De volta à Holanda, Koeman definirá um goleiro titular e abandonará esquema com três zagueiros

O técnico Ronald Koeman foi apresentado nesta segunda-feira como técnico da Holanda. Outra vez. De volta ao cargo para substituir Louis van Gaal, após ter saído para o Barcelona em 2020, Koeman afirmou que a proposta chegou em boa hora porque sua experiência no Camp Nou havia deixado sequelas. Sobre o trabalho à frente, disse que definirá um goleiro titular para a seleção e que voltará a jogar com linha de quatro na defesa.

Koeman fazia um bom trabalho à frente da seleção holandesa. Assumiu depois de o país não se classificar para a Eurocopa de 2016 e para a Copa do Mundo da Rússia. Teve uma sequência positiva de resultados e chegou à final da primeira Liga das Nações. “É bom. É como voltar para casa, portanto será um pouco mais fácil lidar com esse trabalho. Eu sei onde estou. Era algo que eu aspirava. Depois do Barcelona, cansei de ser técnico, da pressão diária e das dificuldades”, disse.

“Sei o que envolve a posição e para onde vou. Eu não tinha isso então (na primeira passagem). Nesse período, todo o clima em torno da seleção não era muito positivo. Felizmente, melhorou rapidamente. Falei com vários jogadores, mas não com todos. Com os embaixadores da equipe. Falei sobre o que vamos fazer e como vamos jogar. Tem sido muito mais sobre para onde eu quero ir e como eles se posicionam sobre isso. Não sobre o que ficou para trás”, acrescentou.

Uma das mudanças mais significativas será de esquema. Van Gaal disputou a Copa do Mundo com três zagueiros, um sistema que o próprio Koeman experimentou em alguns amistosos. No entanto, o técnico avisou que deve retomar o tradicional 4-3-3, que durante muito tempo foi a base da seleção holandesa. “Eu assisti (à Copa) com muito interesse, especialmente pela seleção holandesa. Eu também estava curioso sobre o sistema e como ele se manifestaria. Já tinha uma ideia disso nas Eliminatórias, com muitos bons resultados”, afirmou.

“Em princípio, vamos voltar ao sistema que jogávamos antes. Às vezes também mudo de sistema, mas formaremos o sistema básico com quatro zagueiros. Em última análise, é tudo sobre a implementação do sistema. Também joguei com cinco defensores no Barcelona, com três zagueiros centrais, e deu muito certo. É sobre você pressionar alto ou deixar baixar. Isso que torna um sistema ofensivo ou não. Tivemos problemas algumas vezes nesses jogos. Ficamos com um homem na defesa e faltava um jogador em outro lugar”, disse.

Koeman reconheceu que a Holanda não tem muitos goleiros de primeira linha no momento. Van Gaal chegou à Copa do Mundo com uma indefinição debaixo das traves. Acabou optando por Andries Noppert, em detrimento de Remko Pasveer e Justin Bijlow. Noppert foi um dos melhores jogadores da posição no Catar.

“Temos opções suficientes para escolher os três melhores. Quero selecionar os três. O segundo e o terceiro goleiro devem ajudar o primeiro, mas sempre deve haver uma disputa. Escolhemos com base nas ideias do preparador de goleiros, ele sabe mais sobre isso. Mas eu prefiro escolher um primeiro goleiro permanente. Quem é bom fica. Queremos um goleiro em que possamos confiar. É uma posição diferente das outras dez”, explicou.

Koeman terá uma reestreia bem tranquila: a França em Saint-Dennis, abrindo as Eliminatórias da Eurocopa de 2024, em 24 de março. Três dias depois, recebe Gibraltar.