Surgiu o primeiro candidato a substituir Mbappé no PSG?
Bradley Barcola deu show na vitória parisiense sobre o Montpellier e ainda marcou duas vezes
A saída de Kylian Mbappé deu ao PSG muitas dúvidas sobre o prosseguimento do projeto do Catar e a competitividade do time. Em duas rodadas da Ligue 1, não dá para tirar nenhuma conclusão, mas aparece o primeiro candidato a tentar pegar o protagonismo.
Nesta sexta-feira (23), no Parque dos Príncipes, o jovem Bradley Barcola fez o que quis na fácil vitória de 6 a 0 sobre o Montpellier. Driblou, fez embaixadinha, sofreu faltas e marcou dois gols, além de iniciar a jogada de outro.
Com apenas três minutos, o francês saiu do meio-campo tabelando com João Neves e só parou dentro da área, onde, de biquinho, cravou o primeiro. Aos 23, roubou a bola, puxou a marcação na esquerda e serviu Neves na meia-lua, que tocou de primeira para Asensio ampliar.
Já na etapa final, Barcola acompanhou toda a rápida jogada de Asensio e Dembélé para completar na pequena área o passe do último. Poderia ter terminado com um hat-trick ou mais, já que tentou cavadinha na cara do gol — para fora –, também, em outra jogada, driblando três defensores antes de errar o gol.
Um show do garoto de 21 anos, contratado na temporada passada por 45 milhões de euros junto ao Lyon. Mesmo no ano de estreia pelo Paris, mostrou personalidade em 2023/24. Agora, a nova era acabou de começar e tem três gols, atuando justamente na ponta esquerda, antigo lugar do camisa 7.
Claro que é muito cedo para cravar qualquer coisa. Na idade de Bradley, Mbappé já era um craque e considerado geracional. Mas qualquer jogador que puxe o protagonismo no PSG atual, em transição, é uma boa notícia para Luis Enrique.
E hoje sobraram boas novas ao técnico espanhol. Zaïre-Emery marcou um gol de placa ao dar uma caneta em Kouyaté antes de bater na saída do goleiro. Antes, Hakimi já tinha feito o quarto após cruzamento de Nuno Mendes. No fim, Lee Kang-in, saindo do banco, fez de longe para fechar o massacre.
PSG faz 1º tempo de almanaque
Foi quase um show solo do time de Luis Enrique na etapa inicial. O gol cedo não mudou os rumos e nem a vontade do mandante em marcar gols.
Além do baile de Barcola, João Neves e Marquinhos poderiam, pelo alto após cruzamentos, ter tornado o placar mais elástico. Quando recebeu na área, Dembélé bateu torto, enquanto Zaïre-Emery arriscou de longe para única defesa de Lecomte.
Não foi um recital solo porque, nas raras vezes que foi ao ataque, o Montpellier conseguiu assustar Donnarumma, todas com participação de Savanier.
O capitão começou arriscando de longe e vendo a bola passar perto aos 17. Depois, cobrou escanteio na primeira trave, onde Nordin desviou e o goleiro italiano se agigantou para pegar.
Savanier ainda deu calafrios ao torcedor parisiense em um cruzamento despretensioso, sem desvios, que quicou na área e quase surpreendeu Donnarumma.
Montpellier fica ainda mais frágil na etapa final
Atacando ainda menos, o pequeno time conseguiu sofrer mais nos 45 minutos finais. Além dos gols, a bola ficou rondando todo o tempo o gol de Lecomte, que só conseguiu parar Kolo Muani e Doué nos minutos finais.
João Neves quase foi recompensado pela grande atuação com um golaço em chute colocado de fora da área, mas a bola foi para fora.
Donnarumma voltou a mostrar segurança na única chegada do adversário: Akor Adams, na cara do gol, não conseguiu superar o arqueiro italiano.
Sem nenhuma contratação nesta janela de transferências, o Montpellier é forte candidato ao rebaixamento.