Por que o Olympique de Marseille é novo candidato a romper hegemonia do PSG

Apesar de ter chegado às semifinais da Europa League na temporada passada, o Olympique de Marseille não atendeu às expectativas dos torcedores e da diretoria.

Na Ligue 1, o time amargou a oitava posição geral e teve várias trocas de técnico ao longo dos meses — Marcelino García, Jacques Abardonado, Gennaro Gattuso e Jean-Louis Gasset estiveram no cargo.

Disposto a recuperar seu prestígio no futebol francês, o clube do sul foi em busca de Roberto De Zerbi, um italiano revolucionário que tem tudo para colocar Marseille no topo do futebol francês novamente.

Como chega o Olympique de Marseille para a temporada 2023/2024

O Olympique de Marseille passou por uma reestruturação significativa, que incluiu a saída de jogadores importantes na preparação para a temporada 2023/2024.

Entre as despedidas, nomes de peso como Iliman Ndiaye, Vitinha, Ismaïla Sarr, Mattéo Guendouzi e Aubameyang deixara o Velódrome após um ano marcado por fortes turbulências.

As mudanças, aliás, podem ser fundamentais para permitir que De Zerbi, o novo técnico, tenha mais liberdade para implementar seu estilo de jogo e controle no vestiário.

Além de convencer jogadores da Premier League, que o viram se destacam no Brighton durante a temporada passada, ele conseguiu alguns reforços pontuais para o seu estilo de jogo.

Com um elenco mais jovem e renovado, De Zerbi terá menos resistência para inserir suas ideias táticas e construir uma equipe alinhada com sua visão de futebol.

Roberto De Zerbi promete agitar o vestiário de Marseille

De Zerbi valoriza o controle do jogo através da posse de bola, algo que ele considera essencial não apenas para a eficácia do time, mas também na filosofia do jogo.

Essa filosofia, aliás, é refletida no alto índice de posse que suas equipes geralmente apresentam, como visto em seus trabalhos pelo Sassuolo e pelo Shakhtar Donetsk.

Em um formato 4-2-3-1, frequentemente utilizado pelo italiano, o papel do “duplo pivô” é fundamental para o trabalho com e sem a bola.

Seus dois volantes atraem a pressão adversária, permitindo que a equipe consiga jogar de forma compacta e organizada.

Na construção, os torcedores do OM devem se acostumar à maneira como o goleiro é utilizado como um “terceiro zagueiro”, dando liberdade para que os laterais avancem e ampliem o campo.

Sem a bola, De Zerbi adota uma postura agressiva, com marcação homem a homem e um foco intenso em recuperar rapidamente a posse.

Por outro lado, essa abordagem pode deixar a equipe vulnerável em transições rápidas do adversário, especialmente se a pressão inicial falhar.

Vale destacar que, pelo Sassuolo em três , essa vulnerabilidade resultou em um dos piores registros defensivos da Serie A. Em 120 jogos no comando do clube italiano, foram 195 gols marcados, mas 187 sofridos.

O estilo de jogo de De Zerbi, embora atraente e eficaz, requer um alto nível de disciplina, entendimento tático e preparo físico de seus jogadores.

No entanto, seus trabalhos recentes mostram que a abordagem de jogo não demanda muito tempo, e os resultados podem aparecer logo no início da temporada francesa.

Fragilidade do PSG é um combustível para o Marseille