Ligue 1

Num dia de tributo a Pelé, nada foi mais digno do Rei que o domínio majestoso de Messi no aquecimento

O PSG fez seu aquecimento com uma camiseta de Pelé e, com o rosto do Rei no peito, Messi foi capaz de um lance mágico ao dominar a bola

Sempre é tempo de homenagear Pelé. Nesta quarta-feira, no primeiro compromisso em casa desde a morte do Atleta do Século, o Paris Saint-Germain fez questão de prestar seu tributo. Diante do Parc des Princes lotado, os jogadores usaram durante o aquecimento uma camiseta com o rosto de Pelé. Também foi respeitado um minuto de silêncio antes que a bola rolasse, com a imagem do Rei no telão. Foi a primeira partida com Neymar em campo desde o adeus, assim como o duelo que marcou o retorno de Lionel Messi após a conquista da Copa do Mundo. E o argentino tratou de honrar a ocasião, não apenas por conduzir a vitória por 2 a 0 sobre o Angers. Durante o aquecimento, Messi foi capaz de um domínio fabuloso, que mais pareceu um sublime tributo àquele que trazia estampado no peito. Vale apreciar abaixo.

A ligação do PSG com Pelé, aliás, é relativamente profunda. O Parc des Princes também foi uma casa do Rei, com seis partidas por lá, sempre pelo Santos. O brasileiro acumulou cinco vitórias e um empate no estádio, com sete gols marcados. E se o craque nunca enfrentou o PSG, chegou a flertar com uma transferência para o clube recém-criado nos anos 1970. O então presidente dos parisienses se reuniu com o jogador no Brasil e parecia confiante em conseguir um empréstimo. Chegou prometer que levaria “a segunda Torre Eiffel” para Paris. Entretanto, Pelé preferiu mesmo ficar no Santos e a transação não passou de um sonho. A história chegou a ser recordada pela página oficial dos parisienses diante da notícia da morte do Rei.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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