Premier League

Exímio nas bolas paradas, Leighton Baines se aposenta do futebol aos 35 anos como lenda do Everton

O lateral esquerdo Leighton Baines, do Everton, anunciou a aposentadoria do futebol, aos 35 anos. O jogador fez o seu último jogo como profissional na derrota por 3 a 1 para o Bournemouth, neste domingo, na última rodada da Premier League. Foram 420 jogos pelo Everton, clube que defendia desde 2007.

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O jogador ficou conhecido por sua precisão nas bolas paradas. Fossem cobranças de faltas, escanteios ou mesmo pênaltis, o lateral sempre se notabilizou por levar perigo ao gol adversário. Seus escanteios e faltas costumavam levar perigo, fosse para tiros diretos, fosse para cruzamentos.

Confiável e regular, Baines manteve um excelente nível de desempenho ao longo da carreira. Começou a carreira atuando mais à frente, no meio-campo ou no ataque, pelos lados, mas se consolidou na lateral esquerda. Foi por lá que brilhou e chamou a atenção do Everton para dar o salto na carreira que o possibilitou ser um dos melhores da sua posição.

Baines foi contratado em 2007 depois de ser formado no Wigan, onde estreou em 2002. Sua contratação custou € 7,5 milhões na época (€ 9 milhões, em valores corrigidos pela inflação). Tornou-se capitão do Everton e se tornou um dos melhores da posição na Inglaterra. Começou a perder espaço com a contratação de Lucas Digne, em 2018. O francês chegou do Barcelona e, pouco a pouco, se tornou um titular importante do time.

Apesar de reserva, Baines era chamada eventualmente para substituir o titular. Nesta temporada, jogou pouco, porém, com só nove partidas, considerando todas as competições. Destas, só quatro como titular. Apesar de participar pouco dos jogos, o Everton estava disposto a mantê-lo e ofereceu uma renovação de contrato por mais 12 meses, até o fim da próxima temporada. O técnico Carlo Ancelotti queria a sua permanência.

“Leighton tomou a decisão de parar de jogar”, disse Ancelotti. “Eu acho que todo torcedor do Everton tem que agradecer a ele. Nós gostaríamos de mantê-lo no clube porque seu conhecimento é muito importante. É decisão dele”, afirmou Ancelotti sobre o assunto. O jogador foi homenageado na partida contra o Bournemouth. Entrou aos 71 minutos (26 do segundo tempo) substituindo Lucas Digne. Ao final do jogo, o telão mostrava mensagem de agradecimento a Baines, que defendeu por tanto tempo o Everton em Goodison Park.

“Eu estou incrivelmente orgulhoso de ter representado o Everton pelos últimos 13 anos e minha decisão de aposentar foi difícil de tomar. Depois de falar com a minha família, eu sinto agora que é a hora certa para encerrar minha carreira de jogador, mas eu faço isso com muitas grandes memórias neste orgulhoso clube de futebol”, diz a carta de despedida de Baines, publicada no site do Everton.

“Como alguém da cidade [nasceu em Kirkby, na região de Liverpool], o Everton significa muito para mim e tem sido uma honra ser parte do clube por tanto tempo. Eu gostaria de agradecer a todo mundo que me apoiou durante meu tempo no Everton, especialmente os torcedores que foram fantásticos comigo desde o momento que eu cheguei. Se cuidem e obrigado novamente, Leighton”, conclui o lateral.

No total, além dos 420 jogos, Baines fez 39 gols e 67 assistências jogando pelo Everton. Ainda jogou 30 partidas pela seleção inglesa e esteve na Copa do Mundo de 2014 pela seleção. Ele parecia um nome certo para substituir Ashley Cole, mas não teve continuidade. Danny Rose, do Tottenham, acabou ganhando mais espaço na seleção e acabou por tomar o seu lugar.

Baines certamente deixará saudades pelo seu estilo de jogo ofensivo, seus chutes e cruzamentos perigosos e por lembrar um pouco o visual aos 1960. Quase como um jogador antigo, em visual, atuando no futebol atual. Seu último gol marcado foi nas quartas de final da Copa da Liga, contra o Everton, justamente em Goodison Park. Um lindo chute de fora da área, no ângulo, que igualou o marcador contra o Leicester. O Everton perderia a disputa nos pênaltis. Aquele gol, porém, é uma boa recordação de tantos bons momentos vividos pelo lateral com a camisa dos Toffees.

Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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