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United deu boa resposta após o vexame e goleou o Betis para ficar muito próximo das quartas

Os Red Devils deslancharam no segundo tempo e impediram que a sua temporada tomasse um caminho mais negativo depois da goleada em Anfield

Seria compreensível se o Manchester United ainda estivesse um pouco abalado, depois da goleada do último domingo em Anfield. Erik ten Hag usou palavras duras para descrever a postura dos seus jogadores, foi a maior derrota da história do clássico contra o Liverpool, a imprensa pegou pesado. Mas, com exceção de alguns minutos no fim do primeiro tempo, os Red Devils foram bem melhores do que o Betis, quinto colocado de La Liga, e fizeram uma etapa final excepcional para construir a goleada por 4 a 1 que os deixam muito próximos das quartas de final da Liga Europa.

O 7 a 0 para o Liverpool será inevitavelmente uma mancha, mas tudo caminha para uma temporada positiva para o Manchester United. Não apenas pelos resultados – o primeiro título desde 2017, com a Copa da Liga Inglesa, ainda vivo na Liga Europa e na Copa da Inglaterra, uma provável vaga na Champions League -, mas pelo caminho que finalmente encontrou com Ten Hag. Era essencial não permitir que ela entrasse em um espiral negativo com um tropeço em casa contra o Betis.

Talvez determinado a mostrar que Anfield foi um acidente de percurso, Erik ten Hag repetiu a escalação titular para enfrentar o Betis, que fez mudanças em relação ao seu jogo anterior, contra o Real Madrid. Abner entrou na lateral esquerda, Luiz Henrique e Juanmi atuaram pelos dados, com Joaquín completando a linha ofensiva junto com Ayoze Pérez. O começo foi promissor ao Manchester United. Depois de De Gea se complicar na saída de bola, não pela última vez nesta quinta-feira, Bruno Fernandes escapou pela direita e cruzou. Luiz Felipe conseguiu cortar, mas, no chão, ficou vendido no drible de Rashford que antecedeu um forte chute pelo alto para abrir o placar.

O gol pareceu ter dado um necessário impulso ao Manchester United, e Weghorst teve um par de chances. Ele, porém, está em uma fase na qual precisa de mais do que isso para guardar uma. Sua cabeçada, em levantamento de Casemiro, parou nas mãos de Claudio Bravo, e Felipe conseguiu desviar o chute do holandês com a ponta da chuteira, após ótima tabela entre Luke Shaw e Rashford na ponta esquerda. No minuto seguinte, Guido Rodríguez recuou na direção de Rashford, que encontrou a bola na entrada da área. Bravo saiu bem do gol para tirar o seu ângulo e fazer a defesa.

O Betis mal havia conseguido trocar passes no campo de ataque. Conseguiu sair um pouco mais, mas o United seguia mais perigoso. Weghorst, na cara do gol, e sozinho, e provavelmente impedido, se esticou e mandou para cima após cruzamento de Antony. O brasileiro também deixou Rashford na cara do goleiro, e Bravo espalmou para fora. Na marca da meia hora, o Betis trabalhou bem a bola e encontrou Juamni na entrada da área. Após matar no peito, ele deu a cavadinha no outro lado para Pérez dominar e bater forte para empatar.

Abner tirou o doce da boca de Antony, em lance que também havia impedimento de Rashford, e após outro erro de De Gea, Juamni colocou Pérez na cara do gol. O cruzamento desviou no meio do caminho e acertou o pé da trave. Apesar da superioridade do Manchester United, por pouco os visitantes não chegaram ao intervalo em vantagem.

O cenário mudou completamente no segundo tempo, depois de Antony anotar uma pintura. Recebeu pela direita, aos seis minutos, dançou na frente de Abner e bateu colocado de perna esquerda, no ângulo, bem à sua característica. Seis minutos depois, Shaw cobrou escanteio da esquerda e Bruno Fernandes, movimentando-se com inteligência, desviou na primeira trave e deixou o prejuízo do Betis muito maior.

O gol também teve efeitos psicológicos porque os visitantes nunca mais se encontraram, e a questão era se o United conseguiria resolver de vez a parada em Old Trafford. Antony tabelou com Fernandes, que devolveu na medida e o deixou na cara do goleiro. O brasileiro tentou uma cavadinha, para fora. Depois, Weghorst aproveitou erro de William Carvalho e soltou na direita. Antony, novamente na cara de Bravo, parou em uma grande defesa do goleiro chileno.

O quarto gol saiu imediatamente depois de substituições de Ten Hag. Uma delas, Facundo Pellistri, fez boa jogada pela direita e rolou para outra, McTominay, bater de primeira. Bravo fez a defesa, e Weghorst marcou no rebote. Seu primeiro gol em Old Trafford e apenas o segundo pelo United, embora ele tenha comemorado como se fosse o último da sua vida.

O Betis nunca reagiu. Lisandro Martínez teve outra chance, em escanteio de Fernandes, mas mandou para fora, e Pellistri exigiu outra defesa de Bravo, bombardeado em Old Trafford. Uma vitória contundente e importante para o Manchester United começar a virar a página do clássico e continuar em uma caminhada promissora.

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Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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