Haaland dizimou o recorde de gols da Premier League e ajudou o Manchester City a recuperar a liderança
Ninguém marcou mais vezes em uma única edição da era moderna do Campeonato Inglês do que o norueguês - que chegou a 35 gols em 31 rodadas

Bem no começo da era Premier League, Andy Cole (1993/94) e Alan Shearer (1994/95) marcaram 34 gols em uma única edição e e esse recorde da era moderna do Campeonato Inglês perdurou por quase três décadas. Alguns chegaram perto, como Kevin Phillips, Thierry Henry, Cristiano Ronaldo, Robin Van Persie, Luis Suárez e Mohamed Salah. Mas quem dizimou a marca, logo em sua primeira temporada, foi Erling Haaland. Nesta quarta-feira, o norueguês fez seu 35º tento (em apenas 31 jogos) na vitória por 3 a 0 sobre o West Ham e ajudou o Manchester City a ficar um passo mais próximo do terceiro título consecutivo.
Haaland está posicionado para estabelecer um novo recorde que talvez seja inatingível – a menos que ele próprio o bata nos próximos anos – porque ainda tem cinco jogos pela frente e sua média de gols é superior a de um por partida. Andy Cole precisou de 40 rodadas, e Alan Shearer, 42, em uma liga maior que a atual, para chegar aos 34 gols. O Campeonato Inglês é mais do que centenário, e o recorde geral é provável que nem Haaland consiga bater: os 60 de Dixie Dean em 1927/28.
Ainda vivo nas três competições mais importantes do calendário, Pep Guardiola rodou um pouco seu elenco para encarar a maratona. O treinador catalão optou por dar um descanso para o brasileiro Ederson e começou com Stefan Ortega no gol. Bernardo Silva entrou na vaga de Gündogan, e Nathan Aké retornou pelo lado esquerdo da defesa. Com dor na perna, Kevin de Bruyne sentou no banco com roupa de civil. Três titulares do West Ham ficaram doentes e viraram desfalques de última hora: Tomas Soucek, Declan Rice e Nayef Aguerd, segundo o técnico David Moyes.
Avassalador em casa, o Manchester City manteve 80% de posse de bola no primeiro tempo, mas não teve tantas chances claras contra um time que sabe se fechar muito bem. Jack Grealish pela ponta esquerda era a principal fonte de criatividade. Aos nove minutos, ele rolou à entrada da área, onde Mahrez chegou batendo de primeira. Fabianski fez a defesa por baixo. Mais tarde, cruzou à segunda trave, e Haaland apareceu como um raio para cabecear para fora.
Uma das raras chegadas do West Ham aproveitou um cochilo da defesa. Jarrod Bowen recebeu a cobrança de lateral quase em cima da linha, avançou em linha reta e meio que chutou meio que cruzou, em cima de Ortega, que fechou bem o ângulo. Grealish resolveu parar de passar e, após receber de Álvarez, bateu no lado de fora da rede. A melhor chance da etapa inicial saiu em uma tabela entre Rodri e Haaland. O volante espanhol invadiu a área e acertou o pé da trave.
A bola parada permitiu que o City abrisse o placar logo no começo do segundo tempo. Mahrez cobrou com precisão à segunda trave, onde Aké apareceu para cabecear à queima-roupa. A partida ficou um pouco mais morna, com o West Ham mantendo posse de bola, sem conseguir furar a defesa do City, e, em um contra-ataque, fim de papo. Grealish recebeu na região do círculo central e acionou Haaland nas costas da defesa. Cara a cara com Fabianski, o norueguês deu uma cavadinha para entrar de vez na história da Premier League.
Nos minutos finais, depois de uma rebatida em escanteio, Phil Foden pegou de primeira da entrada da área e contou com um desvio para fechar o placar. O resultado faz com que o Manchester City recupere a primeira posição do Campeonato Inglês, depois da vitória do Arsenal sobre o Chelsea na última terça-feira. Em busca do primeiro tricampeonato desde a Era Alex Ferguson, os homens de Guardiola têm 79 pontos, um a mais que os Gunners, e com uma partida a menos.
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