Ligue 1

O PSG se arrastou em campo, mas ainda conseguiu um gol no finalzinho para derrotar o Brest

O PSG teve uma atuação fraca depois da eliminação na Champions, mas achou a vitória nos acréscimos do segundo tempo, com Messi e Mbappé

O Paris Saint-Germain entrou em campo neste sábado num claro clima de ressaca. Certamente não animava um duelo no interior da França após a eliminação na Champions League. E os parisienses fizeram uma atuação modorrenta contra o Brest, em que a vitória por 2 a 1 só se confirmou nos acréscimos do segundo tempo. O desempenho do PSG no primeiro tempo foi um pouco melhor, mas o time cedeu o empate aos anfitriões pouco antes do intervalo. Já na segunda etapa, a equipe de Christophe Galtier era inofensiva e correu o risco da virada. Só conseguiu achar o gol num contra-ataque, em que Messi lançou e Mbappé resolveu. Pouquíssimo para um time tão badalado, mas é o que resta para o fim da temporada.

O PSG iniciou a partida em cima. Os parisienses estavam com mais gás do que se notou na Champions e o gol não saiu por muito pouco aos 11 minutos. Lionel Messi furou e Carlos Soler mandou uma pancada de primeira. O goleiro Marco Bizot operou um milagre, com um leve desvio na bola que pegou na trave. O domínio do PSG perdeu forças, sem tantas oportunidades. E o Brest passou a avançar mais nos contra-ataques depois dos 20, com Sergio Ramos salvando uma bola na área. Kylian Mbappé tentaria responder com um chute para fora.

Apesar da acomodação, o PSG conseguiu o primeiro gol aos 37. Mbappé chutou de fora da área e Bizot rebateu para frente. Carlos Soler entrou com tudo na área e marcou no rebote. No entanto, o Brest cresceu nos minutos anteriores ao intervalo. Conseguiu o empate num ótimo contra-ataque, aos 44. Romain Del Castillo lançou e Franck Honorat saiu nas costas da zaga. Dominou com categoria e bateu no alto, diante de Gianluigi Donnarumma. A festa da torcida alvirrubra seria tão grande que a fumaça dos sinalizadores provocou uma breve paralisação antes do intervalo.

O Brest voltou confiante para o segundo tempo. Tinha boas jogadas e quase virou o placar aos 11, numa cabeçada de Lilian Brassier que saiu ao lado da trave. Um cruzamento venenoso de Jean-Kevin Duverne também trouxe problemas a Donnarumma. Já o PSG oferecia pouco. Eram raros os lances de perigo da equipe, com um punhado de finalizações de Messi e Mbappé, mas que não causavam real perigo a Bizot. Somente depois dos 30 minutos é que Christophe Galtier passou a mexer no time, mas não que Vitinha ou Juan Bernat melhorassem tanto as perspectivas da equipe. Hugo Ekitiké também não animava.

O PSG continuava se arrastando em campo nos minutos finais. Parecia até desconcentrado, com Mbappé se envolvendo num desentendimento que rendeu o cartão amarelo. As ações do time eram lentas e sem qualquer contundência. Com isso, o Brest ainda tentou algo no ataque durante os minutos finais, mas também carecia de mais qualidade. Deu espaço. E um contra-ataque totalmente isolado permitiu a vitória do PSG nos acréscimos, aos 47. Messi deu um grande passe de primeira e Mbappé escapou em velocidade. Driblou Bizot antes de bater às redes vazias. Apesar da atuação morna, o tento diminui a impressão de vexame.

O PSG chega aos 66 pontos na Ligue 1. A equipe permanece com muita tranquilidade na primeira colocação, com 11 pontos de vantagem sobre o Olympique de Marseille, à espera do compromisso dos celestes. Já o Brest corre riscos na parte inferior da classificação. Os alvirrubros estão no 15° lugar, com 23 pontos, um acima da zona de rebaixamento.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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