias do time de Pep Guardiola. O placar de 1 a 0 permitiu que os Gunners ainda almejassem um ponto até os minutos finais da partida no Estádio Emirates. Todavia, a superioridade dos celestes foi maior do que o placar indica, com a equipe criando as melhores oportunidades e um início de partida fantástico para abrir a vantagem. Os Citizens chegam a 25 jogos de invencibilidade e emendam seu 18° triunfo consecutivo. Números superlativos que apenas escancaram a fase sublime que desfrutam.

Mesmo que o favoritismo do City fosse amplo, impressionou a rapidez com que os celestes construíram sua vitória. O gol saiu com menos de dois minutos. Num lance iniciado por um ótimo lançamento de Rúben Dias, Riyad Mahrez rabiscou pela direita e abriu espaço para um cruzamento milimétrico. Raheem Sterling subiu sozinho na risca da pequena área e cabeceou para dentro. Numa formação dinâmica de Pep Guardiola, sem um centroavante e com diferentes jogadores se revezando como falso nove, as infiltrações eram fundamentais e o meia cumpriu este papel.

Uma goleada parecia possível, com o Manchester City massacrando o Arsenal durante os primeiros minutos. Os celestes chegaram a ter 88% de posse e eram beneficiados pelo retorno de Kevin de Bruyne, fundamental neste controle. O meio-campista quase construiu o segundo, num ótimo passe para Sterling se infiltrar na área, mas a defesa londrina conseguiu travar o atacante. Os avanços se sucediam e Mahrez aproveitava o corredor na direita, faltando apenas acertar as conclusões. Como se não bastasse, os Citizens eram agressivos na recuperação, com participação constante de Fernandinho.

O Arsenal passaria a equilibrar um pouco mais o duelo com o passar dos minutos, mas ainda seguia com muitas dificuldades para segurar o City. A qualidade nos passes dos celestes era impressionante, mesmo que não gerasse necessariamente um bombardeio. Ilkay Gündogan poderia ter feito mais um aos 34, mas seria travado. Os Gunners, do outro lado, teriam momentos breves de ataque e melhorariam na reta final do primeiro tempo. Kieran Tierney e Nicolas Pépé arriscaram, mas sem precisão.

No retorno do segundo tempo, o City aumentou novamente a sua intensidade e De Bruyne quase anotou um golaço por cobertura. Gündogan também incomodaria, exigindo uma boa defesa de Bernd Leno. Guardiola tiraria De Bruyne aos 18 minutos, para a entrada de Gabriel Jesus. Os Citizens ainda tinham o controle da partida, mas atuavam numa rotação mais baixa. Enquanto isso, o Arsenal parecia respeitar demais os adversários e não ganhou muita capacidade ofensiva. Apesar de uma chegada ou outra mais perigosa, a defesa celeste se segurava.

Quando o City parecia permitir uma pressão final do Arsenal, seu ataque voltou a responder e quase conseguiu o segundo gol. João Cancelo tabelou com Jesus e tentou um chute marrento de trivela, mas a bola saiu ao lado do poste. Logo depois, os Gunners ainda teriam que substituir Rob Holding por David Luiz, após o defensor sofrer uma concussão. E o abafa dos londrinos não daria muito resultado. Os Citizens mantiveram sua área a salvo, sobretudo pela segurança de Dias no miolo da zaga. Gastaram o tempo até o apito final.

O Manchester City chega aos 59 pontos, dez a mais que o Leicester, ainda aguardando o resultado do Manchester United. Liderança incontestável do time que, apenas pela liga, venceu seus últimos 13 compromissos e não perde há 17 rodadas. O Arsenal é o décimo colocado. Com 34 pontos, vê a situação piorar e fica a 11 pontos da zona de classificação à Champions, após a vitória do West Ham sobre o Tottenham.

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Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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