Premier League

Chelsea continua sofrendo com falta de pontaria e fica no 0 a 0 com o Bournemouth

O Chelsea ainda está (muito) longe de ser um esquadrão, mas sua situação estaria um pouco melhor se conseguisse colocar a bola para dentro de vez em quando

O novo Chelsea ainda é um trabalho (muito) em andamento. Os motivos são compreensíveis. Mauricio Pochettino acabou de chegar, o elenco é muito jovem, vários reforços ainda estão se adaptando e a última temporada foi um desastre. Com tudo isso, a situação estaria melhor se houvesse mais pontaria. A partida deste domingo, contra o Bournemouth, foi mais um exemplo de chances desperdiçadas em demasia, algumas por boas intervenções do brasileiro Neto, e uma sensação de que era impossível sair um gol. Claro que vocês já sacaram o resultado: 0 a 0.

Ainda é cedo e tudo mais, mas, após cinco rodadas, o Chelsea está em 14º lugar com apenas cinco pontos. E isso porque a Premier League leva sua atenção total em uma temporada sem competições europeias. Sua única vitória foi contra o Luton Town, o pior elenco do torneio. Três dos cinco gols que marcou foram contra ele. O Bournemouth está logo atrás, em 15º, com três pontos.

Pé torto do Chelsea

Mauricio Pochettino teve problemas para montar o Chelsea. O principal foi uma pancada no joelho de Moisés Caicedo durante a pausa internacional. Lesley Ugochukwu estreou como titular, e Mykhaylo Mudryk começou jogando pela primeira vez na temporada. E não foi mal, responsável pelas primeiras (e quase únicas antes do intervalo) boas jogadas do Chelsea. Sempre pela esquerda, cruzou para Conor Gallagher, que conseguiu apenas colocar o corpo na bola, sem movimento de finalização, e depois acionou Nico Jackson, que acertou o pé da trave.

O Bournemouth mal havia chegado e, de repente, Dando Ouatarra estava livre na segunda trave, quase dentro do gol. Robert Sánchez fechou bem o ângulo e conseguiu defender. Desde a desastrosa última temporada, o principal problema do Chelsea tem sido a qualidade das suas finalizações. Até cria de vez em quando, mas não consegue guardar. Como aos 33 minutos, quando Gallagher recebeu na marca do pênalti, dominou e bateu por baixo. Neto fez boa defesa, mas ele podia ter chutado melhor.

O segundo tempo começou com um gol anulado de Levi Colwill, titular na lateral esquerda, com Ben Chilwell no banco, após iniciar a temporada como um dos três zagueiros. Ele pegou o rebote de uma cobrança de falta de Sterling na trave em posição de impedimento. Nico Jackson tem exibido bem didaticamente essa dificuldade de colocar a bola na rede, como aos oito minutos, quando fez quase tudo certo, mas na hora de finalizar, mandou na arquibancada e até caiu no chão.

Colwill foi protagonista de um bate e rebate com Neto na boca do gol, após uma cobrança de escanteio. O Bournemouth respondeu com uma cobrança de falta, da entrada da área, desviada para fora e, na sequência, Neto fez outra boa defesa contra Dominic Solanke. Deu tempo para o Chelsea perder mais algumas chances. O cruzamento de Chilwell passou por todo mundo, aos 37 minutos, e pegou Nico Jackson de surpresa. Na segunda trave, não chegou a fazer o movimento do cabeceio e desperdiçou mais uma oportunidade.

Sterling ficou até frustrado no lance seguinte. Recebeu de Cole Palmer na transição, evitou a saída na linha de fundo e tocou para trás. Palmer chegou batendo de primeira com a canhota, e Neto fez a defesa com apenas uma das mãos. No rebote, o Chelsea pediu pênalti na batida à queima-roupa de Ian Maatsen, mas o bloqueio de Marco Senesi foi limpo. Os oito minutos de acréscimo correram sem que o Chelsea ou o Bournemouth encontrassem o caminho do gol.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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