Holanda

Van Gaal sendo Van Gaal: “Se eu fosse a Federação Holandesa, também teria me procurado”

O experiente treinador de 70 anos foi apresentado oficialmente nesta terça-feira para sua terceira passagem à frente da seleção holandesa

Louis van Gaal ficou cinco anos aposentado, mas não perdeu a forma – pelo menos nas entrevistas coletivas. Nesta terça-feira, foi apresentado oficialmente para iniciar sua terceira passagem à frente da seleção holandesa e elogiou a federação por ter feito a escolha correta.

“Acho que se eu fosse a Federação Holandesa de Futebol, também teria me procurado. Quem mais poderia fazer isso?”, afirmou o experiente treinador de 70 anos referindo-se ao pouco tempo até o começo da Copa do Mundo do Catar, em novembro do ano que vem. “Posso soar melodramático, mas acho que experiência agora é muito importante porque não temos tempo”.

A urgência por resultados imediatos fez com que Van Gaal divulgasse uma primeira pré-convocação para enfrentar Noruega, Montenegro e Turquia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo priorizando jogadores que estão em melhor forma física. Após a primeira rodada tripla, a Holanda tem duas vitórias e uma derrota, em segundo lugar no grupo, um ponto atrás da Turquia.

“Não estou fazendo isso pro mim, mas pelo futebol holandês. Sempre fiz tudo para ajudar o futebol holandês. Tenho muito a agradecê-lo. O status que tenho como treinador é devido a ele”, disse. “Quando o telefone tocou, eu sabia o que era. Mantive tudo em segundo plano por anos. Também critiquei (a seleção), mas não sabia o que se passava dentro da Oranje. Estou nisso há duas semanas. São tempos de coronavírus, então foi tudo por FaceTime, mas fiz com entusiasmo”.

“Estou aposentado há cinco anos, mas também vi a necessidade. Quem mais pode fazer isso? Estamos um ponto atrás da Turquia nas Eliminatórias e temos um curto tempo de preparação”, completou.

Van Gaal saudou os “amigos da imprensa” ao iniciar a entrevista coletiva, e não demorou muito tempo para gerar o primeiro atrito, segundo relato da agência Reuters, ao rechaçar uma pergunta sobre boicotar a o Mundial do Catar por causa de acusações de violação de direitos humanos. Mas afirmou que todos os jogadores deveriam ser vacinados para colocar os “interesses do time acima das suas próprias crenças”.

O holandês não conseguiu a vaga na Copa do Mundo em sua primeira passagem pela seleção em 2002, mas conduziu uma boa campanha no Brasil, em 2014, quando terminou em terceiro lugar. “Foi uma honra ser escolhido em 2000, foi uma honra servir novamente em 2012, mas agora é uma honra ainda maior”, encerrou.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
Botão Voltar ao topo