Champions League

Jogador por jogador, como o Bayern montou o elenco que tentará o hexa europeu

O Bayern de Munique, apesar de seu poderio financeiro, não é um clube que costuma cometer grandes loucuras na janela de transferências. Os bávaros se aproveitam da força no mercado alemão e apostam em jovens talentos, mas raras vezes quebram a banca por uma contratação. Mesmo assim, em 2019/20 investiram seu recorde em uma só temporada, ao gastarem €143 milhões pensando principalmente na renovação do sistema defensivo. Mas foi somente a segunda vez que o Bayern superou a marca dos €100 milhões em uma temporada, com valores que seguem bastante aquém do que se nota nos principais concorrentes ao redor da Europa.

Basta ver pelos gastos com o atual elenco: os 20 jogadores que entraram em campo nesta Champions, mais o goleiro reserva, custaram cerca de €350 milhões ao Bayern. Só a dupla de ataque do Paris Saint-Germain já supera este montante, e isso porque Lucas Hernández representa sozinho quase um quarto do valor total. A fórmula dos bávaros une diversos nomes antigos no elenco, jogadores trazidos quando ainda despontavam, medalhões garantidos por empréstimo e oportunidades de negócio excelentes – sobretudo pela posição de predador dentro da Bundesliga. No entanto, mesmo com as críticas sobre o desequilíbrio interno, não se nega o acerto do trabalho.

Atualmente, o Bayern reúne alguns dos melhores do mundo em todos os setores e jogadores polivalentes, que também contribuem à eficiência do elenco. Há os méritos evidentes de Hansi Flick, que passou a tirar o melhor de vários atletas e recuperou outros tantos que não vinham bem, em especial os veteranos. Atualmente, são poucas as posições do time que não estão cobertas por ao menos dois jogadores de grande qualidade. O cobertor só é um pouco mais curto no comando do ataque, mas a fase de Robert Lewandowski faz quase todo mundo se esquecer que seria bom um reserva mais cascudo.

Com paciência para amadurecer os jogadores e também soluções descobertas dentro do próprio clube, o Bayern montou um time fortíssimo. Abaixo, recontamos como 21 atletas presentes nesta Champions rumaram à Baviera. Os números são do Transfermarkt.

Manuel Neuer

Manuel Neuer, do Bayern de Munique (Reprodução)

10 jogos na Champions, €30 milhões

O Bayern teve dificuldades na sucessão de Oliver Kahn, mesmo enquanto o veterano caía de nível ao final da carreira. Os bávaros fizeram algumas apostas em goleiros jovens e também trouxeram o experiente Hans-Jörg Butt, mas a segurança só esteve garantida a partir da contratação de Neuer em 2011. O rapaz de 25 anos vinha de temporadas fantásticas com o Schalke 04 e havia disputado uma Copa do Mundo como titular da seleção. Muitos em Gelsenkirchen o trataram como traidor, assim como existia certa resistência entre os próprios bávaros. Mas ele não demorou a emplacar e foi em Munique que se consagrou como um dos melhores arqueiros alemães da história, sobretudo pelo desempenho na Champions 2012/13. Passados os seus problemas de lesão, o agora capitão volta ao seu ápice.

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Sven Ulreich

Sven Ulreich, reserva de Neuer (David Ramos/Getty Images)

Não foi utilizado na Champions, €3,5 milhões

A saída de Pepe Reina levou o Bayern a buscar um goleiro para a reserva de Neuer em 2015, com um perfil diferente do veterano Tom Starke. Ulreich vinha de boas temporadas com o Stuttgart e chegaria como uma reposição interessante. O alemão até jogou mais do que se imaginava por conta das contusões de Neuer e, mesmo abaixo do titular, seria um digno substituto em vários momentos. Não à toa, acabou a temporada 2017/18 entre os melhores arqueiros da Bundesliga e ganharia até convocações à seleção, mesmo falhando na Champions contra o Real Madrid.

Benjamin Pavard

Pavard, do Bayern de Munique (Foto: Getty Images)

8 jogos na Champions, €35 milhões

Formado pelo Lille, Pavard estourou mesmo depois de ser contratado pelo Stuttgart. Passou pela segundona alemã e vinha de grande temporada com os suábios na primeira divisão em 2017/18 quando ganhou fama na Copa do Mundo. Ainda permaneceria no clube por mais uma temporada, mas estava claro que tinha futebol para mais e acertou com o Bayern por um valor alto. A polivalência por atuar tanto na zaga quanto na lateral o favorecia. Assim, o francês permitiu que Joshua Kimmich retornasse ao meio-campo e fez uma ótima campanha de estreia com os bávaros na Bundesliga. Além de bom marcador, tem qualidade no passe.

Álvaro Odriozola

Álvaro Odriozola, em sua chegada ao Bayern (Foto: Divulgação)

1 jogo na Champions, emprestado sem custos

Trazido no meio da atual temporada, Odriozola foi um negócio de ocasião ao Bayern de Munique. O lateral revelado pela Real Sociedad não tinha tanto espaço no Real Madrid e acabou deixando o elenco de Zinedine Zidane temporariamente. Ajudaria a diminuir as carências dos bávaros, diante dos problemas de lesão na defesa e da falta de um reserva direto a Pavard. Mas jogou pouco pelo clube e, quando poderia ser necessário, Hansi Flick preferiu deslocar Kimmich de volta à lateral direita.

Jérôme Boateng

Jérôme Boateng, do Bayern de Munique (Divulgação/Bayern de Munique)

8 jogos na Champions, €13,5 milhões

Faz tanto tempo que Boateng está no Bayern de Munique que fica até difícil de lembrar seus passos anteriores na carreira. Formado pelo Hertha Berlim, destacou-se bastante em tempos relevantes do Hamburgo e chegou a passar por um Manchester City em processo de fortalecimento. Era reserva na Premier League e por isso mesmo chegou por um preço baixo à Allianz Arena em 2011 – mesmo disputando a Copa de 2010 como titular da Alemanha. Na época, era visto como um defensor polivalente, a ponto de atuar nas duas laterais. A afirmação como zagueiro aconteceu pelas mãos de Jupp Heynckes. Viveu altos e baixos nos últimos anos, principalmente por sua lentidão, mas seus meses mais recentes foram positivos.

David Alaba

David Alaba, do Bayern de Munique (Foto: AP)

7 jogos na Champions, €150 mil

Cria do Áustria Viena, Alaba foi descoberto pelo Bayern quando tinha 16 anos. Logo os bávaros perceberam que possuíam um excelente jogador em mãos. O entendimento tático do austríaco o diferencia, bem como a capacidade em diversos fundamentos. Lançado no time de cima por Louis van Gaal e emprestado por um ano ao Hoffenheim, virou nome frequente na equipe durante a primeira temporada de Jupp Heynckes, mas tantas vezes no meio-campo. A lateral esquerda virou sua no ano da Tríplice Coroa, quando superou a concorrência de Diego Contento, com Philipp Lahm realocado à direita e Boateng firmado na zaga. Desde então, só não foi titular quando esteve lesionado e, jogado na fogueira como zagueiro após os seguidos desfalques do time em 2019/20, continuou apresentando o mesmo grau de excelência.

Niklas Süle

Niklas Süle, zagueiro do Bayern (Foto: Bayern/divulgação)

5 jogos na Champions, €20 milhões

Embora tenha atuado na base por Eintracht Frankfurt e Darmstadt, Süle fez seu nome com o Hoffenheim. O zagueiro de muita imponência física, mas também certa capacidade técnica, virou uma das maiores promessas da posição e jogou por quatro temporadas como titular na Rhein-Neckar Arena. O acerto com o Bayern se deu em janeiro de 2017, para a temporada seguinte, em anúncio que também incluiu Sebastian Rudy e soou como barganha pelo preço baixo – considerando ainda o término dos contratos. No fim, apenas Süle vingou na Allianz Arena, embora uma lesão ligamentar tenha o afastado do time na atual temporada. Aos 24 anos, segue com muita lenha para queimar.

Lucas Hernández

Lucas Hernández, contratação mais cara da história do Bayern (Stefan Matzke / sampics via Imago / One Football)

3 jogos na Champions, €80 milhões

A contratação de Lucas Hernández foge dos padrões do Bayern de Munique e o francês, trazido para esta temporada, se tornou o negócio mais caro da história do clube. Titular na seleção francesa campeã do mundo, o defensor também vinha de ótimos momentos na zaga do Atlético de Madrid. Ainda assim, o valor pago corresponde mais ao potencial que aos serviços prestados até então. Foi a aposta dos bávaros à necessária renovação do sistema defensivo, trazido para jogar como zagueiro, embora também sirva bem como lateral esquerdo. No fim das contas, o jovem de 24 anos mal teve tempo para mostrar seus predicados. Lesionou seriamente o tornozelo e virou uma peça na rotação de Hansi Flick desde o retorno.

Alphonso Davies

Alphonso Davies, do Bayern (Reprodução)

7 jogos na Champions, €10 milhões

A história de Alphonso Davies merece ser contada desde o princípio. Filho de liberianos, o garoto nasceu em um campo de refugiados em Gana, meses depois que seus pais fugiram da guerra civil em seu país. A família entrou para um programa social e, quando Alphonso tinha cinco anos, os Davies ganharam o direito de se mudar ao Canadá. Por lá é que o prodígio teve um contato mais sistemático com o futebol e, descoberto pelo Vancouver Whitecaps aos 14 anos, virou o segundo mais jovem a entrar em campo pela MLS quando tinha 16. O Bayern pagou €10 milhões por seu passe em janeiro de 2019, um golpe de mestre diante do que o rapaz de 19 anos representa hoje ao time. Inicialmente trazido como ponta, virou o melhor lateral esquerdo da temporada alemã, contribuindo bastante por sua velocidade e por seus dribles.

Joshua Kimmich

Joshua Kimmich, do Bayern (Foto: Getty Images)

10 jogos na Champions, 2 gols, €8,5 milhões

Kimmich é outra cria do Stuttgart. O garoto aparecia muito bem na base dos suábios e, por isso, seria detectado pelo RB Leipzig. Desembarcou na Red Bull Arena quando o clube estava na terceira divisão e viraria um dos protagonistas do acesso, além de fazer uma boa temporada na segundona. O Stuttgart acionou a cláusula de recompra por €1,5 milhão e o vendeu de imediato ao Bayern por €8,5 milhões. Um valor baixo, como logo o prodígio de 20 anos indicaria na Baviera. Volante ou zagueiro com Pep Guardiola, virou um dos melhores laterais do mundo com Carlo Ancelotti, mas a verdade é que parece apto a qualquer posição. Voltou ao meio nesta temporada e é um dos principais organizadores do time, ainda que as necessidades tenham o levado de volta à lateral nesta reta final de Champions, sem perder a qualidade na armação.

Leon Goretzka

Leon Goretzka, do Bayern (Reprodução/Twitter)

7 jogos na Champions, 1 gol, custo zero

Goretzka é mais um daqueles jogadores tratados com extremo esmero pelo Schalke 04 e que, no fim das contas, não rendem aos cofres. Em campo ele brilhou em Gelsenkirchen, considerando que o clube o buscou em Bochum quando só disputava a segunda divisão. Nas cinco temporadas em que defendeu os Azuis Reais, só não foi titular quando esteve lesionado e virou um dos melhores do time, chegando à seleção alemã. Mas não quis renovar seu contrato e saiu de graça ao Bayern em 2019. A primeira temporada do meio-campista na Baviera foi de adaptação, sem encontrar tanto seu espaço. Ganhou importância com Hansi Flick, especialmente pela liberdade que tem para se aproximar do ataque e contribuir com sua criatividade.

Thiago Alcântara

Thiago Alcântara, do Bayern de Munique (Photo by BEN STANSALL/AFP via Getty Images/One Football)

9 jogos na Champions, €25 milhões

O filho de Mazinho sempre teve moral nas categorias de base do Barcelona. Tratado como um dos melhores prospectos de La Masía, seria alçado por Pep Guardiola à equipe principal. Mas, no fim das contas, nunca virou aquilo que se esperava no time de cima – não só por problemas seus, mas também por certa falta de paciência do clube. Guardiola mudou-se à Baviera e levou Thiago por módicos €25 milhões em 2013. São sete temporadas no clube sem se tornar exatamente um protagonista, mas o espanhol foi importante em diversos momentos, sobretudo quando se manteve saudável. Já indicou que não deseja renovar seu contrato e esta Champions serve para deixar as últimas impressões na torcida. É o maestro no meio-campo.

Corentin Tolisso

Corentin Tolisso comemora gol pelo Bayern (Foto: FCB)

9 jogos na Champions, 3 gols, €41,5 milhões

Tolisso fez três temporadas completas como titular do Lyon e virou um dos principais jogadores do clube, a despeito da pouca idade. Isso levou o Bayern a realizar um investimento alto para contratá-lo em 2017, com 23 anos. É um jogador com boa capacidade física e chegada ao ataque, o que fazia total sentido nos tempos de Carlo Ancelotti – e ele se saiu muito bem na temporada de estreia, mesmo com a mudança de treinador. Todavia, uma ruptura dos ligamentos o tirou de 2018/19 praticamente inteiro e seria mais um na rotação em 2019/20. Apesar disso, foi titular absoluto na fase de grupos da Champions e se colocou como um dos melhores da equipe neste momento inicial da campanha.

Javi Martinez

Javi Martínez, do Bayern (Foto: Getty Images)

7 jogos na Champions, €40 milhões

Aos 31 anos, Javi Martínez é uma peça por vezes esquecida no elenco do Bayern e seu ciclo no clube parece próximo ao fim. De qualquer maneira, o espanhol tem seu lugar na história dos bávaros. Levado do Osasuna ao Athletic Bilbao em transferência polêmica na época, foi titular dos leones por seis temporadas e virou símbolo da equipe, em especial no vice da Liga Europa em 2011/12. Os bascos não queriam vendê-lo, mas o Bayern pagou a multa rescisória e quebrou seu recorde de contratação mais cara na época. O meio-campista formou uma excelente dupla com Bastian Schweinsteiger, vital à Tríplice Coroa em 2012/13. Perdeu espaço com as lesões e muitas vezes jogou de zagueiro. Assim, virou um nome ocasional, útil por sua experiência.

Philippe Coutinho

Coutinho, do Bayern (Foto: Getty Images)

10 jogos na Champions, 3 gols, emprestado por €8,5 milhões

O Bayern abriu as portas a Coutinho após sua decepção no Barcelona. O currículo do prata da casa do Vasco fala por si, principalmente pela maneira como se transformou no Liverpool. Mas o poder de decisão se perdeu no Camp Nou e a Baviera parecia um bom destino para o brasileiro recuperar seu prestígio. Isso não aconteceu totalmente. Seu começo com Niko Kovac foi positivo, mas o rendimento não se manteve e o meia virou reserva com Hansi Flick, também enfrentando problemas físicos. Ainda assim, não deixa de ser uma ótima opção no banco de reservas e mostrou isso contra o Barcelona, com sangue nos olhos para se vingar. Caro a um empréstimo, não seguirá no clube em definitivo.

Serge Gnabry

Serge Gnabry comemora em Lisboa (Photo by MIGUEL A. LOPES/POOL/AFP via Getty Images/One Football)

10 jogos na Champions, 9 gols, €8 milhões

Os primórdios de Gnabry aconteceram no Stuttgart, até ser atraído pelo Arsenal aos 17 anos. Mas a verdade é que o alemão nunca emplacou no Emirates – entre a falta de espaço, um empréstimo mal-sucedido e os problemas físicos. Preferiu retornar à Alemanha em 2016 e, prata nas Olimpíadas, também brilhou com o Werder Bremen. O Bayern pagou um preço baixo para levá-lo em 2017 e preferiu deixá-lo emprestado por um ano ao Hoffenheim. O ponta se saiu bem novamente e, enfim garantido na Baviera, se tornou um dos melhores do time sob as ordens de Niko Kovac. Manteve o prestígio com Hansi Flick e, pela baita Champions que vem fazendo, se coloca entre os melhores pontas da temporada. Foi o melhor em campo na semifinal contra o Lyon, o que representa muito.

Thomas Müller

Thomas Müller, do Bayern (Foto: Divulgação/Bayern)

9 jogos na Champions, 4 gols, base

Nenhum outro jogador deste Bayern tem o clube correndo tanto nas veias quanto Thomas Müller. O meia é o herdeiro direto de Philipp Lahm e Bastian Schweinsteiger como bandeira dos bávaros, a quem fez toda a sua carreira nas categorias de base alvirrubras. Lá se vão 12 anos desde que ganhou as primeiras chances com Jürgen Klinsmann, embora tenha virado titular com Louis van Gaal e seu melhor momento tenha ocorrido com Jupp Heynckes. Por vezes lidou com as críticas nos últimos anos, também pelas dificuldades em ser encaixado no time, por mais que seguisse com números expressivos. Pois o reencontro com Hansi Flick, assistente na seleção, devolveu ao Bayern uma versão ainda melhor de Müller. A quem chegou a cogitar trocar de clube, não faz qualquer sentido sair da Baviera agora. Brilha com muitas assistências, lances decisivos e a leitura dos espaços que é a especialidade do Raumdeuter.

Ivan Perisic

Ivan Perisic apresentado no Bayern (Getty Images)

9 jogos na Champions, 3 gols, emprestado por €5 milhões

Sem espaço na Internazionale, Perisic virou uma cartada do Bayern nesta temporada. O empréstimo do ponta custou €5 milhões, mas os bávaros ganharam um jogador bastante experiente (inclusive na própria Bundesliga, por Dortmund e Wolfsburg) e acostumado com grandes competições – a exemplo da final da Copa do Mundo que disputou em 2018. Valeu o preço. Numa equipe que ainda lida com as perdas de Arjen Robben e Franck Ribéry, o croata seria importante dentro da rotação. Teve algumas boas atuações e ajudou bastante na reta final da Champions. Não à toa, aos 31 anos, ficou com a posição que seria de Kingsley Coman.

Kingsley Coman

Kingsley Coman, do Bayern (Frank Hoermann / SVEN SIMON Pool via Imago / One Football)

8 jogos na Champions, 2 gols, €21 milhões

Um dos elos entre os clubes nesta final de Champions é Coman. Pouca gente se lembra, porém, de seus tempos no Paris Saint-Germain. Formado na capital, o francês disputou apenas três partidas pela Ligue 1, antes de ser levado pela Juventus. Jogou um pouco mais em Turim e teve alguns lampejos, até o Bayern resolver contratá-lo em 2015. Ficaria inicialmente por empréstimo de duas temporadas, ao custo de €7 milhões, mas se saiu bem e o clube acertou sua permanência. Pela habilidade, é um jogador com potencial de ser mais preponderante aos bávaros. Falta decidir mais vezes e também ter mais sequência, com as muitas lesões. De qualquer forma, é uma arma extra e jogou bem em algumas ocasiões neste fim de temporada.

Robert Lewandowski

Robert Lewandowski comemora gol pelo Bayern contra o Lyon (FRANCK FIFE / POOL / AFP)

9 jogos na Champions, 15 gols, sem custos

Os primórdios de Lewandowski se deram no Znicz Pruszkow, com muitos gols na segundona polonesa, e também deixaria sua marca nas duas temporadas pelo Lech Poznan. Não à toa, o centroavante atraiu o interesse das grandes ligas e o Borussia Dortmund o levaria em 2010. Mas muito da evolução do artilheiro tem a ver com seu período no Signal Iduna Park, aprimorando sua precisão e sua participatividade. Tinha feito história nos tempos de Jürgen Klopp, mas preferiu não renovar e seguiu ao Bayern de graça. Os aurinegros têm sua mágoa, mas o movimento foi o vital para elevar o patamar de Lewa. Virou um jogador ainda mais completo na Allianz Arena, arrebatou todos os tipos de recordes e atravessa o melhor momento da carreira. O título da Champions é o que realmente falta para coroá-lo como um dos maiores da história do clube.

Joshua Zirkzee

Zirkzee, do Bayern de Munique (Foto: Getty Images)

1 jogo na Champions, €150 mil

Sem um reserva do ofício para o lugar de Lewandowski, Zirkzee foi alçado rapidamente à equipe principal do Bayern. O garoto passou pela base de ADO Den Haag e Feyenoord, até se mudar à Baviera quando tinha 16 anos. Depois de ir muito bem no sub-17 e no sub-19, ficou mais alguns meses no Bayern II até ser promovido aos profissionais nesta temporada. E deixou sua marca na Bundesliga, com quatro gols, incluindo o tento da vitória sobre o Freiburg em sua estreia. Aos 19 anos, o holandês tem futuro como homem de área.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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