Mesmo contra um embalado Bayer Leverkusen, a Union St. Gilloise voltou com um bom empate da Alemanha
A Union St. Gilloise se manteve à frente no placar durante meia hora, até que o Leverkusen diminuísse o prejuízo na reta final

A Union St. Gilloise é uma das sensações da temporada europeia. Os auriazuis passaram 48 anos longe da elite belga e, logo na volta, conquistaram uma vaga nos torneios continentais após 57 anos hiato. A campanha na Liga Europa 2022/23 é respeitável, com direito à classificação contra outra sensação nas oitavas, o Union Berlim. E a USG continua causando problemas aos clubes alemães. Nesta quinta-feira, na ida das quartas de final, a equipe arrancou o empate na visita ao Bayer Leverkusen, que vinha em excelente sequência nas últimas semanas. Tudo bem que os Aspirinas buscaram o 1 a 1 na BayArena durante os minutos finais, mas ainda assim o resultado permanece bastante acessível à St. Gilloise antes do reencontro na Bélgica na próxima semana. A equipe dirigida por Karel Geraerts foi mais contundente.
O Bayer Leverkusen tinha mais volume de jogo, mas pouca penetração. A equipe sentia falta de mais presença de área para romper a defesa da Union St. Gilloise, bastante segura na noite. Florian Wirtz teve um arremate ao lado da meta, mas foi só. E os belgas precisavam de apenas uma oportunidade, como ficou claro logo cedo. Num chutão de Jean Amani aos 13 minutos, Lukas Hradecky deu bobeira no golpe de vista e a bola bateu no travessão. Os auriazuis tinham menos posse de bola, mas conseguiam ser mais perigosos.
O placar poderia ter sido aberto ainda no primeiro tempo, numa boa sequência da Union St. Gilloise aos 25. Hradecky precisou trabalhar nas tentativas de Victor Boniface e Yorbe Vertessen, enquanto Jonathan Tah quase marcou contra e foi salvo pelo travessão. Somente nos 15 minutos finais é que o Leverkusen buscaria agredir um pouco mais, sem tantas soluções. Um dos escapes principais dos Aspirinas era nas alas e foi assim que pintou a principal chance, aos 40. Jérémie Frimpong cruzou da direita e Piero Hincapié passou com liberdade no segundo pau, mas cabeceou para fora. Diaby também estava mais ativo e errou o alvo em dois arremates.
O Leverkusen voltou para o segundo tempo com Kerem Demirbay no lugar de Exequiel Palacios. Mesmo assim, faltava criatividade ao toque de bola dos Aspirinas. E a Union St. Gilloise, ainda mais contundente quando subiu ao ataque, abriu o placar aos seis minutos. A equipe rodou bem os passes, até o capitão Teddy Teuma abrir com Boniface no lado esquerdo da área. O atacante encontrou uma fresta para o chute e mandou no canto no Hradecky. Nem isso acordou os Aspirinas, que tantas vezes pareciam expostos aos contragolpes na sequência.
Sardar Azmoun seria uma novidade do Leverkusen aos 23, mas o time seguia com problemas para arrematar as jogadas. As chances mais claras vinham em lances impedidos – com direito a um gol inacreditável desperdiçado por Mitchell Bakker. Uma grande oportunidade real só ocorreu aos 33, mas Frimpong não soube direcionar a cabeçada, mandando ao lado da meta. A Union St. Gilloise cozinhava o resultado. Mesmo solitário, Boniface incomodava quando subia ao ataque. O Leverkusen só achou o empate aos 37. Azmoun fez o pivô e Wirtz tirou o chute da cartola, da entrada da área. O caminho estava congestionado, mas o garoto acertou o canto e correu para o abraço. Durante a reta final, os Aspirinas insistiram mais pela virada, sem sucesso. Azmoun chegou a ser travado na área nos acréscimos, mas o empate prevaleceu.
O Bayer Leverkusen interrompe a sequência de sete vitórias, recorde do clube, mas chega a dez partidas de invencibilidade. A questão é que o time de Xabi Alonso não deixou a boa forma transparecer tanto dessa vez. O volume de jogo não foi correspondido por um futebol tão eficiente. Por outro lado, a Union St. Gilloise foi melhor em sua estratégia. E poderá contar com o apoio de sua torcida pela classificação na Bélgica.