Champions League

Guia da Champions League 2022/23 – Grupo G: Manchester City, Sevilla, Borussia Dortmund, Copenhague

O Manchester City chega como time a ser batido, enquanto Sevilla e Dortmund prometem uma boa disputa paralela

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Por que acompanhar?

Quem gosta de plasticidade sempre precisa acompanhar o grupo do Manchester City. Ainda mais agora que o bicampeão inglês conta com Erling Haaland para completar suas jogadas ofensivas. Os gols devem cair do céu, ainda mais contra a defesa geralmente esburacada do Borussia Dortmund ou contra o mais modesto Copenhague. Os encontros com o Sevilla de Lopetegui prometem duelos táticos muito interessantes, e o clube espanhol pode brigar cabeça a cabeça com o Dortmund pela segunda vaga nas oitavas de final. São dois times, aliás, que decepcionaram na temporada passada, eliminados em grupos acessíveis. Tem o bônus de também promover um reencontro muito rápido entre Haaland e a Muralha Amarela, que ele defendeu tão bem em seus anos na Alemanha.

Títulos

Manchester City: nenhum
Sevilla: nenhum
Borussia Dortmund: 1997
Copenhague: nenhum

Retrospecto recente

Manchester City

2021/22: Semifinal
2020/21: Final

2019/20: Quartas de final 

2018/19: Quartas de final

2017/18: Quartas de final

Sevilla

2021/22: Fase de grupos
2020/21: Oitavas

2019/20: Não participou

2018/19: Não participou

2017/18: Quartas

Borussia Dortmund

2021/22: Fase de grupos
2020/21: Quartas de final

2019/20: Oitavas de final

2018/19: Oitavas de final
2017/18: Fase de grupos

Copenhague


2021/22: Não disputou
2020/21: Não disputou
2019/20: Preliminares
2018/19: Não disputou
2017/18: Preliminares

Ambição

Pep Guardiola beija a taça da Premier League (OLI SCARFF/AFP via Getty Images)

Manchester City

Houve um momento em que passar da fase de grupos da Champions League era um problema para o Manchester City. Ficou no passado. Com Pep Guardiola, o costume é passear nas seis primeiras rodadas e conseguir a vaga até com antecipação para poder ter um ou dois jogos de mais rotação e menos intensidade. Sem um adversário à altura dessa vez, depois de dividir o grupo com o PSG na temporada passada, a expectativa é que lidere com folgas.

Sevilla

O Sevilla deu sorte no sorteio da temporada passada. Caiu em um grupo equilibrado, mas acessível, sem um cachorro grande. Na verdade, era o clube com mais experiência recente em competições europeias, o grande campeão da Liga Europa. E à Liga Europa ele foi após ser terceiro colocado atrás de Red Bull Salzburg e Lille. Precisa compensar. O Manchester City talvez seja inatingível, mas a edição anterior mostrou que o Borussia Dortmund pode ser superado. Se o Sporting conseguiu, o Sevilla também consegue.

Borussia Dortmund

Tem meio que a obrigação de passar. A temporada passada foi trágica. Caiu em um grupo que deveria ter até liderado. Mesmo que o Ajax tenha tido um rendimento incrível na fase de grupos, terminou em terceiro lugar, atrás do Sporting, e nem conseguiu avançar na Liga Europa, eliminado pelo Rangers na repescagem. Para um clube que busca crescimento econômico, dois anos seguidos sem mata-mata da Champions League é muito ruim.

Copenhague

Não dá para esperar muita coisa. É sua primeira fase de grupos desde 2013/14, quando também caiu em um grupo difícil e até fez um bom papel, com quatro pontos contra Juventus, Galatasaray e Real Madrid. Está ao lado de três times com muita experiência recente de futebol europeu e, se às vezes dá para contar com uma ou outra tragédia do Borussia Dortmund, fazer um papel digno deve ser o bastante para o campeão dinamarquês.

Ponto forte

Bynoe-Gittens e Moukoko comemoram (THOMAS KIENZLE/AFP via Getty Images/One Football)

Manchester City

Abrir espaços e criar chances contra adversários fechados são os principais desafios do futebol moderno, e nenhum time lida com eles tão bem quanto o Manchester City. A sua principal força está na maneira como movimenta a bola com qualidade e cria superioridade no meio-campo e no campo de ataque para metodicamente desmontar a estratégia defensiva do adversário. E agora tem Erling Haaland para usar a força bruta quando for necessário.

Sevilla

É um time que sofre para ter identidade por causa da constante rotação de peças. A dupla de zaga era um dos seus pontos fortes, agora metade dela joga pelo Barcelona, a outra metade pelo Aston Villa. Começou tão mal a temporada – um empate, três derrotas – que é difícil elogiar alguma coisa, mas, em seus melhores dias, é uma equipe equilibrada, sólida defensivamente e que ataca bem pelos lados do gramado.

Borussia Dortmund

É um time que fica mais confortável para atacar nas transições, ainda mais sem poder contar com a presença de Erling Haaland – também excepcional no contra-ataque – na grande área. Tem muito talento jovem e pernas intactas do meio para a frente. Quem se abre demais contra o Dortmund pode ser castigado por Karim Adeyemi, Youssoufa Moukoko, Marco Reus, Jude Bellingham e companhia.

Copenhague

Teve uma defesa praticamente intransponível que sofreu apenas 13 gols em 22 jogos na temporada regular do Campeonato Dinamarquês. Depois, somente seis nos dez jogos do hexagonal final. Foi também com placares baixos e apertados que o Copenhague passou pelas preliminares da Champions League.

O craque

Marco Reus, do Borussia Dortmund (

Manchester City

Ele dá o passe que ninguém espera, acerta todos os passes que todos esperam, puxa contra-ataque e ainda solta uma balaços de fora da área. A cereja no bolo é que Kevin de Bruyne passou a entrar mais na área na última temporada e foi premiado com sua temporada mais artilheira, marcando 19 gols por todas as competições. Está se tornado um jogador cada vez mais completo.

Sevilla

Ivan Rakitic foi titular apenas no quarto jogo da temporada, contra o Barcelona, mas vem de 46 partidas na anterior, com a braçadeira de capitão no braço em algumas delas. É um jogador experiente que dita o ritmo do meio-campo que retornou ao Ramón Sánchez Pizjuán após muito sucesso pelo Barcelona. Um dos veteranos que o Sevilla contrata para ter alguma continuidade na montagem dos seus times.

Borussia Dortmund

Está com 33 anos, mas ainda bota para quebrar. As lesões ficaram para trás e Marco Reus tem contribuído bastante. Foi um dos principais garçons da última temporada, com 12 assistências, e também marcou nove gols. Começou bem a nova edição da Bundesliga, marcando duas vezes e dando dois passes decisivos em cinco rodadas. É um dos principais líderes de vestiário em uma equipe com tantos jovens.

Copenhague

Titular da seleção sueca, Viktor Claesson saiu do Krasnodar depois do começo da guerra na Ucrânia e ajudou o Copenhague nas rodadas finais do Campeonato Dinamarquês. Nesta temporada, começou embalado, com sete gols em dez jogos. Um deles importante contra o Trabzonspor nos playoffs da Champions League. É um ponta esquerda experiente e habilidoso.

Mister Champions

Isco é apresentado pelo Sevilla

Manchester City

A espinha dorsal do Manchester City cresceu e se aventurou junta pela Europa. Quem trouxe experiência anterior importante foi Ilkay Gündogan, que chegou a uma final com o Borussia Dortmund e ainda participou de todas as campanhas recentes do bicampeão inglês. Fez 10 gols em 74 jogos pela Champions League.

Sevilla

Rakitic, com 85, é o que tem mais jogos. Isco, porém, é o que tem mais títulos. Cinco deles, com diferentes níveis de envolvimento. É verdade que não disputou um minuto do último, embora tenha ficado no banco de reservas na maioria das partidas. Ele atuou 72 vezes na principal competição europeia de clubes, então também não fica muito atrás do seu novo colega de meio-campo em experiência bruta.

Borussia Dortmund

Poucos zagueiros estiveram tantas vezes no mata-mata da Champions League nos últimos dez anos quanto Mats Hummels. Disputou uma final pelo Borussia Dortmund antes de passar três anos chegando longe com o Bayern de Munique. Retornou e continua sendo um dos principais líderes do Dortmund, embora não tenha mais o mesmo rendimento com regularidade. Fez 73 jogos de Champions.

Copenhague

David Khocholava foi contratado ano passado do Shakhtar Donetsk, pelo qual disputou três vezes a fase de grupos da Champions League. São apenas 11 jogos para o zagueiro de 29 anos. O elenco do Copenhague tem pouca experiência na competição.

O técnico

Jess Thorup (SASCHA SCHUERMANN/AFP via Getty Images)

Manchester City

Começa temporada, termina temporada, Pep Guardiola ainda é o melhor técnico do mundo. Faz um trabalho fenomenal no Etihad Stadium. A Champions League é o único ponto que pode ser levemente criticado porque demorou para chegar a uma final e colecionou algumas eliminações estranhas. Mas também é um torneio muito difícil e imprevisível, o horror de quem gosta tanto de ter o controle. O curioso dessa vez é que ainda não renovou contrato e está começando a entrar em seus últimos meses vinculado ao City.

Sevilla

Após treinar o Porto, Julen Lopetegui chegou à seleção espanhola e fazia um bom trabalho, prestes a disputar uma Copa do Mundo, quando chegou a ligação do Real Madrid. Acabou sendo demitido a dois dias da estreia. E não durou mais do que alguns meses no Santiago Bernabéu. Se parecia que sua carreira havia degringolado, o Sevilla apareceu como uma grande oportunidade e ele correspondeu, com um novo título da Liga Europa e classificações consecutivas à Champions League. Tem a difícil missão de precisar reinventar o seu time a cada janela de transferências.

Borussia Dortmund

Após se decepcionar com Marco Rose, o Borussia Dortmund buscou uma solução caseira. Edin Terzic havia sido técnico interino depois da saída de Lucien Favre, teve um desempenho satisfatório e estava atuando como diretor de futebol. O começo de trabalho ainda não empolga, mas ainda está nas fases iniciais e ele é um profissional muito jovem, com apenas 39 anos, sem grande experiência além de alguns anos como auxiliar de Slaven Bilic e de Favre.

Copenhague

Jess Thorup teve passagem pelas seleções de base da Dinamarca antes de brilhar levando o Midtjylland ao seu segundo título. Depois de treinar o Gent e o Genk na Bélgica, voltou para comandar o Copenhague, em 2020. Em sua segunda tentativa, fez o clube voltar a ser campeão nacional após dois anos perdendo para Midtjylland e Brondby.

A contratação

Erling Haaland, do Manchester City (Clive Brunskill/Getty Images)

Manchester City

O Manchester City conduziu um processo de perseguição a Harry Kane na temporada passada que não rendeu frutos. Daniel Levy, presidente do Tottenham, bateu o pé. Em vez de buscar uma alternativa, preferiu ter paciência para levar Erling Haaland no ano seguinte. É até difícil descrever o quanto o norueguês deixa o time de Guardiola perigoso. Ele ainda não está totalmente integrado. Ainda parece um corpo um pouco estranho. Ainda precisa fazer alguns ajustes ao seu estilo de jogo para se encaixar plenamente. E já fez dez gols em seis rodadas da Premier League.

Sevilla

Ele precisará de um pouco de tempo, mas Tanguy Nianzou parece uma boa sacada. Um zagueiro jovem, habilidoso e forte, com experiência em clubes grandes que receberá bastante tempo de jogo no Sánchez Pizjuán para se desenvolver. Talvez, como Koundé e Diego Carlos, gere muito lucro no futuro, mas primeiro precisa ajudar o brasileiro Marcão a dar um jeito nesta defesa.

Borussia Dortmund

Se deu certo uma vez, não tem nenhum motivo para não dar certo de novo. Após perder Erling Haaland, o Dortmund foi buscar a nova promessa do Red Bull Salzburg. Karim Adeyemi tem apenas 20 anos e características diferentes. É mais leve e também pode atuar pelos lados do gramado. Mas mete gol: fez 19 em 29 jogos pelo Salzburg no último Campeonato Austríaco.

Copenhague

Foi um mercado de repatriações. Mohamad Daramy retornou por empréstimo após ter pouco espaço no Ajax, mas o grande reforço foi Andreas Cornelius. O atacante de 29 anos voltou ao clube pelo qual marcou 61 gols em 177 jogos antes de sair para a Atalanta em 2017 e começar a rodar a Europa. Seu último clube foi o Trabzonspor, protagonista no título do Campeonato Turco.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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