PSV segurou pressão e mantém esperança, mas Atlético evidenciou sua superioridade

O Atlético de Madrid fez sua fama nos últimos anos como clube copeiro, que costuma se dar bem nos mata-matas justamente por saber como segurar os adversários. Nesta quarta, o time de Diego Simeone não negou seu DNA na visita ao PSV. No entanto, poderia ter saído do Estádio Phillips com o saldo um pouco melhor. Em um jogo arrastado durante a maior parte do tempo, os colchoneros ficaram em vantagem numérica nos 25 minutos finais, mas não souberam transformar a pressão em gols, com o 0 a 0 prevalecendo até o apito final. Permitem ainda um fio de esperanças aos Boeren, que vão ao Vicente Calderón tendo em mãos a vantagem do empate com gols.
Em um primeiro tempo bastante morno, o PSV tinha a posse de bola, mas não encontrava espaços na defesa do Atlético de Madrid. E os rojiblancos ameaçaram apenas nas poucas bolas enfiadas às costas da zaga holandesa. Vietto chegou a encobrir o goleiro Zoet, mas Bruma salvou na pequena área. Já Griezmann parou em grande defesa do arqueiro. O PSV, por sua vez, só deu calor em uma sequência de finalizações que não foram além das mãos de Jan Oblak. A equipe sentia falta de um pouco mais de presença de área, com a suspensão do centroavante Luuk de Jong.
O panorama do jogo não mudou muito no começo do segundo tempo. Godín chegou a ter um tento anulado, em clara falta sobre o marcador. Contudo, o Atleti ficou com o caminho aberto a partir dos 23, quando Gastón Pereiro recebeu o segundo amarelo e deixou o PSV com um a menos em campo. Com Fernando Torres e Ángel Correa saindo do banco, Simeone renovou as energias ofensivas de seu time. Todavia, os holandeses trancaram muito bem a sua área, sofrendo um pouco mais de susto apenas nas bolas áreas. Zoet, por sua vez, faria ainda mais duas grandes defesas, terminando a noite como o melhor em campo.
Considerando o estilo de jogo do Atlético de Madrid, muitas vezes no limite da vantagem no placar, o PSV pode complicar seus adversários marcando um gol no Vicente Calderón. Todavia, a inferioridade dos holandeses se evidenciou durante os 90 minutos em Eindhoven, com as três míseras finalizações e as pouco criativas soluções para tentar abrir a zaga espanhola. Neste sentido, a volta de Luuk de Jong (artilheiro do time e um dos mais experientes do elenco) significa bastante aos Boeren. Garante a qualidade na finalização que faltou nesta quarta, ao ataque que já anotou 84 gols na temporada.
De qualquer maneira, o favoritismo permanece com o Atleti. Vencer em Eindhoven seria adiantar o serviço para o qual os colchoneros quase sempre se programar: segurar o placar fora e buscar a vitória em casa. No reencontro em Madri, por mais que garanta a segurança defensiva, o time de Simeone não poderá se dar ao luxo de não aproveitar a sua pressão. Griezmann, Fernando Torres e os outros elementos do ataque precisam fazer mais.