Champions LeagueEuropa

Diego Costa mal chegou ao Chelsea e já faz muita falta

Com os pouco mais de 15 minutos que teve em campo no empate frustrante do Chelsea com o Schalke por 1 a 1, na estreia dos Blues na Champions League, Diego Costa chegou a cinco jogos pelo time inglês. Nos quatro anteriores, quando começou como titular, balançou a rede sete vezes e foi, ao lado de Fàbregas, o grande nome do rolo compressor que o time de José Mourinho mostrou no início da Premier League. Desta vez o português começou com o brasileiro no banco, deu uma chance a Drogba e deve ter se arrependido bastante da decisão.

VEJA TAMBÉM: Danilo cavou tão mal esse pênalti que nem seus pais marcariam

A falta que Diego Costa fez ao Chelsea nos primeiros 75 minutos do jogo foi bastante evidente, especialmente no momento em que o time inglês dominou o Schalke. Fàbregas e Hazard começaram infernais na partida, e o espanhol abriu o placar logo aos 11 minutos. Ainda assim, faltou o brasileiro e sua movimentação e faro de gols para matar o duelo quando ele ainda se apresentava simples. Drogba tentou, mas destoou negativamente dos companheiros no momento em que o time funcionava bem, e eventualmente os Azuis Reais equilibraram o duelo, chegaram a ser superiores aos donos da casa e, com Huntelaar, conseguiram o empate no segundo tempo.

O Schalke 04 chegou ao Stamford Bridge repleto de desfalques, sobretudo na defesa. Uchida, Höwedes, Matip, Felipe Santana… Todos indisponíveis. Na lateral direita, Höger foi engolido por Hazard e Fàbregas na primeira etapa. Mesmo com toda a fragilidade defensiva do Schalke no primeiro tempo, o Chelsea não foi capaz de se aproveitar o bastante para definir o jogo. Concentrou maior parte de suas jogadas no flanco esquerdo e não acionou tanto Drogba, que tampouco fez o que poderia para participar ativamente do jogo. Muito parecido com a temporada passada, em que em algumas partidas de boa movimentação ofensiva, Torres, Ba ou Eto'o não convenciam.

CHAMPIONS LEAGUE: Sonolenta vitória do Barça serviu para Luis Enrique fazer alguns testes

O que faltou ao marfinense foi justamente o que apresentou Diego Costa nas poucas aparições pelos Blues até agora. O empenho do brasileiro na marcação da saída de bola, a preocupação de estar sempre em posição boa para receber um passe e, é claro, sua contundência, natural consequência de suas características, foram os elementos de que mais sentiu falta o Chelsea nesta quarta.

Quando o matador entrou, a partida já estava em 1 a 1, e os Blues já partiam para o abafa. Não conseguiu mudar a partida, mas também não deve ser cobrado por isso. Teve pouquíssimo tempo para esquentar no duelo e fazer a diferença. Na individualidade de Hazard e nos passes milimétricos de Fàbregas, o Chelsea quase chegou à vitória, sendo parado por Färhmann no fim do jogo, mas não fez durante os 90 minutos o suficiente para que os três pontos no pontapé inicial da Champions fossem justos. O pontinho solitário acaba sendo uma ótima síntese da estreia dos ingleses.

Foto de Leo Escudeiro

Leo Escudeiro

Apaixonado pela estética em torno do futebol tanto quanto pelo esporte em si. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, com pós-graduação em futebol pela Universidade Trivela (alerta de piada, não temos curso). Respeita o passado do esporte, mas quer é saber do futuro (“interesse eterno pelo futebol moderno!”).
Botão Voltar ao topo