Liga Europa

Enorme vantagem da Roma foi demais para o Brighton, que só conseguiu vencer por um e foi eliminado

Vitória magra de 1 a 0 do Brighton não foi suficiente para reverter os quatro gols de vantagem da Roma, que vai as quartas da Liga Europa

Não é nem que o Brighton tenha feito um jogo ruim no Amex Stadium nesta quinta-feira (14), mas reverter o espetacular 4 a 0 da Roma, construído na ida das oitavas de final da Liga Europa, parecia impossível – e realmente foi, caindo em sua primeira experiência europeia na história. A vitória dos ingleses por 1 a 0, com belo gol marcado por Danny Welbeck, mostrou as falhas que a equipe de Roberto de Zerbi tem mostrado ao longo da temporada. Sempre com muitos lesionados, o clube da costa sul da Inglaterra tem posse de bola, saída de bola bem treinada, alternativas ofensivas, só que quando chega no último terço do campo, peca.

Isso marcou os 15 minutos iniciais. Muita posse, trocas de passes laterais e pouca infiltração. A estatística de chutes explica isso. Mesmo ficando com a bola por mais de 60{62c8655f4c639e3fda489f5d8fe68d7c075824c49f0ccb35bdb79e0b9bb418db} só finalizou 17 vezes, sendo apenas cinco no alvo. Quando acertou o gol de Mile Svilar pela primeira vez, foi muito pelo mérito de Welbeck, que aos 36 minutos do primeiro tempo recebeu na entrada da área e deu uma chapada espetacular no ângulo. Nas outras, já próximo do fim da etapa final, o goleiro sérvio apareceu bem para intervir, seja na cabeçada de Simon Adingra, quase na pequena área, ou nos chutes de longe do brasileiro Igor Júlio e de Ansu Fati.

Mile Svilar fez defesas importantes no final da partida (Foto: Divulgação/Roma)

A Roma viu isso de boa, sem ser tão incomodada – a não ser na leve pressão no fim -, e em certo momento começou a sair mais para o jogo. Mesmo sem alguns jogadores importantes, como Romelu Lukaku (hoje, nem no banco ficou por lesão) e Paolo Dybala, os comandados por Daniele De Rossi deram trabalho em certos momentos. O centroavante iraniano Sardar Azmoun assustou no início com uma batida cruzada que passou rente a trave. Depois, ele marcou um bonito gol de puxeta, se aproveitando de um vacilo de Billy Gilmour. No entanto, a arbitragem deu pé alto porque o zagueiro Jan Paul van Hecke veio com a cabeça para a disputa da bola no alto.

A equipe da capital da Itália foi bem inteligente na etapa inicial ao segurar a bola e atrair o rival em vários momentos para fazer o tempo passar. No segundo tempo, apostou em pressão e muita gente atacando no início, quase empatando com o lateral-esquerdo Leonardo Spinazzola, que fez uma grande jogada individual e mandou no travessão. Do meio para o fim do jogo, apostou em defender sua vantagem de três e conseguiu fazer isso com muito êxito. O que é mais um mérito para o trabalho do italiano De Rossi, que sabe fazer o time ir bem nos aspectos defensivos e ofensivos.

Nesta sexta-feira (14), acontece o sorteio das quartas de final da Liga Europa. Campeã da Conference League há dois anos, a Roma é a atual vice da segunda principal competição de clubes do continente europeu. Na temporada passada, perdeu para o Sevilla nos pênaltis após empate no tempo normal, ainda sob comando de José Mourinho, que permaneceu no cargo até janeiro desse ano. Quem sabe De Rossi não consegue dar o passo que o experiente treinador português não deu. Vale citar que os Lobos ainda lutam por uma vaga na Champions League via Serie A e tem boas chances de conseguir.

Enquanto isso, resta ao Brighton apenas lutar por vaga em competição europeia na Premier League. Em 28 rodadas, os Seagulls somam 42 pontos e estão em oitavo na tabela, local onde deve garantir vaga na Conference, a depender do desempenho dos ingleses no coeficiente da Uefa.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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