La paix est finie: Ultras do PSG protestam no centro de treinamento do clube e pedem saída da diretoria
“Vocês não representam nossa cidade": protestos dos ultras dizem que eles não respeitam mais a diretoria e que ninguém mais reconhece este PSG
Torcedores organizados do Paris Saint-Germain, os chamados ultras, fizeram protesto nesta segunda-feira no centro de treinamento do clube pedindo que a gestão peça demissão. Os protestos acontecem depois da derrota por 3 a 1 para o Lorient, no fim de semana. Os protestos foram liderados pelo Collectif Ultras Paris, ou a sigla CUP, que perdeu definitivamente a paciência com a diretoria do time.
Os torcedores, frustrados pelo desempenho ruim que o time vem tendo, quase que só cumprindo tabela em um campeonato que irá conquistar, ainda que sem brilho e sem empolgação, pediram que os gestores deixem os seus cargos. Os torcedores ainda declararam que não respeitam mais a gestão do clube.
As faixas levadas pelos torcedores e colocadas na porta do CT do PSG diziam “Raiva antes do maremoto”, “Ninguém respeita mais vocês, por que faríamos isso?” e “Vocês não representam nossa cidade de forma alguma. Quem reconhece esse PSG? Peçam demissão”.
São nove derrotas contando o ano de 2023. Dessas, quatro foram em casa. Mais do que as derrotas, que não devem impactar a conquista do título da Ligue 1, o que parece incomodar os torcedores é a falta de identidade. O clube é o grande representante de Paris na primeira divisão francesa, mas não consegue ter uma direção clara no que está fazendo. O projeto de futebol segue errático, ainda que tenha tentado um rumo um pouco mais claro a partir da chegada de Luis Campos e Christophe Galtier, no começo da temporada.
Só que o problema é que há diversos problemas no time, e no trabalho de Christophe Galtier, e também na gestão de Luis Campos, que chegou a entrar no vestiário para cobrar os jogadores de forma acintosa, o que gerou muitas críticas. O planejamento de elenco ainda parece capenga.
O elenco ainda está completamente desequilibrado. E há grandes problemas para que a gestão lide, especialmente suas três estrelas do ataque: Lionel Messi, com contrato até o fim desta temporada, Kylian Mbappé, que tem contrato até 2024, com opção dele para renovação de mais um ano, e Neymar, machucado e com contrato até 2025, com opção do jogador por mais um ano.
A situação do PSG é mais grave não pela falta de títulos, mas porque a torcida parece querer um rumo que a diretoria, na figura de Al-Khelaifi na presidência e de Luis Campos como diretor de futebol, não conseguiu entregar até agora. E o que se vê em campo acaba irritando ainda mais a torcida. Definitivamente, acabou a paz no PSG, ou “la paix est finie”, em uma tradução livre para o francês.