Premier League

A pintura de Álvarez valeu o triunfo para o City num jogo morno contra o Newcastle

Julián Álvarez acertou um lindo chute e mandou no ângulo, no grande lance de uma partida abaixo do que se esperava

O Estádio Etihad abrigou neste sábado o duelo entre o atual campeão da Premier League contra uma das sensações da temporada passada. Era possível esperar um jogo grandioso, não apenas pelo Manchester City, mas também pela estreia arrasadora do Newcastle na nova temporada. Entretanto, a partida ficou devendo. Foi um embate arrastado, em que os Magpies tiveram dificuldades para ameaçar e os Citizens optaram pelo controle. O time de Pep Guardiola nem martelou muito, satisfeito com o triunfo por 1 a 0. O lampejo da noite ficou por conta de Julián Álvarez, autor do gol que abriu o placar – um golaço na gaveta. Phil Foden também merece elogios, o melhor em campo por seu papel na criação.

O Manchester City precisava se virar com a lesão de Kevin de Bruyne. O meio tinha Mateo Kovacic e Rodri, com Jack Grealish e Phil Foden abertos nas pontas. Julián Álvarez atuava numa posição mais central, no apoio a Erling Braut Haaland. Josko Gvardiol, por sua vez, entrava aberto pelo lado esquerdo da defesa. O Newcastle mantinha o meio com Bruno Guimarães, Sandro Tonali e Joelinton. Já na frente, o trio formado por Miguel Almirón, Alexander Isak e Anthony Gordon.

O golaço de Álvarez

O primeiro tempo não teve o ritmo intenso que se imaginava. O Manchester City ditava a partida, enquanto o Newcastle respeitava seus adversários. Os Magpies ficavam mais recuados e não conseguiam acertar as transições. Foi uma etapa inicial de controle e volume dos Citizens, mas não necessariamente de bombardeio contra a meta de Nick Pope. A equipe da casa encontrou dificuldades para criar chances e mesmo para acionar Haaland. De Bruyne fazia falta, sem tanta criatividade.

A maior parte das finalizações do Manchester City era bloqueada. O time demorou 31 minutos para acertar um arremate no gol. Mandou logo nas redes, em pintura de Julián Álvarez. Foden se infiltrou após o passe de Kovacic e serviu Álvarez, que buscou o chute colocado. Mandou a bola na gaveta de Pope, que nada pôde fazer, mesmo resvalando na bola. A situação era confortável aos Citizens, sem que o Newcastle acordasse. O ataque dos Magpies estava muito isolado. A diferença ainda poderia ser maior, num lance de Haaland, que bateu cruzado e mandou ao lado da trave. Não era a melhor apresentação do City, mas a maneira como o Newcastle estava contido era um mérito dos celestes.

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Sem resposta no segundo tempo

O Newcastle aumentou a intensidade na volta para o segundo tempo. Ainda não era aquela apresentação elétrica como na estreia, mas o time demonstrava mais disposição. Todavia, a dificuldade para ameaçar Ederson se mantinha. A equipe realizou suas primeiras trocas aos 11, com Joelinton inclusive saindo lesionado. Do outro lado, o Manchester City recuperou a posse de bola na sequência do segundo tempo. E tinha seus melhores lances com Haaland. O centroavante conseguiu uma coleção de oportunidades por volta dos 20 minutos. Depois de errar o alvo na primeira, parou em boa defesa de Pope depois.

A ação do City foi importante para conter o Newcastle de novo. Levou um tempo para que os alvinegros voltassem ao ataque, mas ainda sem contundência. Ederson fez uma defesa segura quando precisou trabalhar e a defesa afastava os cruzamentos. Os Citizens buscavam cadenciar, sentindo também a falta de preparo físico do início da temporada. E chamava atenção como Pep Guardiola não fazia alterações. A reta final da partida era arrastada, com posse do Newcastle e contragolpes do City. Muito bem na segunda etapa, Phil Foden era quem tentava algo e parou numa defesa de Pope com o pé aos 44. Os Magpies sequer tiveram forças para isso.

O Manchester City soma seis pontos na Premier League, ao lado do Brighton com 100% de aproveitamento. A equipe enfrenta o Sheffield United na próxima rodada. Já o Newcastle tem três pontos e vai ter paradas duras para se recuperar. A sequência guarda duelos contra Liverpool, Brighton e Brentford.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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