Premier League

Gerrard: “Quando falei com o Villa, queria que acontecesse logo, era uma oportunidade muito grande”

Novo comandante do Aston Villa, Gerrard demonstrou empolgação para assumir o novo clube

Steven Gerrard retorna à Premier League sob grandes expectativas. Os três primeiros anos do ex-meio-campista como treinador foram brilhantes, ao reavivar a grandeza do Rangers e garantir o primeiro título do clube no Campeonato Escocês desde o descenso para a quarta divisão – de quebra, com uma campanha invicta e o gosto de impedir o inédito decacampeonato do rival Celtic. A despedida de Ibrox no meio da temporada não foi o fim que muitos torcedores queriam, mas o técnico preferiu agarrar a oportunidade de assumir um clube em melhores condições financeiras e numa liga de maior projeção. Assim, vira o novo comandante do Aston Villa. Nesta segunda-feira, orientou seu primeiro treinamento.

Em sua primeira entrevista como técnico dos Villans, aos canais oficiais do clube, Gerrard salientou seu respeito pelo Rangers e por aquilo que construiu em Ibrox. Por outro lado, mostrou grande empolgação por trabalhar no Villa Park e por dirigir um clube histórico da Inglaterra. O veterano também fez questão de salientar como o passado com o Liverpool fica de lado, já que seu comprometimento com o Aston Villa é total. Abaixo, alguns destaques das declarações de Gerrard.

A decisão de assumir o Aston Villa

“O Aston Villa se vende sozinho, é um clube icônico. Sei disso muito bem vendo de fora e estou muito entusiasmado para me envolver internamente e começar a construir relações. Gosto de desafios. Gosto de riscos. É algo que estou ansioso por enfrentar. Este clube cai bem em mim, porque sei que os torcedores são muito apaixonados, há demanda e pressão por vencer. É algo com o qual convivo desde os 17 anos de idade”

As negociações rápidas

“Soube do interesse do Aston Villa na quarta-feira, recebi um telefonema dos meus representantes e, quando falei com os dirigentes, queria que acontecesse rapidamente, porque antes de mais nada era uma oportunidade muito grande. A partir de então, tudo aconteceu muito rápido. Crédito para o Villa, pela velocidade com que fizeram as coisas. Não só por mim, mas pela equipe que trago comigo. Devo também agradecer ao Rangers, que foi muito profissional nas negociações. Foi tudo muito louco, tudo muito rápido. Mas, quando você está nessa situação, a última coisa que deseja é que se arraste”.

A ideia de jogo

“Quero discutir a filosofia com os jogadores. Se você viu meus jogos com o Rangers, tem uma boa ideia do que penso. Obviamente, quero ser o mais divertido e atraente possível aos espectadores, mas uma coisa que gostaria de melhorar é a estrutura do time de um ponto de vista defensivo – nosso posicionamento, o que fazemos para recuperar a bola. Tive sorte de, quando era jogador, absorver isso de alguns dos melhores técnicos do mundo”.

A diferença entre Inglaterra e Escócia

“Tenho que respeitar o fato de que são ligas muito diferentes em termos de nível, mas aprendi muito nos últimos três anos e meio. Tenho vivido sob pressão e cobranças para vencer. Havia um grande trabalho em construção e posso sair com minha cabeça erguida. Ir para outra liga é algo sobre o qual nos adaptaremos. Joguei muito tempo na Premier League e tenho um grupo de assistentes experientes que me dão muita segurança. Também teremos o apoio da equipe técnica que já estava no clube, por isso espero construir boas relações”.

O antecessor

“Devo aproveitar a oportunidade para mencionar Dean Smith, porque ele é alguém que admiro muito. Não posso controlar como as coisas acontecem, mas o sucesso, o respeito e a conexão que ele teve aqui vão ser difíceis de repetir”.

Como será a visita ao Liverpool

“Ouça, não acho que eu ou qualquer pessoa será capaz de controlar o barulho de Anfield. Para mim, isso não é o mais importante, o importante é a chance de ir a Anfield e vencer. Essa é a atitude que teremos em todos os jogos. É o que é, quero vencer todos os jogos, agora minha prioridade e meu foco será o Aston Villa, darei tudo pelo clube no dia a dia. Uma coisa que posso garantir aos torcedores e à equipe é que, quando eu me comprometo, estou por inteiro”.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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