Duelo maluco entre Tottenham e City termina em vitória dos Spurs com direito a gol do estreante Bergwijn

Em um jogo com tantos elementos, é até difícil escolher o principal fio a se seguir. Tottenham contra Manchester City teve de tudo: protagonismo negativo do VAR e do árbitro Mike Dean, duelo entre Mourinho e Guardiola, estreante com gol, Lloris brilhando, com defesa de pênalti e tudo. No fim, o resultado foi vitória por 2 a 0 para os Spurs, que sobe na tabela e se aproxima do G4 da Premier League.
[foo_related_posts]Pelo volume de jogo, o City teve tudo para garantir a vitória fora de casa. No total, finalizou 18 vezes, contra apenas três dos Spurs. No entanto, só cinco dessas finalizações foram a gol, em contraste com uma precisão de 100% dos anfitriões em seus chutes.
Este domínio poderia ter sido afetado pela primeira polêmica de arbitragem do duelo. Aos 12 minutos de jogo, Sterling cometeu falta violenta em Dele Alli, e o VAR entrou em ação para determinar se a punição seria um cartão vermelho ou não. No fim, apenas amarelo para o inglês.
O time de Pep Guardiola poderia ter inaugurado o placar ainda no primeiro tempo. Aos 27 minutos, Agüero acertou a trave. Mais tarde, aos 36, em ataque dos Cityzens, o argentino foi derrubado na área, e Mike Dean sinalizou com as mãos que não havia acontecido falta. Mais de dois minutos se passam e, quando a bola finalmente sai de jogo, o árbitro reverte sua decisão e, sob as instruções do VAR, assinala o pênalti.
Na cobrança, Gündogan para em grande defesa de Lloris, que fazia seu terceiro jogo na temporada, depois de se recuperar de lesão no ombro sofrida em 6 de outubro do ano passado. O rebote do chute cai então nos pés de Sterling, que aparentemente é derrubado pelo goleiro. A arbitragem decide não dar outro pênalti, atraindo, consequentemente, críticas por não dar a Sterling seu segundo amarelo.
No começo do segundo tempo, Agüero e Gündogan desperdiçam ótima oportunidade, aos três minutos. Dez minutos mais tarde, em boa trama coletiva, o City erra o último passe e joga fora mais uma chance de enfim balançar a rede.
Dois minutos depois, os visitantes não tiram proveito de um escanteio, e, com Winks arrancando para o contra-ataque, Zinchenko comete falta tática pouco inteligente. Já com amarelo, o ucraniano é expulso.
O Tottenham então não demorou para se aproveitar da superioridade numérica. Aos 18 do segundo tempo, depois de tentativa de jogada aérea, Lucas Moura pegou a sobra, tocou para Steven Bergwijn, e o estreante, recém-chegado do PSV Eindhoven, dominou com o peito e acertou um belo chute sem pulo para vencer Ederson e abrir o placar.
Aos 25 da etapa final, Mourinho promoveu duas alterações, com a entrada de Ndombele e Lamela, no lugar de Alli e de Bergwijn. Um minuto depois, o meia francês fez ótima jogada individual e encontrou Son na área com um passe preciso. O sul-coreano não perdoou e ampliou para 2 a 0.
Com pouco tempo restante, Guardiola muda o ataque, colocando Gabriel Jesus e Bernardo Silva nos lugares de Mahrez e Sterling. A pressão final, no entanto, não é suficiente, e o maior perigo ao gol de Lloris vem no último minuto do jogo, quando Davinson Sánchez acerta o travessão da própria meta ao tentar desviar um cruzamento.
Ao Tottenham, a vitória foi um enorme resultado pelas circunstâncias de jogo, mas também pelos tropeços dos concorrentes por uma vaga na Champions League. Chelsea, Manchester United e Wolverhampton apenas empataram, com só o Sheffield vencendo. Os Spurs chegam então a 37 pontos, sobem para a quinta colocação e agora estão apenas quatro pontos atrás dos Blues.
O City, por sua vez, como se ainda faltasse confirmação, se distancia mais do líder Liverpool. São 22 pontos separando primeiro e segundo colocados, e o futebol dos dois apenas indica que o abismo deverá crescer.