Confusão entre Tuchel e Conte marca empate do Tottenham nos acréscimos contra o Chelsea em Stamford Bridge

Em um jogo dos mais disputados, o Tottenham arrancou um empate com o Chelsea por 2 a 2 em Stamford Bridge. Em jogo muito disputado, com poucos espaços e chances bastante limitadas de um lado a outro, o empate veio com muita raça do Tottenham, enquanto o Chelsea dominou a partida por mais tempo. O jogo ainda ficará marcado pela confusão entre os dois treinadores, Thomass Tuchel e Antonio Conte, em suas efusivas comemorações nos gols e no final do jogo.

Thomas Tuchel levou a campo um time sem centroavante típico, como se tornou costumeiro desde a temporada passada. O trio ofensivo tinha Mason Mount dando suporte a Raheem Sterling e Kai Havertz. Marc Cucurella foi titular pela primeira vez, atuando pela ala esquerda. Ruben Loftus-Cheek foi escalado para ser ala pela direita, também com vistas a ser mais ofensivo.

Richarlison, principal contratação do Tottenham na temporada, ao menos em valores, começou a partida no banco, depois de cumprir suspensão na primeira rodada. O ataque foi formado por Dejan Kulusevski mais pela direita, Heung-min Son mais pela esquerda e Harry Kane como referência.

O primeiro gol saiu de maneira espetacular. Em uma cobrança de escanteio pela esquerda de Cucurella, Koulibaly pegou de primeira, pelo alto, sem pulo, e estufou a rede. Golaço do senegalês: 1 a 0 para os Blues em Stamford Bridge. O Chelsea era melhor no primeiro tempo e ficava mais perto, do ataque. O Tottenham não existiu na primeira etapa e não ter saído com um prejuízo maior no placar até foi lucro para os Spurs.

O gol de empate veio aos 22 minutos do segundo tempo. O Tottenham retomou a bola em uma saída do Chelsea, recuperada por Heung-min Son, que foi para Ben Davies. Ele ajeitou para Pierre-Emile Hobjerg, que finalizou firme, no cantinho de Edouard Mendy, e empatou o jogo em 1 a 1. Houve reclamações do Chelsea por ter havido falta de Rodrigo Betancur no início da jogada, que realmente aconteceu. Contudo, não era lance para o VAR, porque o gol sai bem depois, quando o Chelsea chegou até a recuperar a posse de bola.

O gol despertou uma confusão na área técnica. Conte comemorou muito, como é característico, e Tuchel reclamava com o quarto árbitro quando os dois ficaram próximos e começaram a bater boca. Foi tão quente que foi preciso separar os dois com muitos integrantes da famosa turma do “deixa disso”, que sempre aparece em momentos de confusão.

O Chelsea poderia ter voltado a ficar à frente no placar aos 29 minutos. Reece James avançou pela direita, cruzou para a área e Kai Havertz conseguiu tocar no meio da área e errou o alvo. Uma grande chance desperdiçada pelo atacante alemão.

Logo depois, não teve como evitar. Desta vez a jogada começa na esquerda, com uma roubada de bola de N’Golo Kanté, que achou Sterling pelo meio e o atacante teve a calma para rolar para Reece James, na cara do gol, tocar na saída do goleiro e marcar: 2 a1 para os Blues, para festa do treinador Thomas Tuchel.

Conte mudou o time logo depois do gol. Colocou em campo Ivan Perisic no lugar de Son e Yves Bissouma no lugar de Rodrigo Betancur. Pouco depois, colocou Lucas Moura no lugar de Emerson Royal.

Tuchel precisou mudar o time aos 39 minutos, quando Kanté sentiu. O técnico aproveitou e fez duas mudanças: Conor Gallagher no lugar de Kanté, o que tornou o time ainda mais leve e ofensivo nos minutos finais, e Christian Pulisic no lugar de Raheem Sterling, que fez o passe para o segundo gol.

Nos acréscimos, em um escanteio, Ivan Perisic cobrou do lado esquerdo e Harry Kane desviou de cabeça para marcar e levar a sua torcida à loucura – assim como o seu técnico, claro. O Chelsea reclamou de uma falta em Cucurella, com um puxão no cabelo do espanhol, mas a arbitragem não marcou. O empate vem como uma recompensa de batalha para os Spurs, que tiveram uma partida muito tensa, disputada, mas também bastante equilibrada.

Com o apito final, houve mais confusão entre os dois técnicos. Conte foi apertar a mão de Tuchel, e o técnico do Chelsea segurou o italiano, pedindo que olhasse nos seus olhos. Os dois se encararam novamente e, de novo, tiveram que ser separados por suas comissões técnicas. Como consequência, Anthony Taylor expulsou os dois técnicos, mesmo depois do apito final.