PSG detona sistema defensivo do Marseille e vence clássico com show de Mbappé e Messi

O Paris Saint-Germain precisava urgentemente de uma vitória no clássico contra o Marseille, por vários motivos. Neste domingo (26), pela Ligue 1, quem esteve presente no estádio Vèlodrome viu uma grande atuação de Lionel Messi e Kylian Mbappé, que arrebentaram com a defesa do time da casa no placar de 3 a 0. Ao menos por agora, os ânimos amenizaram em Paris.

Ficou barato para os marselhenses. Não porque eles tenham jogado necessariamente mal no início, mas a diferença técnica entre as duas linhas de ataque ficou bastante evidente. Se de um lado Alexis Sánchez era municiado por Cengiz Ünder e por um lépido Nuno Tavares, do outro havia dois astros que estiveram em grande forma na final da última Copa do Mundo.

Apesar de conseguir apertar a saída do PSG e sufocar o rival nos primeiros 15 minutos, o Marseille não soube aproveitar as chances que teve quando chegou perto da área. Errático e sempre dando um toque a mais do que o necessário, a equipe mandante eventualmente pagou pela sua falta de agressividade com a bola nos pés.

O PSG dava indícios de que faria mais um jogo ruim, já que suas peças do meio-campo para trás não estavam funcionando como Christophe Galtier gostaria. E nesses momentos, ter gente fora de série no elenco faz toda a diferença. Em plena dificuldade, Messi conseguiu sair com a bola no círculo central e, com três marcadores pela frente, esperou que Mbappé abrisse espaço para tentar o passe. A assistência foi na medida e o camisa 7 mandou uma bomba para vencer Pau López e abrir o placar, no minuto 25.

Atordoado, o Marseille não entendeu exatamente o que aconteceu e continuou repetindo erros de posicionamento, dando espaço para as corridas insanas de Mbappé. Em jogada parecida, aos 29, Nuno Mendes acionou Mbappé na ponta-esquerda, e o francês desafiou a linha do OM com um passe ousado de trivela. A bola morreu nos pés de Messi, que só teve o trabalho de chegar e tocar para o barbante. Em dois lances, o PSG matou a disputa.

A implicação para o Marseille era duríssima: não faltou competitividade, é verdade. O problema foi não conseguir lidar com a genialidade da dupla Messi-Mbappé. E isso custou caro na arrancada que o time de Igor Tudor pretendia fazer na Ligue 1. A distância para os líderes estava diminuindo e poderia mudar os rumos do campeonato. Isso, claro, caso a excelente atuação contra o PSG na Copa da França tivesse se repetido. Não foi o que vimos neste domingo.

Pouco adiantou para Tudor ter a bola e a iniciativa, se nas poucas marteladas que deu, o PSG resolveu o confronto. E o placar poderia ter sido bem maior antes do intervalo, não fossem gols cara a cara perdidos por Marquinhos e Messi, que erraram o alvo. O terceiro gol só foi sair na segunda etapa, com o cenário relativamente controlado pelos visitantes. Galtier encontrou uma fórmula para manter a vantagem e assegurar o resultado. Novamente, foi ajudado pela astúcia de Mbappé, que emendou um voleio de canhota para abrilhantar ainda mais um passe por cobertura de Messi. E sem mais.

O OM tentou, tentou até demais. Contudo, os 19 chutes (apenas seis no alvo) pararam em GianLuigi Donnarumma. O arqueiro italiano, que tem sido criticado por falhas em jogos importantes, hoje se saiu bem e até teve alguma sorte. Quando ousou pisar fora da área para tentar afastar uma bola, contou com a falta de pontaria de Alexis, que tentou fazer por cobertura e mandou por cima.

A relevância da vitória parisiense no campeonato é enorme. A disputa parecia aberta com o Marseille e agora volta aos oito pontos de diferença. Muita coisa, até mesmo para uma equipe como o PSG, que oscila tanto. Não seria surpreendente que a equipe de Galtier passasse por uma nova maré de partidas ruins e deixasse escapar mais pontos. No duelo direto que poderia ser o pulo do gato, porém, o Marseille perdeu a passada.