Matheus Nunes pegou na veia e seu golaço carimbou a reestreia de Lampard no Chelsea com derrota
Matheus Nunes anotou um gol fantástico e, melhor ao longo da tarde, o Wolverhampton fez por merecer o triunfo no Molineux
Existia uma certa expectativa pela reestreia de Frank Lampard no Chelsea, mais por sua idolatria no clube do que necessariamente pelo histórico como treinador. Porém, não foi a lenda que mudou os rumos do que é uma temporada desastrosa aos Blues. O retorno do veterano teve nova derrota, agora para o Wolverhampton, na visita ao Estádio Molineux. Os londrinos continuaram com muitos problemas na conclusão das jogadas e nem fizeram o goleiro José Sá sujar a camisa. Enquanto isso, muito mais feliz foi Matheus Nunes. O meio-campista anotou uma pintura no meio do primeiro tempo, que valeu o triunfo por 1 a 0 aos Lobos e três pontos importantes em busca da permanência na Premier League.
O Chelsea iniciou a partida com visível ânimo e passou a rondar o gol com uma sequência de escanteios. Mas logo o Wolverhampton também teria suas bolas paradas e, diante da falta de oportunidades, os Blues não conseguiam se impor. Aos poucos, a equipe perdeu seu volume ofensivo. Já a partir dos 20 minutos, quem passou a mandar no duelo foram os Lobos. Eram mais velozes e atacavam em profundidade, com ajuda de João Gomes nos passes. O primeiro aviso aconteceu aos 27, numa batida desviada de Mario Lemina.
A postura do Wolverhampton terminou recompensada com o gol aos 31 minutos. E foi um lance magistral de Matheus Nunes. Num cruzamento que a defesa do Chelsea não conseguiu afastar, o meio-campista aproveitou a bola solta para mandar uma sapatada na área. Pegou na veia, num míssil cruzado que saiu totalmente do alcance de Kepa Arrizabalaga e entrou rente à trave. Atordoados, os Blues não indicavam qualquer reação. E quase o segundo dos Lobos veio antes do intervalo, quando Diego Costa botou Kepa para trabalhar.
O Chelsea melhorou na volta para o segundo tempo. Rodava a bola com mais velocidade e mais consciência. Mesmo assim, acabava travado pela marcação do Wolverhampton na hora de finalizar. A equipe teria uma reclamação de pênalti, enquanto a primeira alteração promoveu a entrada de Christian Pulisic aos 16. Os Lobos, de qualquer maneira, tentavam encaixar algum contragolpe que permitisse uma vantagem maior. Matheus Cunha aparecia, mas sem finalizar bem.
Uma troca tripla aconteceu no Chelsea aos 23 minutos, com as entradas de Mykhaylo Mudryk, Ben Chilwell e Pierre-Emerick Aubameyang. Lampard renovou as energias do ataque, mas os problemas da equipe eram os mesmos das últimas rodadas, com muitas dificuldades de conseguir seu gol. O Wolverhampton era até melhor nesse momento, com o controle defensivo e um escape ou outro. À medida que a reta final do jogo se aproximava, a frustração dos londrinos ficava mais clara. Não fariam nada suficiente para arrancar pelo menos o empate no Molineux.
O negócio do Chelsea será mesmo a Champions. Com a quarta partida sem vencer na Premier League, a equipe estaciona nos 39 pontos e ocupa o 11° lugar, muito longe da briga pelo G-4. Nem dá para esperar mais qualquer milagre, ainda mais com a recuperação recente do Newcastle. Já o Wolverhampton respira e se distancia um pouco mais da briga contra o rebaixamento. É o 12° colocado, com 31 pontos, quatro acima do Z-3.