Europa

Ex-Barcelona se junta a Perišić e Gattuso em ‘rolê aleatório’ em clube croata

Hajduk Split contrata o ídolo croata Ivan Rakitić e reúne trio de peso para próxima temporada

Após seguintes trabalhos ruins em times médios da Europa, o italiano Gennaro Gattuso partiu para uma nova aventura: treinar o clube croata Hajduk Split em 2024/25.

O anúncio aconteceu no último mês e ele encontrou no elenco do 15 vezes campeão nacional Ivan Perišić, histórico ponta/ala da seleção da Croácia e com passagens por Bayern de Munique, Internazionale e Tottenham.

O experiente jogador voltou ao time que o formou para o futebol ainda no início de 2024, por empréstimo, ficando em definitivo após fim de contrato com os Spurs.

Agora, Perišić e Gattuso ganharam um parceiro de peso para desbancar o Dinamo Zagreb, atual heptacampeão croata consecutivo.

Trata-se do meio-campista Ivan Rakitić, parceiro de Perišić na Croácia no histórico vice na Copa do Mundo de 2018, apresentado neste domingo (21), firmando contrato até o fim da próxima temporada com opção de renovação por mais uma.

— Se alguém tivesse me dito há dois ou três meses que eu viria para cá, eu teria dado risada. Estou grato por poder retribuir algo ao futebol croata. Surgiu a oportunidade de ingressar no Campeonato Croata, não havia outra opção senão no Hajduk. Estou feliz que isso seja possível. Mal posso esperar para entrar no time, fazer parte da cidade, do clube, da nossa torcida, trabalhar, me esforçar e lutar, começar o mais rápido possível. — disse Rakitić.

O ex-Barcelona, multicampeão levantando as taças da Champions League, La Liga e muitas outras, estava no Al-Shabab, da Arábia Saudita, treinado por Vitor Pereira, desde janeiro, quando deixou o Sevilla.

Vale citar que Rakitić nunca jogou em um clube da Croácia. O meia, nascido na Suíça, é filho de croatas refugiados e, por isso, decidiu defender a camisa quadriculada no futebol de seleções.

— Esta é uma das maiores transferências da história do Hajduk e da Croácia. Jogou em grandes clubes, ganhou troféus e este é o maior clube da sua carreira. Ele logo verá por si mesmo. Quero que isto acabe o mais rapidamente possível porque o nosso primeiro jogo já é na quinta-feira e queremos começar bem a temporada. — elogiou o diretor-esportivo do Split, Nikola Kalinić.

O tamanho do desafio de Rakitić, Perišić e Gattuso no Hajduk Split para superar o Dinamo Zagreb

Gattuso à beira do campo comandando o Hajduk Split durante pré-temporada
Gattuso à beira do campo comandando o Hajduk Split durante pré-temporada (Foto: Divulgação)

Os sete títulos consecutivos do Dinamo só foram interrompidos com uma breve “zebra” do NK Rijeka, em 2017, clube que virou a segunda força do futebol local pela irregularidade do Hajduk.

São 19 as taças do clube de Zagreb nos últimos 20 anos, um império absoluto, justificado pelo abismo financeiro do time da capital, sempre pelo menos nas fases prévias da Champions, o que garante uma receita considerável.

O Hajduk Split, segundo maior campeão croata, não sabe o que é um título desde 2005, quando emplacou um bi e acumulou três campeonatos no espaço de cinco anos.

Os bons tempos ficaram para trás e o que sobra são os vice-campeonatos. Foram sete durante o jejum, que vai completar duas décadas no ano que vem.

Esse é o tamanho da montanha que Gattuso à beira do campo e Rakitić e Perišić nos gramados terão que encarar.

Para ter otimismo, o clube vem de pré-temporada quase perfeita: venceu seis de oito jogos, com apenas uma derrota e um empate.

No período, apesar de alguns adversários abaixo, bateu o Fenerbahçe de José Mourinho e ficou na igualdade com o Shakhtar Donetsk.

A estreia oficial em 24/25 acontece já na próxima quinta-feira (25), quando recebe o Havnar Bóltfelag, das Ilhas Faróe, pela 2ª rodada da fase prévia da Conference League. A volta acontece em 8 de agosto.

Caso avance, a equipe croata ainda tem mais duas eliminatórias pela frente até, enfim, poder jogar a fase de grupos da terceira competição europeia pela primeira vez na história.

A última vez que o Split atuou nos grupos de algum torneio continental foi a Liga Europa de 2010/11, quando terminou na lanterna com só uma vitória.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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