Premier League

Klopp e Tuchel ficaram desanimados com chances de título, mas Guardiola se recusa a entrar na onda

Os resultados da semana deixaram o Manchester City com oito pontos de vantagem para o segundo colocado da Premier League

A briga pelo título da Premier League corre três frentes desde o começo da temporada, mas os resultados desta semana deram grande vantagem a um dos candidatos. Liverpool e Chelsea perderam pontos, enquanto o Manchester City venceu o Brentford por 1 a 0 e abriu oito para o segundo colocado. A situação deixou os técnicos Jürgen Klopp e Thomas Tuchel desanimados com as suas chances de serem campeões. Mas Guardiola não quis entrar na onda e lembrou que ainda há muito campeonato pela frente.

Ele tem razão, mas tirar oito pontos de vantagem de um time com a regularidade do Manchester City – sem falar no potencial de encaixar jogos magníficos com frequência – é realmente muito difícil. O Liverpool tem um jogo a menos, após seu compromisso no Boxing Day contra o Leeds ser adiado pela onda de Covid-19 na Inglaterra, e pode ficar a seis. Para deixar a posição do City ainda mais confortável, seus dois principais perseguidores se enfrentarão no segundo dia de 2022.

Tuchel estava particularmente irritado após sofrer um gol de Danny Welbeck aos 46 minutos do segundo tempo na última quarta-feira e deixar escapar a vitória contra o Brighton. Reclamou da arbitragem, que não deu um pênalti sobre Christian Pulisic, de maneira equivocada em sua visão, e anulou um gol de Mason Mount por uma falta que, para ele, foi “50-50”.

O campeão europeu não emplaca duas vitórias seguidas desde o fim de outubro e ganhou apenas uma das últimas quatro rodadas da Premier League. Está sofrendo com muitos desfalques. Tuchel pontuou que ficou sem sete jogadores que testaram positivo para Covid-19, além das lesões, como de Ben Chilwell, Thiago Silva e Ruben Loftus-Cheek. Reece James e Andreas Christensen sentiram dores contra o Brighton e podem virar problemas de médio prazo também.

“Temos sete casos de Covid. Temos cinco ou seis jogadores fora por seis ou mais semanas. Como poderíamos competir pelo título? Todos os outros estão com o time completo, todos treinando com força máxima. Seríamos estúpidos de pensar que podemos competir sem jogadores por Covid ou lesão. Todo mundo seria estúpido em fazê-lo sem 23 jogadores em forma. Essa é a realidade, é onde estamos e temos que nos adaptar às demandas da situação em que estamos”, disse.

O Liverpool perdeu apenas o seu segundo jogo da temporada contra o Leicester, na terça-feira, mas foi o segundo tropeço consecutivo. Apesar de ter perdido um pênalti com Mohamed Salah quando a partida estava 0 a 0, e de ter desperdiçado mais uma série de chances, a atuação não agradou Klopp, que afirmou que não era o plano deixar que o Manchester City se afastasse tanto.

“Tantas vezes esses rapazes me dão a chance de dizer ‘wow, que jogo’. Dessa vez é ‘wow’, mas de uma maneira completamente diferente. Não foi bom”, avaliou Klopp. “É uma diferença grande. Além disso, nós e o Chelsea nos enfrentaremos. Se jogarmos como contra o Leicester, não podemos pensar em alcançar o City. Se jogarmos nosso futebol e conseguirmos ganhar jogos, podemos ver quantos pontos conseguimos somar e o que isso significa”, explicou.

Experiente, dono de mais títulos de ligas nacionais do que de fios de cabelo, Guardiola sabe que a disputa ainda não acabou. “Ainda há 54 pontos em disputa. Obrigado pelas bonitas palavras, mas não acreditarei em qualquer palavra sobre já ter acabado ou que seja esperado porque Chelsea e Liverpool são mais do que excepcionais. Um é campeão da Europa e o outro tem sido nosso grande rival nos últimos anos. A distância não existe porque eles perderam pontos, mas porque nós ganhamos dez jogos seguidos”, disse o técnico.

Contra o Brentford, o City buscava, além da décima vitória consecutiva, igualar o recorde do clube na primeira divisão de quatro jogos de liga em sequência fazendo pelo menos quatro gols, que data de 1905. Não rolou, mas os três pontos foram satisfatórios. Tentará manter o bom momento no primeiro dia do ano, contra um Arsenal em forma, no Estádio Emirates.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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