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20 jogadores que marcam a história da Roma nas copas europeias

Em 44 campanhas continentais, a Roma conquistou alguns títulos, fez boas campanhas e eternizou ídolos

A Roma possui uma história de 44 temporadas nas competições europeias. É verdade que os títulos estão apenas nas duas pontas, com a conquista da Copa das Cidades com Feiras (a precursora da atual Liga Europa) em 1960/61 e a mais recente Conference League em 2021/22. Mesmo assim, os giallorossi protagonizaram grandes jornadas além das fronteiras. Ainda possuem dois vices, um na Champions e outro na Copa da Uefa, e mais quatro caminhadas às semifinais. Há muitas histórias para se contar, sobretudo antes da quinta final romanista nesta quarta-feira, em Budapeste, contra o Sevilla.

Para resgatar essas memórias, aproveitamos para destacar 20 jogadores que marcam a trajetória da Roma nas copas europeias. Há nomes inescapáveis, onipresentes em qualquer lista sobre o clube, como Francesco Totti e Daniele De Rossi. Ainda assim, existem outros heróis mais específicos desses momentos especiais, como Pedro Manfredini e Rudi Völler. A ideia não foi concentrar apenas em algumas campanhas, mas relembrar aqueles que se fizeram imprescindíveis durante tantos momentos importantes além das fronteiras.

Giacomo Losi

As listas de capitães lendários da Roma sempre incluem o nome de Giacomo Losi. O líbero defendeu a Loba de 1954 a 1969, depois de surgir na Cremonese. Mas, embora não fosse um prata da casa, acabava tratado como um verdadeiro romanista – a ponto de receber o apelido de “Coração de Roma” por sua entrega dentro de campo. Losi esteve presente nas primeiras campanhas continentais dos giallorossi, sobretudo na Copa das Cidades com Feiras. E foi na edição de 1960/61 que, como capitão, o defensor teve a honra de erguer a taça. Foi ausência em apenas uma partida daquela campanha, mas disputou toda a reta final, inclusive os dois jogos decisivos contra o Birmingham City. A volta olímpica no Estádio Olímpico foi liderada por ele.

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Pedro Manfredini

Pedro Manfredini só não fez chover durante a Copa das Cidades com Feiras de 1960/61. O atacante argentino estava em sua segunda temporada na Roma, depois de ser contratado a peso de ouro junto ao Racing. Teve um bom ano de estreia na Loba, mas nada comparado ao que faria no torneio continental: o atacante assinalou 12 gols em oito aparições na competição. Começou um pouco mais tímido, com um gol nos duelos contra a Union St. Gilloise. Depois, adicionou mais três contra o combinado de Colônia – que tomava como base o fortíssimo 1. FC Colônia. Foram seis diante do Hibernian, incluindo quatro tentos nos 6 a 0 do jogo-desempate das semifinais. E isso antes de fazer dois nas decisões contra o Birmingham City, ambos no empate por 2 a 2 na ida em St. Andrew's. A média superior a um gol a cada dois jogos que manteve na Serie A acabou muito extrapolada em seu maior sucesso. Ofuscou companheiros mais renomados como Juan Schiaffino, Alcides Ghiggia e Antonio Angelillo.

Francisco Lojacono

Outro argentino que rendeu muito bem naquela Roma campeã da Copa das Cidades com Feiras foi Francisco Lojacono. Revelado pelo San Lorenzo e catapultado pelo Gimnasia, o meia já tinha passado por Vicenza e Fiorentina, assim como defendia a seleção italiana. Chegou à Roma em 1960, para ser um diferencial em busca da taça internacional. Acabou como vice-artilheiro do time, causando muito estrago em suas chegadas ao ataque. Lojacono marcou seus gols contra Union St. Gilloise e combinado de Colônia, mas a maior contribuição aconteceu nas semifinais diante do Hibernian. Assinalou os dois no empate por 2 a 2 em Easter Road e também o terceiro nos 3 a 3 do Olímpico, antes que os escoceses fossem pulverizados nos 6 a 0 do desempate. Ficaria na capital até 1963, quando também foi destaque na campanha até as semifinais da Copa das Cidades com Feiras de 1962/63. Anotou seis gols em cinco partidas, artilheiro do time ao lado do compatriota Pedro Manfredini.

Fabio Cudicini

Fabio Cudicini é considerado um dos melhores goleiros da história da Roma e também está entre os principais nomes da posição no Calcio durante a década de 1960. Revelado pela ótima escola da Udinese, o arqueiro desembarcou na Roma em 1958 e tomou a posição de titular em 1960. Seria um dos maiores nomes na campanha da Copa das Cidades com Feiras, dono da camisa 1 ao longo da competição. Durante todas as partidas que disputou, a Loba se manteve invicta naquela campanha. Foi destaque especialmente na final contra o Birmingham City, quando acumulou grandes defesas. Premiado também na Serie A como melhor goleiro em atividade, Cudicini depois faria história com o Milan, vencedor da Copa dos Campeões em 1968/69. Seu filho Carlo Cudicini também virou goleiro profissional.

Fabio Capello

Fabio Capello teve uma história muito maior como treinador do que como jogador. Ainda assim, merece ser respeitado como meio-campista de Copa do Mundo com a seleção italiana nos anos 1970. Revelado pela Spal, Capello depois se transferiu à Roma e conseguiu se projetar na capital. Durante as três temporadas em que esteve no clube, conquistou a Copa da Itália na segunda. Isso permitiu que disputasse a Recopa Europeia em 1969/70 e se colocasse como protagonista dos romanistas na caminhada até as semifinais. Capello disputou todas as oito partidas. Marcou o gol da vitória por 1 a 0 contra o PSV nas oitavas, em duelo definido nos pênaltis. Já nas semifinais, deixou sua marca nos dois embates com o Górnik Zabrze, mas os giallorossi terminaram eliminados. Na temporada seguinte, o jovem vestiria a camisa da Juventus, onde foi multicampeão na Serie A e finalista da Champions. Depois, voltaria para levar o Scudetto como técnico da Roma.

Agostino Di Bartolomei

A figura de Agostino Di Bartolomei é uma das mais amadas da Roma. O meio-campista depois convertido em líbero se colocou como o grande capitão giallorosso na década de 1980. Teve um papel fundamental na conquista do Scudetto em 1982/83, regendo o time de trás e contribuindo com sua qualidade para bater na bola. E seguiria como uma das referências da equipe que alcançou a final da Copa dos Campeões na temporada seguinte, em 1983/84. Di Bartolomei esteve presente em oito das nove partidas da campanha, sempre com a braçadeira. Seu momento mais importante ocorreu nas semifinais, com o gol de pênalti que valeu a classificação nos 3 a 0 contra o Dundee United, após a derrota por 2 a 0 na Escócia. Já na decisão diante do Liverpool, converteu a primeira cobrança na disputa por pênaltis, o que não impediu a derrota em pleno Estádio Olímpico. Aquela foi uma de suas últimas partidas pela Roma, antes de ser negociado com o Milan. Exatos dez anos depois da final, em 30 de maio de 1994, Di Bartolomei tirou a própria vida. Enfrentava uma grave depressão desde o fim de sua carreira, assim como acumulara graves dívidas e se ressentia do afastamento do futebol.

Roberto Pruzzo

Revelado pelo Genoa, Roberto Pruzzo se converteu na Roma em um dos principais goleadores do Calcio e também da história do clube. O atacante bigodudo foi três vezes artilheiro da Serie A e também uma vez da Copa da Itália. E os gols do centroavante embalaram as campanhas continentais dos romanistas naqueles tempos. Chegou a marcar tentos nos três torneios da Uefa. Ainda assim, seu grande momento veio na Champions 1983/84. Pruzzo foi o artilheiro do time na campanha, com cinco gols. Anotou um tento importante nos 16-avos de final, para conter a reação do IFK Göteborg. Deixou sua marca na classificação contra o Dynamo Berlim nas quartas e assinalou dois na reviravolta diante do Dundee United nas semifinais. Também seria dele o gol de empate na decisão contra o Liverpool, por 1 a 1, no Estádio Olímpico. Não foi o que bastou, com a derrota nos pênaltis.

Paulo Roberto Falcão

Falcão chegou à Roma para se tornar rei em 1980, após todo o sucesso no Internacional. E o meio-campista disputou competições europeias em todas as suas cinco temporadas pelo clube, com 23 partidas internacionais com a camisa giallorossa. Já teve um papel de relevo na caminhada até as quartas de final da Copa da Uefa em 1982/83, temporada do Scudetto. Além disso, garantiu gols e assistências rumo à final da Champions 1983/84. Falcão se destacou especialmente nas classificações contra IFK Göteborg e CSKA Sofia nas fases iniciais. Foi desfalque na derrota para o Dundee United na Escócia, antes da reação no Olímpico. E esteve presente em campo nos 120 minutos diante do Liverpool, controlando a meia-cancha. Todavia, é mais lembrado por não ter cobrado um dos pênaltis na decisão, muito criticado por isso. O craque não tinha as melhores condições físicas e tinha ficado para bater a quinta cobrança, que sequer chegou a acontecer.

Toninho Cerezo

Toninho Cerezo chegou à Roma logo depois do Scudetto, contratado a peso de ouro junto ao Atlético Mineiro. O meio-campista seria um dos motores do time na caminhada até a final da Champions 1983/84. O mineiro deu mais consistência à faixa central, garantindo novas doses de qualidade técnica diante da companhia de Falcão e Di Bartolomei. E aproveitou a competição europeia para brilhar, virando uma das figuras principais da classificação contra o Dynamo Berlim nas quartas de final. Marcou seu gol e também deu assistência nos 3 a 0 da ida. Cerezo teve bom papel na decisão contra o Liverpool, mas nada pôde fazer na derrota nos pênaltis. Ficaria na capital até 1986, quando se tornou uma liderança da Sampdoria, com a qual conquistou a Recopa Europeia e foi vice da Champions.

Rudi Völler

Völler chegou à Roma em 1987, como jogador de Copa do Mundo e um dos melhores atacantes da Bundesliga pelo Werder Bremen. Virou um dos maiores ídolos da Loba na virada da década, mesmo que tenha levado um tempo para desabrochar no clube. O bigodudo engrenou a tempo de virar herói no Mundial de 1990 com a Alemanha Ocidental. E, quando voltou do torneio, quase emplacou como campeão da Copa da Uefa em 1990/91. Se a Roma chegou à final, foi muito por conta dos tentos de Völler, 10 em 12 partidas. A fome de gols garantiu até duas tripletas na campanha, nas oitavas contra o Bordeaux e nas quartas contra o Anderlecht. Também fez o gol decisivo nas semifinais, com os 2 a 1 sobre o Brondby garantido aos 43 do segundo tempo no Olímpico. Passaria em branco apenas na final contra a Internazionale. Pouco depois, em 1992/93, faturou a Champions com o Olympique de Marseille.

Ruggiero Rizzitelli

Rizzitelli providenciava o complemento ideal para Völler no ataque da Roma, como um atacante rápido e que aparecia como elemento surpresa na área. Contratado do Cesena em 1988, passou seis temporadas na Loba. Seu grande momento aconteceu também na Copa da Uefa de 1990/91. Rizzitelli até marcou nas fases iniciais, diante do Valencia, mas fez mais diferença na reta final. Deixou sua marca nas quartas, diante do Anderlecht, e ajudou a proporcionar a vitória contra o Brondby nas semifinais. Também foi dele o gol na vitória por 1 a 0 sobre a Inter no segundo jogo da decisão, o que pouco adiantou diante da vantagem construída pelos nerazzurri. Em 1992/93, o atacante também foi importante na campanha até as quartas de final da Copa da Uefa. Chegaria a se transferir ao Bayern na segunda metade dos anos 1990.

Giuseppe Giannini

Mais um grande símbolo da Roma na dinastia de capitães, Giannini se profissionalizou no clube e atuou pela equipe principal por 15 anos. Era um meio-campista de enorme técnica, grande responsável pela criação de chances da Loba na virada dos anos 1980 para os 1990. O Príncipe era reserva do time vice-campeão da Champions 1983/84 e despontou como uma liderança rumo à final da Copa da Uefa de 1990/91, depois de disputar a Copa do Mundo com a Itália. Vestindo a camisa 10, Giannini foi essencial principalmente nas primeiras jornadas daquela competição. Anotou o gol que ratificou a classificação nos 32-avos contra o Benfica, com a vitória por 1 a 0 em Lisboa, e também balançou as redes do Valencia no triunfo pelos 16-avos de final. O Capitano totalizou 38 partidas por competições continentais com a Roma, até se despedir da torcida em 1996.

Aldair

Aldair sustenta o status de lenda na Roma com todos os méritos. O zagueiro geralmente consta nas seleções de melhores de todos os tempos do clube, pela longevidade com os giallorossi e também pelo tamanho de sua categoria no miolo de zaga. O Pluto chegou à Loba em 1990, logo depois de ter disputado uma final de Champions com o Benfica. Esteve presente em 56 partidas de competições europeias com os giallorossi, presente nas três principais copas. O ápice veio mesmo em sua primeira jornada, a Copa da Uefa de 1990/91. Aldair só teve menos aparições que Thomas Berthold e Rudi Völler, em campo em 11 das 12 partidas. Não evitaria, porém, as derrotas nas finais contra a Inter. Na virada do século, seria referência da Roma nas primeiras aparições do clube na fase de grupos da Champions League.

Francesco Totti

Não há como falar sobre a história da Roma sem mencionar Francesco Totti. E o Capitano detém os principais recordes dos giallorossi nas competições continentais. Ao longo de sua extensa jornada pelo clube, o camisa 10 disputou 103 partidas pelos torneios da Uefa e guardou 38 gols. Primeiro despontou na Copa da Uefa durante os anos 1990, quando liderou duas campanhas até as quartas de final, antes de virar a referência do time nos tempos de Liga dos Campeões, a partir da virada do século. Totti teve atuações marcantes no torneio, contra adversários do peso de Real Madrid e Bayern de Munique. Suas campanhas mais longas garantiram a presença dos romanistas nas quartas de final. Arrebentou em 2006/07, com direito a gol e assistência nos 2 a 0 sobre o Lyon das oitavas, apesar da duríssima queda diante do Manchester United na etapa seguinte. Também seria importante na classificação contra o Real Madrid nas oitavas de 2007/08. Seu último gol pelo torneio aconteceu em 2014/15, quando se tornou o mais velho da história a balançar as redes pela competição. Deixou o seu contra o Manchester City e repetiu a dose contra o CSKA Moscou.

Daniele De Rossi

Outro nome imprescindível em tudo o que se refere à Roma, Daniele De Rossi engrandece a dinastia de homens que se dedicaram ao clube de sua vida e que se tornaram capitães – mesmo que a companhia de Totti tenha demorado a garantir a braçadeira em definitivo para o meio-campista. De Rossi também possui marcas expressivas nas competições europeias, com 98 partidas e 13 gols. Como iniciou sua trajetória na virada do século, o volante é quem detém o recorde em aparições pelo clube na Champions League. De Rossi participaria das campanhas até as quartas de final em 2006/07 e 2007/08, com o amargor de ter garantido o gol de desconto nos 7 a 1 do Manchester United. Entretanto, teria tempo para viver a inesquecível empreitada até as semifinais da Champions 2017/18. Dono da braçadeira de capitão e titular absoluto, De Rossi foi um dos grandes heróis na fantástica virada contra o Barcelona nas quartas de final, em que os 4 a 1 engolidos na ida no Camp Nou viraram uma épica vitória por 3 a 0 na volta no Olímpico. O camisa 16 serviu o primeiro gol de Edin Dzeko e converteu o pênalti para o segundo, antes que Kostas Manolas decretasse a passagem com o terceiro gol na reta final. Foi um recital do veterano, em sua penúltima temporada pelo clube.

Edin Dzeko

Desde que estourou como um atacante de primeiro nível na Europa, Dzeko só não ganhou títulos pela Roma. Porém, o bósnio possui sua maior marca de gols na carreira com os giallorossi – acima até mesmo dos tempos de Wolfsburg e de Manchester City. O bósnio teve algumas temporadas estupendas na Serie A, mas também aproveitou para se valorizar nas competições continentais, sobretudo na Champions League. Foram oito gols e cinco assistências na campanha até as semifinais de 2017/18. O centroavante já tinha brilhado na fase de grupos, mas nada se compara ao que aprontou nos mata-matas. Primeiro, cravou o 1 a 0 da classificação nas oitavas contra o Shakhtar. Depois, descontou nos 4 a 1 do Barcelona no Camp Nou, um tento essencial para a reviravolta em Roma, quando marcou e sofreu pênalti nos 3 a 0. Também balançou as redes nos dois embates com o Liverpool das semifinais, mas sem impedir a eliminação. Outro momento especial veio na Liga Europa 2020/21, quando o time caiu nas semifinais. Dzeko marcou nos dois jogos dos 16-avos contra o Braga e também garantiu a passagem contra o Ajax nas quartas. Pela Roma, fez 32 gols em 53 partidas por torneios da Uefa.

Tammy Abraham

Tammy Abraham tinha a missão dura de substituir exatamente Dzeko no ataque da Roma. Não se nega que o centroavante entregou muitos gols e se marcou na história do clube, pelo grande papel que teve no título da Conference. O inglês foi o artilheiro romanista, com nove gols. Seis deles ainda vieram na fase de grupos, mas a contribuição nos mata-matas também foi enorme. A classificação nos 16-avos, contra o Vitesse, se confirmou porque Abraham garantiu o empate por 1 a 1 aos 46 do segundo tempo – o que evitou a prorrogação. Também foi dele o gol que valeu a vaga na final, com o 1 a 0 sobre o Leicester no Estádio Olímpico. A conta minguou na atual Liga Europa, com apenas um gol na fase de grupos, diante do HJK Helsinque. Mas há mais uma final para o centroavante tentar brilhar.

Lorenzo Pellegrini, da Roma (Icon Sport)

Lorenzo Pellegrini

Pellegrini foi não apenas o capitão da Roma que conquistou a Conference League, mas também o melhor jogador do torneio. O meio-campista sobrou na temporada passada como referência técnica do time, pela maneira como organizou a faixa central e também pelas repetidas vezes em que se apresentou para definir os resultados. Seus chutes de média distância foram essenciais para a Loba. Naquela campanha, Pellegrini anotou quatro gols e deu duas assistências, entre os principais destaques nas passagens contra Bodo/Glimt e sobretudo Leicester. Também possui no currículo a semifinal da Champions de 2017/18, como reserva, e da Liga Europa de 2020/21, como um elemento mais preponderante. Continua como protagonista para a final de 2022/23, vital para o avanço na fase de grupos e também no reencontro com o Feyenoord nas quartas de final.

Chris Smalling

Era um tanto quanto natural ver Chris Smalling sob desconfiança quando chegou na Roma. Não passava de um zagueiro mediano no Manchester United, que nunca se tornou um dono da posição na defesa. Em quatro anos na Itália, em compensação, o inglês despontou como um dos melhores beques em atividade no Calcio. Ganhou prêmios individuais na Serie A. E levou um título para torná-lo marcante na Conference League. Smalling conhecia José Mourinho de outros tempos e se transformou no coração da defesa. Trancou a linha defensiva durante os mata-matas, com destaque para a decisão contra o Feyenoord. Não à toa, recebeu o prêmio de melhor em campo na Albânia e também foi eleito para o time ideal do campeonato. Continua em alta, com uma Liga Europa maiúscula em 2022/23.

Nicolò Zaniolo

A torcida da Roma não quer mais ouvir falar o nome de Zaniolo, por toda a sua ingratidão ao sair do clube. Não era cria da casa, mas foi tratado como xodó assim que estourou e também ganhou muito carinho nas suas longas recuperações de lesão. Porém, se o atacante não se firmou como o ídolo que se projetava, é um nome inescapável no título da Conference em 2021/22. O jovem anotou cinco gols, alguns deles entre os mais importantes da jornada. Foram três contra o Bodo/Glimt nas quartas de final, na goleada por 4 a 0 que reverteu a derrota na Noruega e mostrou como a Loba estava faminta por aquela taça – especialmente após ser amassada pelos mesmos adversários durante a fase de grupos. Ainda assim, nada supera o tento que Zaniolo cravou nas redes do Feyenoord para a vitória por 1 a 0 na final na Albânia. Foi seu ápice numa passagem que tinha chance de ser ainda maior.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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