Empate entre Manchester City e Internazionale frustra Haaland e dá razão a Guardiola
Atacante norueguês, que busca o seu centésimo gol pelo City, não conseguiu bater recorde de Cristiano Ronaldo
Reedição da final da Champions League 2022/23, o duelo entre Manchester City e Internazionale nesta quarta-feira (18) foi agitado e interessante, mas terminou em um 0 a 0 no Etihad Stadium pela 1ª rodada da fase de liga.
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A equipe italiana apostou em se defender muito bem e contra-atacar a qualquer espaço que encontrasse, enquanto os Citizens dominaram a bola e também tiveram suas chances. Tanto Ederson como Sommer trabalharam.
E o nível de competitividade dos Nerazzurri dá razão ao que Pep Guardiola falou do adversário na entrevista prévia ao confronto.
— A Inter é um time muito forte, pode ganhar a Liga dos Campeões. Cresceram desde a final de Istambul, são uma equipe completa, um dos melhores de sempre na Itália e a Serie A é um campeonato muito competitivo. — falou o técnico espanhol antes do jogo de hoje.
A visão do treinador faz sentido. A Inter conseguiu o que nenhum clube na Inglaterra fez nesta temporada: parar o ataque avassalador comandado por Erling Haaland e a estratégia de Simone Inzaghi se sobressaiu.
Desde a última temporada, mesmo com a queda para o Atlético de Madrid nas oitavas, ficou evidente que o time italiano é capaz de conquistar Europa pelo nível de futebol praticado na Serie A. Em 2024/25, certamente está entre os candidatos a Orelhuda.
E parando o ataque rival, a Internazional frustrou que Haaland se isolasse em um recorde impressionante.
O atacante norueguês soma 99 gols no time inglês em 104 partidas. Se marcasse, seria o mais rápido na história do futebol europeu ter 100 por um clube.
Ele pode ainda ser o mais rápido se marcar contra o Arsenal no próximo domingo (22), mas empatado com Cristiano Ronaldo, que marcou, em 2011, 100 gols nas 105 primeiras partidas pelo Real Madrid.
Internazionale é mais perigosa que Manchester no 1º tempo
Como na final de um ano atrás, o jogo teve um encaixe e um cenário muito simples.
Pelo trabalho de Pep Guardiola há oito anos e a característica dos jogadores, o Manchester City ia dominar a posse de bola e tentar marcar com um ataque posicional contra a defesa adversária bem fechada — poderia também contra-atacar com a velocidade de Haaland.
A Inter, um time que domina as transições com perfeição com Simone Inzaghi, se defenderia e buscaria, utilizando a velocidade de Thuram e Taremi, jogadas rápidas e verticais explorando a linha alta dos ingleses.
E foi exatamente isso, mas o lado italiano terminou bem mais eficaz. Sabia aproveitar os erros dos Citizens para colocar velocidade e finalizou muito assim, mesmo que quase todas sem direção.
Ederson só trabalhou com dificuldade aos 45, quando Carlos Augusto cruzou em cima do compatriota, que teve que afastar com o pé. Antes, Thuram (duas vezes), Çalhanoglu e outros arriscaram sem direção.
Os azuis de Manchester encontraram muitas dificuldades contra o 5-3-2 compacto do rival. Frente a defesa postada, pouco fizeram.
Quando conseguiram forçar um erro ou contra-atacar, levaram perigo. Haaland arriscou cruzado rasteiro e Sommer só assistiu à bola passar pertinho da trave. Depois, o arqueiro suíço fechou o ângulo para impedir gol de Kevin De Bruyne.
Citizens melhoram, mas ainda sofrem
A Inter não se contentava com o empate, quis abrir o placar por quase todo o tempo, mas não conseguiu. Voltou a incomodar com perigosos contra-ataques, Darmian, Mkhitaryan e Lautaro Martínez, saindo do banco, tiveram boas chances, mas desperdiçaram.
O City demorou a voltar ao jogo. Acordou a partir dos 23, quando uma trama perfeita de passes terminou em passe de calcanhar de Gundogan e finalização de Foden para defesa de Sommer.
O grande goleiro da seleção suíça também impediu gols de Gvardiol e Gundogan, além de outra tentativa de fora de Foden.
No fim, a estratégia de Inzaghi se sobressaiu.