Ligue 1

Após derrota do PSG para o Rennes, Tuchel diz: “Neymar não sai sem contratações”

Estamos apenas no segundo jogo da temporada na PSG foi derrubado, fora de casa, pelo Rennes. Depois de abrir o placar, tomou a virada e saiu de campo derrotado por 2 a 1. Em meio ao turbilhão envolvendo a transferência de Neymar, o time da capital não conseguiu ter uma boa atuação. O francês L’Equipe descreveu a atuação do atual campeão como “sem ideias ou inspiração”.

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O Rennes foi o adversário do PSG na Supercopa da França, quando os parisienses venceram. Desta vez, porém, o jogo foi na casa do Rennes, Roazhon Park, diante de 28.596 pessoas. E o primeiro gol saiu de um erro defensivo do Rennes. O capitão Damien da Silva recuou mal para o goleiro Romain Salin, Edinson Cavani interceptou a bola tocando de primeira para dentro do gol, aos 36 minutos do primeiro tempo.

Só que o empate não demorou. Ainda no primeiro tempo, Hamari Traoré tocou para o centro do ataque onde estava M’Baye Niang, que girou e chutou forte, no canto, estufando a rede do PSG, aos 44 minutos. Logo no início do segundo tempo, o Rennes aproveitou o bom momento para marcar de novo. Levantamento de Eduardo Camavinga para a área e Romain Del Castillo tocou de cabeça e marcou, logo a três minutos da etapa final.

E poderia ter tomado outro, logo em seguida, com uma chance desperdiçada por Niang. E Jeremy Gelin ainda acertou a trave em uma cobrança de escanteio. O PSG pressionou no segundo tempo, tentou muito, mas não conseguiu ter criatividade para chegar ao campo de ataque com qualidade.

A situação é inusitada. Desde que o grupo do Catar comprou o PSG, é apenas a terceira vez que o clube perde uma partida em agosto. Curiosamente nas duas vezes que isso aconteceu o time não conquistou o título: em 2011/12, quando o Montpellier ficou com a taça; e em 2016/17, quando o Monaco foi campeão.

“Foi uma partida difícil, é difícil falar também. Nós relaxamos um pouco, eu não sei por que, uma falta de concentração. O começo do segundo tempo foi difícil. Nós não estávamos atentos. É assim, temos que levantar a cabeça, tentarmos ser melhores no próximo jogo porque não foi o PSG que nós conhecemos”, afirmou Thiago Silva ao Canal+ depois do jogo.

“Um problema físico? Eu não acredito. Nós trabalhamos bem. O Rennes foi mais sólido defensivamente, mais atentos, eu não sei exatamente o que aconteceu. Nós iremos tentar fazer melhor contra o Metz”, continuou o capitão. “Neymar? Para todo mundo é difícil, mas não é uma desculpa. Ney não estava aqui. Nós temos que pensar em nós mesmos. Eu espero que seja a última derrota da temporada”.

O técnico Thomas Tuchel também teve que falar sobre a derrota e, claro, foi perguntado sobre Neymar. “Ele já estava fora na Supercopa da França e contra o Nimes. Todas as perguntas são sobre ele, mas não é esse o problema”, disse o treinador. “Ele não irá sair sem contratações, não é possível. Está claro. Se ele ficar, nós teremos um jogador que pode ganhar no um contra um. Nos faltou capacidade de aceleração, ritmo. Há pequenas situações onde tivemos espaço, mas a ação não foi decisiva”, analisou o treinador.

O Le Parisien noticiou nesta semana que o diretor esportivo Leonardo já fala sobre a possibilidade de Neymar continuar no PSG. “Ele é jogador do PSG, ele ainda está em Paris por três anos [tempo de duração do contrato], não esqueçam. Nós temos que analisar tudo, nós temos que resolver tudo antes que ele possa jogar de novo”, afirmou o dirigente.

Diante das dificuldades financeiras do Barcelona em atender às demandas do PSG, o clube francês trabalha com a possibilidade que o brasileiro tenha que ficar, ainda que forçosamente. O fim da janela é no dia 2 de setembro e o clube já deixou claro, nas palavras de Leonardo, que não é vendedor e definitivamente não está disposto a negociar o brasileiro a qualquer preço.

Em meio a tudo isso, o PSG precisa se encontrar e Tuchel precisa montar um time competitivo, não só para a Ligue 1, mas principalmente para os desafios que o time terá na Europa.



Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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