Presidente do Lyon: “Paquetá não vai a Paris, mas há outro clube com muito dinheiro que nos procurou”
Segundo Jean-Michel Aulas, Paquetá gera interesse no mercado e deve sair em médio prazo
O Lyon atravessa um momento oscilante na Ligue 1, embora venha de boa fase de grupos na Liga Europa. E um nome importante ao clube nesta temporada, mais uma vez, é Lucas Paquetá. O meia se mostra ainda mais decisivo nos últimos meses, por vezes deslocado como homem de referência no ataque. Segundo Jean-Michel Aulas, presidente do Lyon, a venda do brasileiro deverá acontecer em médio prazo. E algumas propostas já rondam a mesa de negociações dos Gones.
“É verdade que Lucas é um dos grandes jogadores que nós procuramos. Tomei a decisão de trazê-lo, e fiz sozinho, porque era necessário desembolsar €21 milhões do dia para a noite, no meio da pandemia. Atualmente, há um clube que consultou sobre ele, mas através da imprensa. Isso se tornou bizarro. Disse a Leonardo que ligarei para ele. Mas, não, Lucas não vai a Paris. Há outro clube que entrou em contato conosco e tem muito dinheiro, mas é confidencial. Ele permanecerá com a gente. Ele quer sair a médio prazo. Mas, como sempre digo, por €80 milhões estamos sempre refletindo. Sou honesto”, afirmou Aulas, em entrevista à Europe1.
Outro jogador mencionado por Aulas na entrevista é Karim Benzema. E o presidente não esconde o desejo de contar com a volta do artilheiro: “É verdade que somos associados com o extraordinário sucesso de Benzema por coração, por filiação. E nós dizemos a nós mesmos, todas as vezes que ele marca mais um gol e segue em alto nível, que se distancia do dia em que retornará o Lyon. Porque eu não vejo o presidente do Real Madrid deixando Karim partir. Mas, assim que tivermos a possibilidade de trazê-lo de volta, faremos isso. Não sei se voltará como jogador, como educador, mas é verdade que é um sonho”.
Em outros assuntos, Aulas declarou que não pensa em deixar o Lyon tão cedo. O presidente, aos 72 anos, ainda se sente bem para continuar no cargo e conduzir o planejamento dos Gones. Seu objetivo é recolocar o clube na Champions League, diante da queda de desempenho recente.
“Estou à frente do Lyon. Sou o principal acionista, com Jérôme Seydoux, que trabalha comigo há 20 anos. Como dissemos, os desempenhos e resultados são excepcionais ao longo dos anos. É verdade que esse ano derrapamos um pouco no plano esportivo e tomamos decisões que não foram as melhores. O episódio de Juninho machuca, mas ele decidiu se retirar. Ainda assim, com ou sem Juninho, o plano segue firme. Não sairei enquanto não recolocar o Lyon na Champions, então estamos tentando encontrar, mesmo na tempestade, os elementos para continuar investindo em médio prazo e chegar onde precisamos”, assinalou.
“Eu tentei me preparar para o futuro. Tenho 72 anos. Não me sinto um velhote. Tomo muitas iniciativas, sigo bem, a dinâmica continua. Digo que não deixarei o Lyon da forma como o encontrei. Mas, ao mesmo tempo, se eu precisar sair um dia, tenho que estruturar isso. E tenho muitas pessoas de grande qualidade que, hoje, tomam a maior parte das decisões do dia a dia. Estou convencido que podemos superar o momento, colocarei toda a minha energia isso”, complementou.
O Lyon ocupa um modesto 11° lugar na Ligue 1, mas voltou a vencer nesta rodada, ao derrotar o Troyes, depois de uma sequência de empates. Os Gones terão um compromisso importante na próxima sexta, quando disputarão o clássico contra o Saint-Étienne e terão mais uma chance de recuperação.