Champions League

Herrera e Tuchel destacam liderança de Neymar no PSG: “Ele guia por meio de sua qualidade, confiança e coragem”

Neymar pode não ser a primeira figura em que pensamos ao imaginar um líder dentro de uma equipe. Porém, Ander Herrera e Thomas Tuchel, jogador e técnico do PSG, respectivamente, garantem que o brasileiro tem um papel importante em guiar o time, à sua própria maneira: a partir de sua técnica e mentalidade com a bola.

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Em entrevista prévia ao confronto de semifinal da Champions League, marcado para esta terça-feira (18), contra o RB Leipzig, o espanhol e o alemão ressaltaram as qualidades do grupo e sua diversidade de líderes – entre eles, o brasileiro.

Para Herrera, capitão não é só quem veste a braçadeira, mas também quem tem ações de capitão, e isso o PSG tem bastante em seu grupo. Enumerando alguns deles, Herrera destacou Neymar.

“O Marquinhos é um líder natural. Ele não fala muito, mas, no treino ou no campo, ele é um líder. O Neymar é outro líder. Quando você tem um jogador que pede bastante a bola quando a equipe está bastante pressionada no campo, isso é um líder. O Keylor Navas venceu muito em sua carreira e sempre tenta criar um grupo fechado. O Thiago Silva é um líder e um capitão fantástico”, exaltou o espanhol.

Tomando exemplo de equipes vencedoras do passado, Herrera vê a necessidade da divisão da responsabilidade em diversas figuras e diz que o PSG conta com isso atualmente: “Todos os grupos que conhecem o sucesso não conseguiram isso com apenas um líder. Temos vários líderes, nas palavras e também nas ações”.

Tuchel corrobora as menções de Herrera e ressalta a mentalidade de Neymar dentro de campo para defini-lo como um líder neste grupo parisiense.

“Quando cheguei, ele era o líder no campo. Todo mundo espera um líder que fala, ele é diferente. Ele guia por meio de sua qualidade, sua confiança, sua coragem de sempre fazer o um contra um no campo. Ele sempre quer ganhar, com sua ambição, sua combatividade. Ele ama a competição no campo.”

Ao ir ao mercado no início da temporada, o PSG pareceu buscar jogadores não só por suas qualidades técnicas, mas também de personalidade. Neste sentido, trouxe três nomes que agregaram muito à qualidade de grupo da equipe. Tuchel afirma que esses atletas ajudam Neymar a mostrar o seu melhor, mas reforça que a responsabilidade não pode ficar apenas sobre o brasileiro – como aconteceu em boa parte do confronto com a Atalanta, pelas quartas de final.

“Nesta temporada, criamos um grupo com jogadores como Herrera, Sarabia e Navas. São jogadores que sabem jogar ou viver juntos e sabem criar uma atmosfera. Essas são talvez peças-chave para ver o Neymar em outro nível. Este é um esporte de equipe, e o Neymar não pode ganhar sozinho. Estamos muito felizes de ter criado uma atmosfera especial”, encerrou.

Parte importante da criação desse ambiente favorável passou pelas mãos de Neymar, conforme revelou Ander Herrera em abril, após a classificação contra o Borussia Dortmund, nas oitavas de final.

Segundo o espanhol, o camisa 10 organizou um almoço com o elenco do PSG, fechando o grupo e criando uma verdadeira união em torno de um objetivo: a Liga dos Campeões.

“Neymar fez muito pelo grupo naquela época (após a derrota na partida de ida contra o Dortmund). Tivemos um almoço em sua casa para nos unirmos. Ele estava muito concentrado e levou todos com ele. Quando ouço alguns jornalistas dizerem que Neymar não pensa no PSG, eu vi o que ele fez durante esse período, entre os dois jogos. E é incrível… O capitão e todos o fizeram. Mas Neymar deu muito para o grupo. Quando um jogador de classe mundial se comporta assim, isso significa que ele pensa muito no grupo”, revelou Herrera em entrevista ao Canal+ após a classificação diante do Dortmund, que teve gol de Neymar.

É com essa união, divisão de responsabilidades e o retorno de desfalques, como Ángel Di María, suspenso contra a Atalanta, e, possivelmente, Kylian Mbappé, que pode até ser titular, que o PSG espera superar o RB Leipzig nesta terça-feira e chegar a uma inédita final de Champions League.

Foto de Leo Escudeiro

Leo Escudeiro

Apaixonado pela estética em torno do futebol tanto quanto pelo esporte em si. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, com pós-graduação em futebol pela Universidade Trivela (alerta de piada, não temos curso). Respeita o passado do esporte, mas quer é saber do futuro (“interesse eterno pelo futebol moderno!”).
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