Premier League
Tendência

Arsenal sobrevive na disputa e mostra coragem ao derrotar o Newcastle no alçapão de St’ James’s Park

Gunners derrubaram a melhor defesa da Premier League utilizando de muita inteligência

Para muitos, o clima é de fim de festa para o Arsenal, que teve uma chance de ouro para abrir vantagem diante do Manchester City na tabela da Premier League. Embora ainda haja muita água para correr debaixo dessa ponte, não parece que o City, mesmo dividido entre três frentes, vá perder o prumo. Por via das dúvidas, o Arsenal segue fazendo a parte dele para se manter vivo. Neste domingo (7), os Gunners venceram o Newcastle fora de casa por 2 a 0.

Newcastle

Newcastle
4-3-3
22
Nick Pope
gb
2
Kieran Trippier
gb
5
Fabian Schar
ch
4
Sven Botman
nl
39
Bruno Guimaraes
br
14
Alexander Isak
se
9
Callum Wilson
gb
Substitutos
1
Martin Dubravka
sk
12
Jamal Lewis
gb
10
Allan Saint-Maximin
fr

Arsenal

Arsenal
4-3-3
1
Aaron Ramsdale
gb
4
Ben White
gb
15
Jakub Kiwior
pl
6
Gabriel Magalhaes
br
35
Oleksandr Zinchenko
ua
8
Martin Odegaard
no
20
Jorginho
it
34
Granit Xhaka
ch
7
Bukayo Saka
gb
9
Gabriel Jesus
br
11
Gabriel Martinelli
br
Substitutos
30
Matt Turner
us
19
Leandro Trossard
be
5
Thomas Partey
gh
3
Kieran Tierney
gb
21
Fabio Vieira
pt
24
Reiss Nelson
gb
14
Edward Nketiah
gb
10
Emile Smith-Rowe
gb
16
Rob Holding
gb

Não foi uma vitória parecida com o que os torcedores da equipe londrina estão acostumados, de imposição, passes rápidos e finalizações. A primeira ação capital da partida foi um pênalti para o Newcastle, que posteriormente foi cancelado após revisão no VAR. Houve toque de mão de Gabriel Magalhães, mas a arbitragem considerou (corretamente) que ele fez o movimento de retirar o braço da rota. Pouco antes, Aaron Ramsdale viu a bola estourar contra a sua trave, um susto imenso.

A partida seguiu e, mesmo sob pressão, o Arsenal conseguiu abrir o placar. Após uma troca de passes no bico da área, Martin Odegaard caprichou no arremate e acertou o canto da meta de Nick Pope, um belo gol. Foi o último momento de tranquilidade do Arsenal até o fim da segunda etapa. Irritado, o Newcastle reagiu para tentar buscar o empate, muitas vezes usando força excessiva para tal. Não à toa, muitas confusões se deflagraram em campo, com discussões e empurrões, mas nada que fugisse ao controle. Apenas denotou a batalha de nervos que também estava em curso.

Após o intervalo, o duelo foi todo alvinegro, com outra bola na trave de Ramsdale. E quando não havia poste para salvar, o próprio goleiro apareceu para evitar o empate. Foi uma grande jornada de Ramsdale, que fez cinco defesas até o minuto final. Uma delas ocorreu após uma cabeçada de Schär, que veio pegando fogo. O abafa dos Magpies não logrou êxito e tudo que ia na área do Arsenal, voltava como rebote ou ia para fora. Tenso, mas eficiente. Faltava ao time de Mikel Arteta aproveitar a frustração alheia para confirmar a vitória. E ela veio dos pés de um dos integrantes da melhor defesa da Premier League.

Gabriel Martinelli, que já era uma das peças mais participativas no confronto, resolveu a vida dos Gunners na ponta esquerda. O brasileiro levou a bola até a linha de fundo e tentou passar para o meio da área. Rente à trave, o suíço Fabian Schär tentou afastar e tocou de bico para o fundo da própria rede. Até o apito final, Eddie Howe mexeu no time, mas não causou o impacto esperado.

Nada que atrapalhe a saga do Newcastle rumo à Europa após tantos anos. Mas há algo maior em jogo, e isso é de total interesse do Arsenal. Nem sempre dá para dominar o adversário ou conseguir placares de sonho. E é disso que se faz um campeão: não desistir nem quando a questão parece quase resolvida.

Pela frente, os Gunners terão Brighton, Nottingham Forest e Wolverhampton. Compromissos de dificuldade imprevisível e que não só terão de contar com todo o esforço do elenco de Arteta, mas também com um pouco de sorte, uma vez que o título só virá com eventuais tropeços (sim, mais de um) do Manchester City. O destino está sendo escrito diante dos nossos olhos.

Foto de Felipe Portes

Felipe Portes

Felipe Portes é zagueiro ocasional, cruyffista irremediável e desenhista em Instagram.com/draw.portes
Botão Voltar ao topo