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Messi diz que não se adaptou a Paris e que entende vaias da torcida do PSG antes de sua saída

Em entrevista divulgada pela BeIN Sports, argentino reconheceu relação difícil com os parisienses

Em dois anos, Lionel Messi não foi o que podemos chamar de queridinho da torcida do Paris Saint-Germain. A passagem longa pelo Barcelona e a chegada abrupta em Paris não colaboraram para uma estadia bem-sucedida do atacante no clube. De saída para o Inter Miami, o craque falou sobre a relação com a torcida e reconheceu que as coisas não estavam saudáveis.

Existem alguns fatores que não podem ser ignorados na questão das vaias a Messi por parte de torcida do PSG em dado momento. Para o argentino, tudo parecia que iria ser bonito no começo da passagem, mas a turbulência no fim, por conta do desgaste, fez com que ele reforçasse a segurança em sua casa na cidade.

“Foi muito bom quando cheguei, mas aí, algumas pessoas começaram a me tratar diferente, uma parte da torcida. Penso que a maioria gostava de mim e me respeitava, mas houve uma fratura com alguns grupos de torcedores, sim. Não foi minha intenção, longe disso. Já aconteceu algo parecido com Kylian Mbappé e Neymar. Penso que é assim que eles são, é assim que se comportam. Vou embora lembrando de quem me respeitou, assim como respeitei a todos desde que cheguei”, analisou.

Apesar disso, Messi não quis entrar no mérito se a conquista da Copa do Mundo contra a França pesou nesse desgaste. O argumento que ele tem sobre as rusgas na segunda metade da temporada 2022-23 se devem ao fato de que o Mundial no meio da campanha atrapalhou a todos. Olhando de fora, é possível enxergar que o PSG ficou um tanto desnorteado por conta da quebra de ritmo e foco nas seleções, o que se estendeu à fraca participação no mata-mata da Liga dos Campeões, com eliminação precoce contra o Bayern de Munique.

Ainda na onda do tricampeonato mundial, Messi se disse completo, sem ter mais o que precisar conquistar na carreira. “Não tenho mais nada a alcançar. Ganhei tudo. Meu maior objetivo era vencer a Copa do Mundo com a Argentina, e pela forma como isso aconteceu, sinto que foi incrível, extraordinário. Nunca pensei demais em prêmios individuais, sempre dei mais importância aos troféus coletivos. Ter chegado nesse patamar com a seleção, para mim, já basta para encerrar uma carreira fantástica”, finalizou o camisa 10.

Foto de Felipe Portes

Felipe Portes

Felipe Portes é zagueiro ocasional, cruyffista irremediável e desenhista em Instagram.com/draw.portes
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