Premier League

Deixou chegar! Villa acaba com Arsenal no Emirates, e City só depende de si para título

Aston Villa ganha do Arsenal, e Manchester City agradece: time de Guardiola agora lidera com dois de vantagem

Caso o título da Premier League 2023/24 termine, novamente, nas mãos do Manchester City, este 14 de abril de 2024 será um dos dias mais marcantes da campanha. O Arsenal, podendo pegar a liderança de volta ao jogar no Emirates Stadium, sucumbiu ao Aston Villa, que venceu por 2 a 0 com ambos os gols marcados na etapa final. Mais cedo, o Liverpool também perdeu, também em casa, e a equipe de Pep Guardiola soma 73 pontos, enquanto Gunners e Reds 71.

E o resultado desta 33ª rodada do Campeonato Inglês foi dolorido para o torcedor dos vermelhos de Londres. Após um ótimo primeiro tempo, no qual Dibu Martínez brilhou com defesas espetaculares, o Arsenal voltou muito mal para etapa final, e viu o ótimo Villa se aproveitar disso.

Primeiro, em um raro escanteio cobrado curto, a defesa afastou mal um cruzamento, Lucas Digne se projetou na ponta esquerda e cruzou rasteiro para Leon Bailey concluir sozinho na segunda trave. O relógio estava nos 38 e o golpe final viria três minutos depois. Em contra-ataque, o vice-artilheiro da Premier League, Ollie Watkins, recebeu lançamento de Tielemans, carregou contra Smith-Rowe e deu uma cavadinha quando Raya saiu do gol.

Desastre para os Gunners, glória aos Villans, que agora somam 63 pontos na quarta colocação, onde está garantida a vaga na próxima Champions League. A luta é acirrada com o Tottenham, o quinto, com um jogo e três pontos a menos.

Poupar antes da Champions? Nada disso para o Arsenal

Mikel Arteta pouco ligou que daqui a três dias ele terá um dos jogos mais importantes desde que assumiu o clube londrino. Mandou quase tudo do que tinha de melhor para o campo. Apenas Jakub Kiwior e Jorginho, dos considerados titulares, foram poupados. No restante, o time que acostumamos a ver, só que bem mais ofensivo sem a presença do meio-campista ítalo-brasileiro para entrada de Gabriel Jesus como centroavante. Com isso, Kai Havertz voltou a jogar no meio.

O Villa, muito bem compacto e dedicado, usava o 4-4-2 para se defender. A equipe, que joga Conference League no meio de semana, não contava com Douglas Luiz, suspenso, e poupou Leon Bailey, enquanto Boubacar Camara e Jacob Ramsey continuam lesionados. Nos momentos que teve a bola, o time treinado por Unai Emery utilizava a estrutura 3-2-5, como os Gunners.

- - Continua após o recado - -

Assine a newsletter da Trivela e junte-se à nossa comunidade. Receba conteúdo exclusivo toda semana e concorra a prêmios incríveis!

Já somos mais de 3.200 apaixonados por futebol!

Ao se inscrever, você concorda com a nossa Termos de Uso.

Dibu Martínez brilha no 1º tempo e faz defesa à la final da Copa 2022

O gol não sair no primeiro tempo foi um detalhe porque as 21 finalizações somando os dois times mostram que não foi por falta de tentativa. Precisando vencer para ser líder, óbvio que o Arsenal quis tomar conta da bola e sufocar o adversário com a melhor pressão da Europa quando não tivesse. Apenas o aspecto de ter a posse funcionou. Os Gunners dominaram e tiveram as melhores chances desses 45 iniciais, especialmente com as movimentações de Bukayo Saka pelo lado direito e os passes geniais de Martin Odegaard para encontrar o espaço por ali.

O ponta inglês fez chover no lado de Lucas Digne e não marcou ou deu assistência por pouco. Quando cruzou, ninguém apareceu para concluir ou, no momento que encontrou alguém, Jesus cabeceou na rede pelo lado de fora na segunda trave. Também levou perigo com finalizações, uma de direita que não obrigou defesa de Dibu e outra de canhota que passou rente à trave.

Mas os ataques do Arsenal não se limitaram apenas a Saka. Do lado esquerdo, Havertz fazia uma movimentação bem interessante entre lateral e zagueiro, normalmente quando Jesus saia da referência. Dessa forma ele ficou três vezes na cara do gol. Em duas, Martínez defendeu e na outra Diego Carlos deu aula de recuperação para afastar para escanteio.

Havertz shields the ball from McGinn.
Havertz fez interessante primeiro tempo (Foto: Arsenal)

Dibu brilhava até ali e teria mais pela frente. Em transição perfeita da defesa ao ataque, Jesus recebeu na direita da área e cruzou rasteiro. Era Leandro Trossard na cara do gol e uma finalização simples para marcar. O belga tentou rasteiro e com o pé direito, tão espetacular quanto aquela defesa na final da Copa do Mundo de 2022, Martínez evitou um gol certo do Arsenal.

Aston Villa não só se defendeu na etapa inicial e deu aula de saída de bola

O Arsenal teve tudo isso de chance no primeiro tempo, mas ainda, sim, cedeu espaços e o Villa se aproximou do gol. Em especial quando Gabriel Magalhães saiu jogando errado ao jogar a bola nas costas de Zinchenko. Watkins se aproveitou, carregou até a área e bateu cruzado na trave. Antes, o atacante teve chance parecida, mas na hora de finalizar foi desarmado por Trossard.

Além de contra-atacar sempre que poderia, os Villans também foram inteligentes com a bola. Provavelmente por instrução de Emery, o time tinha paciência quando tinha a bola. Não se assustava com a pressão adversária e raramente apostava nos lançamentos, saindo limpo em quase todas as tentativas. Era uma forma de respirar e não cair na pilha do Arsenal de tornar a partida caótica. Dá para dizer que deu certo em vários momentos.

2º tempo é do Villa

O visitante voltou muito melhor no segundo tempo, não permitindo chegadas do adversário e ganhando mais espaço no ataque. Pouco depois dos 15, a trave de David Raya voltou a salvar. Em sobra de escanteio, Zinchenko vacilou, Youri Tielemans roubou à direita da área e bateu colocado dali mesmo. A bola bateu no travessão, no pé da outra trave e saiu. Ao menos o Arsenal respondeu logo na sequência, em batida de fora de Jesus, novamente parada por Dibu.

Incrivelmente, o Villa permaneceu mais com a bola no segundo tempo e tentou o gol até marcar aos 38 minutos. O contra-ataque aos 42 foi para matar o rival e fechar a ótima vitória.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
Botão Voltar ao topo