Guia da Champions League 2022/23 – Grupo H: PSG, Juventus, Benfica, Maccabi Haifa

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Por que acompanhar?

O PSG na Champions League costuma ser uma história sempre boa de acompanhar e mais ainda quando tem outros dois clubes de peso no grupo, como Juventus e Benfica. O Maccabi Haifa é o time que não parece ter chance, mas Juventus e Benfica tendem a brigar por uma vaga, enquanto a outra deve ser do PSG. Com camisas pesadas, estádios conhecidos e alguma disputa no ar, o grupo tem sua atratividade. Além disso, é basicamente o grupo Di Maria: agora na Juventus, ele enfrentará dois ex-clubes, o PSG e o Benfica.

Títulos

PSG: nenhum
Juventus: 2 (1984/85, 1995/96)
Benfica: 2 (1960/61, 1961/62)
Maccabi Haifa: nenhum

Retrospecto recente dos clubes

PSG

2021/22: Oitavas de final
2020/21: Semifinal
2019/20: Final
2018/19: Oitavas de final
2017/18: Oitavas de final

Juventus

2021/22: Oitavas de final
2020/21: Oitavas de final
2019/20: Oitavas de final
2018/19: Quartas de final
2017/18: Quartas de final

Benfica

2021/22: Quartas de final
2020/21: Preliminares
2019/20: Fase de grupos
2018/19: Fase de grupos
2017/18: Fase de grupos

Maccabi Haifa

2021/22: Primeira fase preliminar
2020/21: não disputou
2019/20: não disputou
2018/19: não disputou
2017/18: não disputou

Ambição

PSG

Tal qual Cérebro, do famoso desenho Pink & Cérebro, o objetivo é dominar o mundo. Ou, neste caso, a Europa, conquistando a Champions League. Esse é o grande objetivo e, desta vez, a estratégia do time é um pouco diferente: em vez de seguir contratando estrelas, foram trazidos Luis Campos, diretor de futebol conhecido no futebol francês, especialmente, por bons trabalhos montando elencos, e o técnico Christophe Galtier. As contratações mudaram de estilo e o time tem trabalhado mais para ser coletivo, mas ainda é um conjunto de estrelas, especialmente no ataque. Lionel Messi, Neymar e Kylian Mbappé são craques internacionais que podem decidir jogos a favor da equipe.

Juventus

O objetivo da Juventus é, além de classificar às oitavas de final, quebrar essa sequência de quedas na primeira fase eliminatória. São três anos seguidos caindo nas oitavas de final, então a ideia é inicialmente chegar às quartas de final. Massimiliano Allegri foi quem conduziu o time a duas finais de Champions, em 2015 e em 2017, mas em ambas acabou derrotado.

Benfica

O Benfica sobreviveu a um grupo bastante difícil na temporada passada e superou o Barcelona, se classificando às oitavas de final junto com o Bayern de Munique. Desta vez, a ideia é fazer algo parecido: superar a Juventus, que deve ser sua concorrente direta, e ir ao mata-mata novamente. Quem sabe até conseguir repetir o bom desempenho e chegar às quartas de final, com alguma sorte no sorteio.

Maccabi Haifa

Chegar à fase de grupos já foi bastante difícil para o Maccabi Haifa e é um fato raro em sua história. Por isso, o objetivo será apenas desfrutar, entregar bons jogos e tentar fazer alguns pontos, quem sabe uma vitória em casa. Até mesmo ir à Liga Europa parece improvável para a equipe israelense, então qualquer ponto será comemorado.

Ponto Forte

PSG

Com três dos melhores do mundo no seu ataque, o PSG é um time com alta capacidade de decisão. São muitos bons jogadores em todo o elenco, do goleiro ao meio-campo, mas o ataque é simplesmente espetacular. Lionel Messi, Neymar e Kylian Mbappé começaram a temporada afiados e tudo indica que devem fazer barulho nesta Champions League.

Juventus

Como é tradicional na Juventus, e ressaltado pelo estilo do seu técnico, a defesa é o ponto forte. Não só os defensores individualmente, mas o sistema, coletivamente, é que o torna a Velha Senhora muito forte. É sempre difícil fazer gols na Juventus. Nada disso é novidade, exceto por um detalhe: normalmente o sistema defensivo dos bianconeri é formado por italianos e desta vez quem dominam são os brasileiros. Três dos quatro jogadores da linha defensiva são brasileiros: Danilo na lateral direita, Bremer pelo centro e Alex Sandro na lateral esquerda. Só Leonardo Bonucci, ao lado de Bremer no centro da zaga é italiano. É curioso.

Benfica

O jogo pelos lados do campo é o grande trunfo do Benfica. O time tem jogadores decisivos atuando como pontas, no ataque, que ainda são acompanhados por laterais bastante ofensivos e também perigosos. David Neres, de um lado, e João Mário, de outro, têm sido importantes, além dos laterais Gilberto, pela direita, e Alex Grimaldo, pela esquerda. Gilberto começou tão bem que nem foi preciso mandar um “Alô, Tite”, porque o técnico já disse estar de olho no jogador de olho na Copa. Em uma posição carente, ele pode ser uma surpresa besta reta final.

Maccabi Haifa

Um dos pontos mais fortes da equipe está na defesa e muito disso é responsabilidade do goleiro americano Josh Cohen. Aos 30 anos, o goleiro nasceu na Califórnia e começou a carreira em ligas menores do país, mas desde 2019 joga pelo Maccabi Haifa. Sua média no clube é de menos de um gol por jogo, o que por si já chama muito a atenção. Fez 131 jogos e sofreu apenas 116 gols, além de ter 54 jogos sem sofrer gols. O clube vai torcer para ele manter o bom desempenho e, quem sabe, conseguir alguns pontos.

O craque

PSG

Por mais que Mbappé tenha permanecido e se tornado o principal jogador e Lionel Messi seja um dos maiores de todos os tempos, o grande craque do time neste início de temporada é Neymar. O brasileiro voltou antes do programado aos treinos e parece ter começado em grande fase técnica, além de ótima forma física. Com tudo isso, ele tem brilhado intensamente e fazendo diferença nos jogos. É claro que um time com craques como Messi e Mbappé sempre tem responsabilidades bem divididas, mas Neymar parece disposto a fazer desta a sua temporada – o que pode ser bom para a seleção brasileira, já que a Copa do Mundo será em novembro.

Juventus

Dusan Vlahovic chegou com pompa ainda em janeiro e começou bem a sua carreira na Juventus. É um jogador perigoso em todos os aspectos e ainda parece ter aumentado mais o seu repertório ao marcar belos gols em cobranças de faltas. O jogador sérvio tem uma perna esquerda potente, capaz de causar problemas a qualquer equipe. Como Paul Pogba e Federico Chiesa estão machucados, o foco deve ser mesmo o camisa 9.

Benfica

O principal nome do Benfica neste início de temporada tem sido João Mário. O meio-campista tem atuado mais à frente, aberto pelo lado esquerdo, com liberdade para flutuar pelo meio. Em nove jogos na temporada até aqui, João Mário marcou quatro gols e fez quatro assistências. Seu movimento saindo da ponta para o meio cria oportunidades para passes em profundidade e mesmo para finalizações, além de permitir a Alex Grimaldo chegar com liberdade à linha de fundo.

Maccabi Haifa

Ali Mohamed tem 26 anos e é o ponto de equilíbrio do Maccabi Haifa. Atua como volante e está no clube desde a temporada passada, contratado junto ao Beitar Jerusalem. Nascido em Níger, atua em clubes israelenses desde 2015 e passou pelo Beitar Ramla antes de chegar ao Beitar Jerusalem. É um jogador importante tanto defensivamente, dando segurança no meio-campo, quanto ofensivamente, iniciando as jogadas.

Mister Champions

PSG

Aos 35 anos e com uma cartela de títulos recheada, Lionel Messi é o jogador mais experiente quando falamos em Champions League. Ninguém no elenco estelar do PSG tem mais jogos que ele na competição: 156, sendo que tem 125 gols, o segundo maior artilheiro da história do torneio. Está atrás apenas de Cristiano Ronaldo, que tem 140. Será que o atacante consegue fazer 15 gols e igualar o português?

Juventus

A Juventus contratou um especialista em Champions quando levou Ángel Di Maria para Turim. Com 99 jogos pela competição, o jogador é quem mais tem experiência, além de ser campeão do torneio em 2013/14, pelo Real Madrid. Já são 12 temporadas que Di Maria disputa a Champions League a Juve certamente espera que a sua experiência ajude o time a melhorar o desempenho.

Benfica

Nicolás Otamendi é um dos líderes do Benfica e já tem 65 jogos pela Champions League na carreira, por três clubes diferentes: Porto, Manchester City e o Benfica. Embora não seja nenhum grande craque, é um líder importante e ajuda os encarnados a terem uma defesa combativa. Ele é a experiência no setor, já que outros nomes são mais inexperientes ou em idade, ou em jogos no torneio, como os brasileiros Lucas Veríssimo, Morato e João Victor, o jovem Antonio Silva ou o recém-contratado John Brooks.

Maccabi Haifa

Como é um clube que raramente joga a fase de grupos da Champions, poucos jogadores têm alguma experiência no torneio. Entre os jogadores que atuam, quem mais jogou o torneio é Mavis Tchibota, congolês de 26 anos. Ele tem 11 jogos de fases preliminares, mas nunca jogou fase de grupos. Aliás, entre os inscritos pelo clube, só Rami Gershon jogou alguma partida de fase de grupos e foram apenas duas.

A contratação

PSG

Vitinha chegou sem alarde, mas aos 22 anos, se tornou titular já na pré-temporada e tem mostrado que conquistou a confiança do técnico. Faz a dupla de meio-campo com Marco Verratti, fazendo o trabalho de integração entre defesa e ataque. No esquema de três zagueiros, ele tem um papel fundamental para manter o equilíbrio do time, que tem o ataque mais estelar do mundo e que não é muito afeito de marcação, o setor que ele está é fundamental.

Juventus

Bremer foi o melhor defensor da Itália na temporada passada e havia uma disputa com a Inter para quem levaria o zagueiro do Torino. A sua chegada foi uma vitória fora de campo e o custo, € 41 milhões, foi menor do que o recebido pela venda de Matthijs De Ligt, que foi para o Bayern de Munique por € 67 milhões. Considerando o desempenho de ambos na Serie A, a Juve pode ter melhorado sua defesa e ainda ganhado algum dinheiro. Tem tudo para ser não só titular, mas destaque do time, como foi no Torino (alô, Tite!).

Benfica

David Neres foi a grande contratação da temporada do Benfica. Com a guerra da Rússia contra a Ucrânia, Neres, que estava no Shakhtar, chegou por um valor baixo, € 15,3 milhões, e já tem sido um dos principais jogadores da equipe. Ele tem jogado muito bem atuando na ponta direita. Em apenas sete jogos, fez três gols e quatro assistências. É um dos jogadores mais perigosos deste elenco.

Maccabi Haifa

Frantzdy Pierrot veio do Guimgamp por € 1,6 milhão e o haitiano marcou cinco gols nas fases preliminares da Champions, incluindo dois na última delas, os playoffs. É, portanto, um dos responsáveis pela chegada do time a esta fase. Somando todas as competições, são 10 jogos até aqui na temporada, com seis gols do centroavante. .

O técnico

PSG

Christophe Galtier tem 56 anos e é um treinador experiente e bastante conhecido na França. Foi o último responsável por desbancar o próprio PSG na Ligue 1 com o título do Lille, em 2020/21. Trabalhou no Saint-Étienne de 2009 a 2017, um trabalho longo e que foi bem avaliado. Depois, dirigiu o Lille de 2017 a 2021, deixando o clube após a conquista do título francês, e na temporada passada estava no Nice. Seu trabalho é de tornar o PSG uma equipe coletiva, menos calcada no talento individual e com mais ferramentas para sair de enrascadas que os adversários tentarão causar.

Juventus

Massimiliano Allegri é um nome conhecido na Itália e na própria Juventus. Aos 55 anos, ele retornou ao clube na temporada passada, depois de duas experiências que não funcionaram como o esperado no clube: Maurizio Sarri e Andrea Pirlo. Quando ele saiu do clube, havia a sensação que a Juve precisava de um time mais ofensivo, com outro estilo de jogo. Só que a equipe regrediu muitas casas e, assim, o cenário que havia com Allegri voltou a parecer bom. A primeira temporada não foi boa, mas há expectativa de agora o time render mais e voltar a brigar pelo título em casa e também fazer um bom papel na Europa, indo, quem sabe, até as fases finais da Champions.

Benfica

Roger Schmidt, de 55 anos, chega ao Benfica respaldado por um bom trabalho no PSV. Ele foi o técnico do Red Bull Salzburg e liderou em dois títulos austríacos e também foi bem na Alemanha, comandando o Bayer Leverkusen. Conseguiu um ótimo início pelo novo clube e já abriu dois pontos de vantagem após apenas cinco rodadas na liga portuguesa.

Maccabi Haifa

Barak Bakhar tem 42 anos e é um ex-jogador de sucesso no futebol israelense.  Saiu de jogador para treinador em 2011, quando se aposentou e se tornou assistente técnico no Kiryat Shmona. Assumiu como técnico principal em 2012, onde ficou até 2015. Foi para o Hapoel Beer-Sheva, onde conquistou três títulos consecutivos no período que ficou por lá, de 2015 a 2020. Assumiu o Maccabi Haifa em 2020 e conquistou mais dois títulos da liga israelense, além da vaga na fase de grupos da Champions League.

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