Liga Europa

Bayer Leverkusen sofre pressão de Molde, mas vence com reservas pela Liga Europa

Time alemão abriu 2 x 0 no primeiro tempo, mas teve dificuldades na etapa final, com o Molde por pouco não igualando o placar

Em jogo no modesto Aker Stadion, nem tão lotado para uma partida de Liga Europa, o Bayer Leverkusen sofreu uma forte pressão do Molde, mas aproveitou os erros do adversário e venceu por 2 x 1 com dois gols no primeiro tempo. Mesmo com sete reservas, o normalmente titular Jeremie Frimpong marcou o primeiro, enquanto Nathan Tella fez o segundo. Emil Breivik descontou para os donos da casa.

Agora com duas rodadas disputadas no grupo H, o Leverkusen do técnico espanhol Xabi Alonso lidera com seis pontos, seguido pelo Qarabag com quatro, Häcken com um e o Molde segue zerado.

Bayer Leverkusen aproveita falhas para abrir dois em menos de 20 minutos

Como fez na abertura da Liga Europa, Xabi Alonso poupou boa parte de seus principais jogadores, atuando com apenas quatro titulares: os zagueiros Edmond Tapsoba e Jonathan Tah, o meio-campista Granit Xhaka e o ponta/ala direito Jeremie Frimpong. 

No momento com bola, o time alemão tentava furar a linha de cinco zagueiros do Molde com igualando o número de atletas, tendo Frimpong dando amplitude à direita e o outro ala Piero Hincapié à esquerda, garantido a liberdade de Adam Hložek, Amine Adli e Nathan Tella por dentro. A saída de bola era feita com Tah, Tapsoba e Josip Stanišić, além do apoio à frente de Xhaka e Robert Andrich.

Mesmo bem recuado, o Molde deu as duas primeiras finalizações da partida quando teve liberdade para subir. Mas um dos chutes foi completamente torto e outro bloqueado antes que pudesse chegar no goleiro Matej Kovar.

Mesmo sendo uma equipe claramente inferior, os noruegueses não renunciavam a saída pelo chão, de forma limpa. Arriscando, acabaram sucumbindo a pressão do Leverkusen no momento em que Frimpong roubou e recebeu de volta de Adli para abrir o placar.

O Bayer seguia castigando o Molde por suas falhas e ampliou dessa forma. Todo postado no campo de ataque, o time da Noruega deu o contragolpe para Hložek puxar tranquilo e servir Tella na medida para apenas chutar cruzado, superando Jakob Karlstrom aos 18 minutos. Cinco minutos depois, Tella quase marcou o segundo dele no dia após vacilo da defesa ao não afastar bem a bola, mas o inglês finalizou em cima da marcação.

Mesmo com a clara diferença entre os times e o placar a favor do time alemão, o Molde treinado por Erling Moe buscava equilibrar a posse de bola e mostrava aspectos táticos modernos, com muita pressão e rodava a bola de forma inteligente, buscando o espaço – que não aparecia ou não era encontrado pela falta de técnica de seus jogadores. O primeiro chute certo do time da casa aconteceu justamente em jogada bem construída, de pé em pé, indo da esquerda para direita, chegando em Fjortoft Lovik, que bateu de primeira, fraco, direto nas mãos de Kovar.

O Leverkusen passou um período sem assustar desde os 24. Cerca de 13 minutos depois, por pouco não fez o terceiro em lance rápido, iniciado em lançamento de Tabsoba no tiro de meta, chegando em Tella, que deixou Adli de cara para o gol, mas o jovem marroquino chutou para fora na saída do goleiro. Na dividida desse lance, o arqueiro Karlstrom sentiu e Oliver Petersen entrou em seu lugar.

A primeira defesa do goleiro vindo do banco só veio nos acréscimos. Em jogada estranha pela esquerda, Hincapié pegou a sobra cruzou nas mãos de Petersen, que viu Hložek quase antecipar. Ainda antes do fim, o ala esquerdo do Molde, Lovik, finalizou novamente, em jogada idêntica à anterior, indo de um lado ao outro, mas dessa vez teve que limpar um adversário e chutar para fora.

Molde cria melhores chances no segundo tempo, perca na efetividade e marca tarde demais

Ambos os técnicos preferiram não mudar no intervalo da partida. O Molde seguia com a mesma proposta e conseguiu que sua pressão no campo de ataque se transformasse em uma grande chance. Após roubada de bola, o capitão Magnus Eikrem lançou Marcus Kaasa na área, que na diagonal do goleiro Kovar preferiu cruzar rasteiro para trás, mas ninguém apareceu para concluir.

Em outra boa jogada, dessa vez construída pela troca de passes, Marcus Kaasa aproveitou uma sobra da defesa e deu um forte chute para fora. Era o Molde conseguindo, mesmo que de forma tímida, mostrar um pouco do seu jogo. Logo depois, Martin Ellingsen teve a chance em contra-ataque, poderia ter tocado, mas preferiu finalizar de fora da área, nas mãos de Kovar.

As três jogadas iniciais de ataque do Molde mostraram o repertório da equipe: a primeira veio em roubada de bola a partir de pressão, a segunda em jogada construída com o ataque postado e a última por meio de um contra-ataque.

O relógio já marcava quase 15 minutos, e parecia que o Bayer Leverkusen queria que o jogo acabasse. Enquanto isso, o Molde chegava e criou sua melhor oportunidade. Bonita triangulação com Eikrem, que driblou Tapsoba já dentro da área e só parou em Kovar.

Já com tempo de trabalho, o Bayer Leverkusen de Xabi sabe como desacelerar o adversário com a posse de bola e conseguiu diminuir o bom momento do Molde. As entradas dos titulares Alejandro Grimaldo (no lugar de Tapsoba) e Jonas Hofmann (Tella) ajudaram nisso.

Mesmo com mais de meia hora, o Molde não baixou sua pressão no campo do Leverkusen e forçou o erro do adversário. Kristian Eriksen recebeu na área e conseguiu limpar a defesa, mas ficou sem ângulo para chutar e deu para Eric Kitolano (que saiu do banco minutos antes) chegar e mandar na trave. Na sobra, Eriksen cruzou e, em um belo movimento, Lovik errou o voleio.

Pouco tempo depois, a pressão incessante do time norueguês surtiu efeito de novo, Fredrik Gulbrandsen roubou, tabelou com Kitolano, e chutou na rede pelo lado de fora. O bandeirinha assinalou impedimento nessa jogada.

Enfim, as chances do Molde chegaram ao gol. Emil Breivik carregou do campo de defesa ao ataque, sem marcação, deu para Lovik cruzar e concluiu de cabeça, encobrindo Kovar. Eram 42 minutos, fora os cinco de acréscimos, mas com a presença de mais titulares no Bayer, a situação foi ficando complicada e o empate, merecido aos noruegueses, não chegou.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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