Champions League

Real Sociedad engole o Salzburg e fica muito bem posicionada para as oitavas de final

Após empatar com a Inter no Anoeta jogando melhor, os espanhóis mostraram força para derrotar os austríac

A Internazionale, atual vice-campeã, é favorita no Grupo D da Champions League, mas a segunda vaga nas oitavas de final está aberta. Após duas rodadas, a Real Sociedad está muito bem posicionada para ficar com ela. Empatou com os italianos no Anoeta, jogando melhor, e venceu o Red Bull Salzburg fora de casa nesta terça-feira por 2 a 0.

O Salzburg havia impressionado na primeira rodada derrotando o Benfica na Luz, mas fez uma partida muito fraca em casa e foi merecidamente engolido. A Real Sociedad já tem quatro pontos, ganhou uma na estrada, e a partida teoricamente mais difícil como mandante ficou para trás. Tem a faca e o queijo nas mãos para chegar à próxima fase.

Real Sociedad atropela

A Real Sociedad entrou embalada pela vitória por 3 a 0 sobre o Athletic. O treinador Imanol Barrenetxea fez apenas duas modificações. Aihen Muñoz entrou na esquerda no lugar de Kieran Tierney, que saiu machucado do clássico basco, e o capitão Mikel Oyarzabal entrou no ataque, na vaga de Umar Sadiq. O Salzburg tem mais margem de manobra em sua liga nacional, mas Gerhard Struber também fez apenas uma troca em relação ao time titular que goleou o Austria Lustenau no fim de semana. Maurits Kjaergaard substituiu Forson Amankwah no meio-campo.

Poderia ter trocado mais porque os donos da casa não existiram no primeiro tempo. Nem no segundo, mas o primeiro foi pior.

A Real Sociedad entrou uma marcha acima e não demorou para abrir o placar. Teve muita liberdade na intermediária ofensiva, aos sete minutos. Brais Méndez acionou Oyarzabal, que dominou na entrada da área e manteve a bola próxima aos pés até encontrar a hora certa de chapar no canto.

Os austríacos tiveram uma chegada importante pouco depois, com Roko Simic ajeitando de peito para Karim Konaté que não tomou a melhor decisão. Em vez de bater de esquerda, preferiu chutar com a parte de fora do pé direito e isolou. Naquele momento, o Salzburg até tinha mais posse de obla, mas não conseguia criar nada. Antes de assumi-la, e terminar o período com 58%, a Real Sociedad encaixou um contra-ataque para ampliar.

E, de novo, com facilidade. Uma saída rápida pela meia direita, com Kubo fazendo a parede na região do círculo central. Méndez avançou, em dois contra um, por todo o campo de ataque. A defesa do Salzburg se recuperou, apenas um pouco, mas não impediu o atacante da Real Sociedad de abrir à perna esquerda na entrada da área e marcar com uma batida cruzada. O terceiro gol ficou próximo. Oyarzabal apareceu livre na boca do gol para completar o cruzamento rasteiro de Barrenetxea. Mas furou. Furou feio.

Salzburg reage, mas não muito

Diante do que precisava fazer, o Salzburg reagiu muito pouco. Até controlou mais a bola no segundo tempo, passando de 42% para 53%, mas não conseguiu fazer o goleiro Álex Remiro trabalhar até os 50 minutos. Na prática, o momento em que ficou mais próximo de descontar foi em um pênalti marcado pelo árbitro Bartosz Frankowski, logo depois da retomada. Simic brigou com Zubeldía e Jon Pacheco e conseguiu passar à frente. Remiro saiu do gol e o derrubou. Na revisão, porém, Frankowski descobriu que Simic havia pisado o pé do goleiro espanhol.

O resto da partida foi um exercício inútil dos austríacos, que mal conseguiram levar perigo. A Real Sociedad ficou mais próxima do terceiro gol até, com uma jogada bonita de Oyarzabal, que dominou uma bola difícil antes de mandar nas mãos de Alexander Schlager, e depois com uma batida de primeira de Carlos Fernández, pela direita da grande área, após erro de Strahinja Pavlovic na saída de bola. Simic teve a última oportunidade. Recebeu um toque de cabeça na entrada da área, girou e bateu cruzado. Perto da trave, mas não perto o bastante.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
Botão Voltar ao topo