Leverkusen 2×3 Monaco ofereceu um pacote completo do que se espera de um jogaço
A partida na Alemanha teve duas viradas e foi repleta de grandes gols, mas, no fim das contas, o Monaco saiu com a vitória nos acréscimos do segundo tempo

Uma das virtudes da Liga Europa é oferecer confrontos sem francos favoritos. O Monaco até vinha mais embalado para encarar o Bayer Leverkusen na Alemanha, mas os Aspirinas se recuperaram na temporada e tinham a vantagem de atuar em casa. No fim das contas, o que se viu na BayArena foi uma partidaça. Teve de tudo: duas viradas no placar, golaços com dribles, pinturas de fora da área, boas defesas dos goleiros, erros clamorosos. E somente nos acréscimos do segundo tempo é que os monegascos garantiram o triunfo por 3 a 2, que garante uma situação favorável para o reencontro no principado. Vai ferver, não só pelos 90 minutos eletrizantes da ida dos 16-avos de final, mas também pela briga generalizada já depois do apito final.
O primeiro gol saiu cedo na BayArena, logo aos nove minutos. E foi um lance muito reclamado pelo Bayer Leverkusen. Num recuo para Lukas Hradecky jogar com os pés, o goleiro tomou um tranco de Breel Embolo e se desequilibrou, desviando a bola contra a própria meta. Foi um gol contra bizarro. Os alemães queriam falta, mas a arbitragem avaliou apenas como jogo de corpo e validou o tento do Monaco. O Leverkusen tentou responder na sequência do primeiro tempo. Florian Wirtz e Moussa Diaby eram participativos, mas o time pecava nas finalizações. Os monegascos seguiam mais perigosos. Hradecky se redimiu com boas defesas, enquanto os Aspirinas só ensaiaram o empate nos acréscimos, mas Robert Andrich mandou ao lado.
O Leverkusen melhorou bastante no início do segundo tempo. Era bem mais incisivo e não demorou a transformar o placar. O primeiro gol da equipe aconteceu aos três minutos, em ótima jogada de Diaby. O francês deu um corte seco na marcação dentro da área e arrematou com um toque por entre as canetas do goleiro Alexander Nübel. Os Aspirinas continuaram martelando e Nübel tentava resistir. Porém, a merecida virada saiu aos 14 minutos. Wirtz passou como quis pela marcação na entrada da área e abriu um rombo, antes de bater rasteiro. Só não dava dizer que o jogo era todo dos alemães porque, pouco antes, Diaby saiu lesionado.
O Monaco levou 29 minutos para finalizar a primeira vez no segundo tempo. Quando enfim conseguiu, voltou a empatar com um golaço. Krépin Diatta mandou um balaço de fora da área e tirou do alcance de Hradecky, com a bola rente à trave. A partir de então, não dava para apostar em nada. Hradecky salvou uma batida de Wissam Ben Yedder aos 41, antes que Adam Hlozek carimbasse a trave do outro lado no minuto seguinte. Já nos acréscimos, o Monaco saiu vitorioso. Axel Disasi arriscou do meio da rua e virou de novo o placar, num chute potente que também aproveitou o posicionamento ruim de Hradecky. O Leverkusen ensaiou um abafa depois disso, sem sucesso, com a comemoração dos visitantes.
O clima quente não acabou nem mesmo após o apito final. Uma grande confusão se formou em campo quando os times saíam para os vestiários, inclusive com troca de agressões. Há o risco de suspensões para a volta. E depois de tudo o que se viveu na Alemanha, a expectativa é de outra partida aberta em Mônaco. O Leverkusen, entretanto, terá uma missão dura para virar contra um adversário em melhor fase.