Ligue 1

PSG exerce opção de compra por Icardi e o elege como o sucessor do reinado de gols de Cavani

O PSG deu fim à novela e anunciou neste domingo (31) a contratação em definitivo do atacante Mauro Icardi, que pertencia à Internazionale e disputa a temporada 2019/20 por empréstimo na equipe parisiense. Segundo a imprensa francesa, o valor é de € 50 milhões, além de € 5 milhões em bônus. Um preço relativamente pequeno para o mercado pré-Covid-19, mas ainda uma incógnita em um cenário financeiro em transição. De qualquer forma, representa uma redução substancial aos € 70 milhões fixados anteriormente pelos italianos.

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O novo acordo de Icardi com o PSG é válido até 2024. A contratação é um sinal claro de que o clube parisiense escolheu o sucessor ao reinado de Edinson Cavani no ataque. Depois de sete anos na capital francesa, onde se tornou o maior artilheiro da história do clube, atualmente com 200 gols marcados, o uruguaio deverá sair ao fim da atual temporada, podendo assinar de graça com outra equipe.

Em 2019/20, Icardi reforçou no PSG aquilo que já havia demonstrado pela Inter: seu faro de gols impressionante, fruto principalmente de seu posicionamento inteligente dentro da área. O argentino tem um perfil diferente do de Cavani. É menos técnico que o uruguaio, contribui menos para a construção ofensiva, mas tem talento de sobra para o produto final, a finalização para encerrar as jogadas. Segundo dados da Opta, o argentino tem um gol a cada 24 toques na bola na Ligue 1, a melhor proporção entre jogadores das cinco grandes ligas europeias a marcarem pelo menos cinco gols em seu campeonato nacional.

Em uma equipe com talentos como Neymar, Mbappé, Di María e o poder financeiro para adicionar ainda mais criatividade à fase ofensiva nas próximas janelas, Icardi é um encaixe perfeito.

Mesmo tendo uma queda de rendimento nos primeiros meses de 2020, o atacante tem excelentes números em sua primeira temporada pelo PSG. Em 31 jogos, marcou 20 gols e deu quatro assistências. Desses 20, 14 foram marcados até dezembro.

A forma apenas mediana que passou a viver em 2020, ao que seu histórico indica, é apenas um pequeno revés. De maneira consistente, sempre se destacou como um artilheiro, como seu período na Itália comprova: ao longo das seis temporadas na Serie A, fez 121 gols na liga, superando Higuaín, Immobile e outros matadores e sendo o maior artilheiro do período na competição.

Em sua passagem pela Inter, nunca se contestou seu nível, mas, sim, o lado extracampo. Cercado de polêmicas, o jogador precisa buscar ao máximo se concentrar apenas no que faz dentro do gramado, sem ganhar manchetes por motivos fora dele. Ao menos em sua primeira temporada no Paris Saint-Germain, parece ter entendido isso. Suas próprias entrevistas ao longo do último ano revelam alguém consciente da oportunidade que tem em mãos. Se souber agarrá-la, tem tempo de sobra para deixar uma marca importante em um PSG em crescimento.

Foto de Leo Escudeiro

Leo Escudeiro

Apaixonado pela estética em torno do futebol tanto quanto pelo esporte em si. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, com pós-graduação em futebol pela Universidade Trivela (alerta de piada, não temos curso). Respeita o passado do esporte, mas quer é saber do futuro (“interesse eterno pelo futebol moderno!”).
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