Champions League

O domingo que cindiu o futebol europeu: a Superliga, as reações e os possíveis desdobramentos

Trazemos os posicionamentos e parte dos reflexos decorrentes do estouro da Superliga Europeia, criada por 12 clubes ricos

Potencialmente, 18 de abril de 2021 será lembrado como um dia importantíssimo à história do futebol europeu. Para 12 clubes poderosos, existe um discurso de revolução econômica. Para federações e os demais que ficam de fora do grupinho, são naturais as acusações de complô e de golpe. Fato é que as atitudes tomadas neste domingo certamente impactarão na organização do esporte, mesmo que não provoquem a cisão idealizada pelos rebeldes de imediato. A Superliga Europeia deixou de ser uma conversa de bastidores e foi oficializada, com a participação de seis clubes ingleses, três espanhóis e três italianos. Diante dos rumores, Uefa e várias entidades já tinham rechaçado a postura dos times antes mesmo do anúncio. Uma guerra de poder se intensifica, na véspera do dia em que a Champions League deverá confirmar as mudanças em seu formato.

A intensidade das notícias foi gradativa ao longo deste domingo. Os rumores sobre a Superliga são antigos, indo e vindo em diferentes intensidades, mas nada tão contundente. Mesmo nas últimas semanas, os planos não se sugeriam tão concretos. Contudo, durante a tarde na Europa, passaram a pipocar informações de que os 12 clubes tinham um manifesto escrito e logo demarcariam sua posição. Pela quantidade de veículos e jornalistas sérios abordando o assunto, estava claro que a Superliga estava prestes a dar um xeque na Uefa às vésperas da nova Champions ser apresentada ao púbico. Então, a confederação europeia antecipou movimentos. Por fim, no final da noite na Europa, a bomba estourou. A Superliga foi realmente anunciada

A ação oficializada: nasce a Superliga

Florentino Pérez, presidente do Real Madrid (Imago / OneFootball)

Ao todo, 12 equipes estão confirmadas na Superliga: Real Madrid, Barcelona, Atlético de Madrid, Juventus, Milan, Internazionale, Manchester United, Liverpool, Arsenal, Chelsea, Tottenham e Manchester City. A intenção, conforme a nota oficial, é iniciar a nova competição “o mais cedo possível”. Florentino Pérez, o poderoso mandatário do Real Madrid, será o presidente da nova entidade. Andrea Agnelli, da Juve, atuará como vice ao lado de Joel Glazer, um dos odiados donos do Manchester United. Emblematicamente, neste domingo, o presidente da Superliga viu seu clube sofrer para só empatar com o Getafe, enquanto um vice perdeu para a Atalanta e outro teve dificuldades para vencer o Burnley.

A Superliga teria “15 clubes fundadores”, abrindo as portas para mais três participantes fixos além dos 12 nomeados. Além disso, cinco vagas seriam abertas a cada temporada, para um modelo de participação que considerasse o desempenho nas ligas nacionais europeias. A nova competição não desmancharia as competições domésticas, mas bateria de frente com a Champions. Os 12 clubes fundadores falam em “preservar o tradicional calendário doméstico, que continua como coração do futebol de clubes”. Além disso, também há proposta de uma Superliga paralela ao futebol feminino, com os mesmos clubes que jogarem a liga masculina.

Conforme o comunicado, a Superliga seria disputada no meio da semana, ocupando a lacuna da Champions. Os times se dividiriam em dois grupos, com dois turnos em cada chave de dez equipes. Seis equipes avançariam às quartas de final, enquanto o quarto e o quinto de cada grupo fariam uma repescagem no modelo visto em ligas americanas, como a NFL e a MLS. Os times se encarariam em jogos de ida e volta, até a final em partida única.

O modelo de disputa proposto pela Superliga tem algumas semelhanças com a nova Champions. O projeto da Uefa é ampliar a fase de grupos para aumentar os cruzamentos entre os principais clubes antes dos mata-matas. Todavia, está claro como a ambição dos 12 signatários é buscar mais. A Superliga ainda não prevê jogos no final de semana, o que sempre foi apontado como uma das intenções dos clubes, mas que provocaria um terremoto maior. De qualquer maneira, está claro como os 12 presidentes desejam uma fatia maior do dinheiro e, principalmente, um controle maior sobre a fortuna do futebol.

Para angariar a aceitação dos excluídos, dinheiro

Andrea Agnelli, da Juventus (Imago/Onefootball)

Para tentar a aceitação em outros cantos da Europa, o discurso da Superliga é de “solidariedade e sustentabilidade”. Os clubes afirmam que a riqueza gerada pelo novo campeonato será dividida parcialmente e calcula que cerca de €10 bilhões serão redistribuídos por mecanismos de solidariedade às ligas nacionais durante os primeiros anos de competição. A promessa é que tal competição distribua €3,5 bilhões para os 15 clubes fundadores só de início, para “apoiar investimentos em infraestrutura e aliviar o impacto da pandemia”. Cada time embolsaria cerca de €230 milhões, um valor quatro vezes maior que o recebido pelo Bayern de Munique como vencedor da Champions 2019/20 por toda a sua participação no torneio.

“O torneio anual providenciará um crescimento econômico significantemente maior e o apoio ao futebol europeu através de um compromisso de longo prazo através de pagamentos de solidariedade ilimitados que aumentarão as receitas das ligas nacionais. Esses pagamentos de solidariedade serão substancialmente maiores que os gerados pelas atuais competições europeias”, aponta a Superliga. O banco JP Morgan participa das discussões sobre o financiamento, “.

Percebe-se inclusive um tom de aproximação no anúncio, diferente da maneira como a cisão foi recebida de maneira geral. A Superliga diz que os clubes fundadores “esperam manter discussões com Uefa e Fifa para trabalhar juntos em parceria, oferecendo os melhores resultados para a nova liga e o futebol como um todo”. A entidade também reconhece que seu surgimento acontece durante uma pandemia que acelerou a instabilidade no modelo econômico do futebol europeu. Aponta que os 12 clubes têm o objetivo de “melhorar a qualidade e a intensidade das atuais competições europeias e de criar um formato para os melhores clubes e jogadores competirem regularmente”.

“A pandemia mostrou que uma visão estratégica e uma abordagem comercial sustentável são necessárias para aumentar o valor e o apoio para benefício de toda a pirâmide do futebol europeu. Nos meses recentes, um diálogo extensivo aconteceu com partes interessadas pensando no formato futuro das competições europeias. Os Clubes Fundadores acreditam que as soluções propostas seguindo essas conversas não resolvem questões fundamentais, incluindo a necessidade de providenciar uma maior qualidade de jogos e recursos financeiros adicionais para a pirâmide geral do futebol”, pontua a nota.

A reação contrária: Uefa reúne apoios

Aleksander Ceferin, presidente da Uefa (JANEK SKARZYNSKI/AFP via Getty Images/OneFootball)

Antes que a tal Superliga oficializasse suas intenções, uma chuva de posicionamentos surgiu ao redor da Europa. As entidades não se mostravam exatamente surpresas, preparadas para enfrentar o posicionamento dos 12 clubes. A Uefa realizou uma reunião emergencial e logo depois publicou uma nota oficial. Além da confederação europeia, o texto também era assinado por três ligas (Premier League, La Liga, Serie A) e pelas respectivas federações (Inglaterra, Espanha e Itália).

“A Uefa, a FA, a Premier League, a RFEF, La Liga, a FIGC e a Serie A tomaram conhecimento que alguns clubes ingleses, espanhóis e italianos podem estar planejando o anúncio da criação de uma chamada ‘Superliga' fechada. Se isso acontecer, queremos reiterar que nós permaneceremos unidos em nossos esforço para impedir este projeto cínico, um projeto que se baseia no interesse de alguns clubes num momento em que a sociedade precisa de solidariedade antes de mais nada”, escreveram as entidades.

“Consideraremos todas as medidas de que dispomos, a todos os níveis, tanto judicial quanto esportivo, para evitar que isso aconteça. O futebol é baseado em competições abertas e mérito esportivo. Não pode ser de outra maneira. Conforme previamente anunciado pela Fifa e pelas seis confederações continentais, os clubes em questão serão proibidos de jogar em qualquer outra competição a nível nacional, europeu ou mundial, e seus jogadores poderão ter negada sua presença nas seleções. Agradecemos aos clubes de outros países, especialmente os franceses e alemães, que se recusaram a assinar. Apelamos a todos os amantes do futebol, torcedores e políticos que se juntem a nós nesta luta contra esse projeto, se for anunciado. Esse persistente interesse pessoal de alguns acontece há tempos. Basta é basta”, complementaram.

Paralelamente, vieram à tona outras tantas manifestações contrárias à Superliga. A própria Premier League reforçou a oposição: “Condenamos qualquer proposta que ataque os princípios de competição aberta e méritos esportivos, que estão no coração das pirâmides do futebol doméstico e europeu. Torcedores de qualquer clube da Inglaterra e ao redor da Europa podem sonhar que seu time suba ao topo e jogue contra os melhores. Acreditamos que o conceito de uma Superliga Europeia destrói esse sonho”. Da mesma forma fizeram ligas cujos clubes não estão envolvidos diretamente na iniciativa – como a Bundesliga, a Ligue 1 e a Eredivisie.

Outra entidade representativa a se juntar à oposição foi a Associação de Clubes Europeus, a ECA, envolvida nas mudanças da Champions – e que, em suas origens, surgiu em um momento no qual os clubes disputavam mais poder na Uefa. “Diante das notícias de hoje sobre a Superliga, a ECA, como uma entidade que representa 246 clubes ao redor da Europa, reitera seu compromisso em trabalhar no desenvolvimento das competições da Uefa para o ciclo que começa em 2024 e que um modelo de liga fechada é rechaçada por nós”, afirmou a associação, se posicionando favoravelmente às mudanças na Champions previstas pela Uefa. Vale lembrar que a ECA é presidida por Andrea Agnelli, mandatário da Juventus e exatamente um dos líderes da Superliga, mas que deve anunciar em breve sua renúncia.

Já as associações de torcedores se posicionavam contra até mesmo as mudanças na Champions. A Superliga logo seria criticada por elas, obviamente. A Football Supporters Europe classificou o projeto como “ilegítimo, irresponsável e com um modelo anti-competitivo”. “Os únicos que têm a ganhar são os fundos, os oligarcas e um punhado de clubes já ricos, muitos deles que têm um desempenho ruim em suas ligas nacionais, apesar de sua inerente vantagem”. Vale lembrar que, entre os 12 clubes, alguns possuem estruturas societárias que dependerão da participação dos torcedores para aprovar o ingresso na Superliga – como Barcelona e Real Madrid.

A Fifa modera sua posição

Gianni Infantino e Florentino Pérez (Getty Images)

A Fifa não foi tão agressiva em seu posicionamento oficial. A entidade internacional esperou o comunicado da Superliga para se manifestar, numa decisão distinta em relação à de outras organizações. Gianni Infantino, afinal, também trava sua disputa particular com a Uefa pela influência sobre os clubes, com o novo Mundial de Clubes. Anteriormente, a Fifa havia prometido banimento de suas competições aos signatários do grupinho. Agora, não foi tão incisiva e nem prometeu punições – embora expresse sua desaprovação à ruptura das ligas europeias, com uma nova superliga que esteja fora das estruturas já estabelecidas.

“A Fifa deseja esclarecer que segue firme em prol da solidariedade no futebol e de um modelo igualitário de distribuição que possa desenvolver o futebol como esporte, particularmente a nível global, já que o desenvolvimento é a missão primordial da Fifa”, apontou. Em alguns trechos, a entidade parece até ressoar pontos que a Superliga colocou como princípios. Mas aponta que a ruptura não é aceita: “Os órgãos diretivos do futebol devem utilizar todos os meios legais, desportivos e diplomáticos para assegurar que assim continuem. Neste contexto, a Fifa expressa sua desaprovação a uma liga separatista fechada na Europa, fora das estruturas do futebol internacional e não respeitando os princípios acima mencionados”.

Já no fim do comunicado, a Fifa exibe suas cartas, como se também desejasse participar de um diálogo maior neste processo: “A Fifa sempre defende a unidade no futebol mundial e apela a todas as partes envolvidas nas discussões acaloradas para que se aproximem em um diálogo calmo, construtivo e equilibrado para o bem do jogo e no espírito de solidariedade e de fair play. A FIFA fará, é claro, o que for necessário para contribuir para um caminho harmonizado no interesse geral do futebol”.

Os desdobramentos

Ceferin e Agnelli, em encontro da Uefa com a ECA (Foto: Uefa)

Obviamente, o domingo guardou apenas o estouro da bomba. Inúmeros desdobramentos ainda devem ocorrer nos próximos dias. Talvez algumas promessas de punições esportivas ou de ações na justiça lideradas pela Uefa, como já se especula. Além disso, chefes de estado se posicionam contra a Superliga, incluindo o premiê britânico Boris Johnson e o presidente francês Emmanuel Macron. Porém, se os 12 clubes fundadores não têm nada a perder e apostam alto, outros atores do futebol precisam dar passos meticulosos diante daquilo que está em jogo. A postura real de clubes como Paris Saint-Germain e Bayern de Munique, por exemplo, é bastante aguardada – por enquanto, eles se afastam do envolvimento com a Superliga.

Nesta segunda deve acontecer o próximo movimento da Uefa, com a expectativa sobre como tratarão as mudanças previstas na Champions League, com o aumento da fase de grupos e a expansão para 36 participantes. A ausência de menção à Champions no comunicado da Superliga é emblemático, como se o torneio da Uefa fosse meramente riscado do mapa para o surgimento de uma nova ordem. Inclusive, nas redes sociais, mensagens falsas de que a Champions e a Liga Europa serão abolidas passaram a ser replicadas. Robôs também multiplicam postagens de que “a superliga é uma boa ideia e revolucionará o futebol”.

Conforme o jornalista Tancredi Palmeri, a Superliga é mais um blefe do que uma intenção imediata. Os clubes ficaram insatisfeitos com o acordo pela nova Champions e resolveram forçar mudanças antes que as transformações fossem anunciadas. Com isso, pretendem aumentar o poder decisório dentro da Uefa. Poderiam até mesmo antecipar o recebimento de receitas, num momento em que a crise é ampla, com perdas na casa do bilhão entre os 12 signatários do clubinho. O Barcelona vê suas contas no vermelho. A Inter pode perder seus donos. Os mais tranquilos são aqueles financiados por magnatas de interesses escusos, que mesmo assim não perderão uma oportunidade desse porte.

Tal movimento ocorrido durante a pandemia também não é coincidência. Os prejuízos são inerentes num momento de retração econômica, no qual a bolha econômica ao redor do futebol começa a murchar. Os 12 clubes fazem o clássico “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Prometem que, através desse passo dado por eles, o mercado do futebol irá se recuperar milagrosamente mesmo com o mundo inteiro sentindo os efeitos da recessão. E, de maneira altruísta, a Superliga irá salvar toda a pirâmide do futebol através de uma multiplicação dos pães através desta expansão – num tipo de solidariedade que não foi visto no início da pandemia, com raríssimas exceções. Como se não existissem interesses empresariais de quem está bancando a nova competição, como se os próprios donos dos clubes (muitos estrangeiros) não visassem lucro.

O ponto é que tal processo de ruptura muito provavelmente não gerará um montante tão alto de imediato para ser distribuído. E não são as regalias dos grandes clubes que estarão em xeque, mas sim a sobrevivência de muitos pequenos. O impacto da crise econômica nas primeiras divisões das grandes ligas europeias é relativamente mitigado, ainda com patrocínios e direitos de TV. Os problemas são bem maiores na base do esporte, nas divisões de acesso, com estádios fechados e possibilidades restritas. E não parece que os aviões de dinheiro jogados pelos 12 clubes fundadores serão suficientes para uma sustentação verdadeira na parte mais baixa da pirâmide. Apenas parece que o topo de distanciará ainda mais, num efeito que pode ser igualmente grande em outros continentes – e, sobretudo, na América do Sul que “exporta seu pé de obra”.

Por enquanto, a reação negativa é massiva na opinião pública dos países europeus, inclusive nas torcidas dos 12 clubes signatários. É um reflexo de quem vê tal iniciativa como uma desestabilização do formato que realmente torna o futebol competitivo e que já vem sendo limitado durante os últimos anos. A muitos, é uma iniciativa para afastar da paixão e ir atrás de quem oferecer mais dinheiro, de quem pagar mais caro para ver. A Superliga se afastaria de questões de identidade regional e cultural difusa que existe no futebol, para algo muito mais atrelado ao dinheiro e ao glamour, que se aproxima bem mais da expansão corrente de mercado a outros continentes consumidores – não necessariamente torcedores. Resumidamente, “ganância”, como discursou Gary Neville na Sky Sports. E num esporte de arenas cada vez mais caras, de estrelas cada vez mais bem pagas, os poderosos apostam na nova estrutura para sustentar o seu modelo inflacionado.

É realmente difícil imaginar que a Superliga surgirá do dia para noite. Até lá, acontecerão ameaças e suposições. Porém, também é preciso entender que cada vez mais o futebol se centra na força dos clubes. As mudanças graduais na Champions a partir dos anos 1990 já são um reflexo disso, assim como a própria perda de equilíbrio das ligas nacionais europeias. Os abismos já são maiores e, nesta dança, os 12 poderosos preferiram ditar o próximo passo em vez de se submeter à Uefa. Talvez a direção mude, mas o ritmo é quase sempre o mesmo, restringindo o futebol de elite a poucos. E não é que os interesses da Uefa ou da Fifa sejam sempre nobres, também com suas próprias mesquinharias, ainda que possuam representações bem maior que 12 ou 20 clubes.

O futebol de elite se afunila há tempos. A Superliga, afinal, não implode necessariamente as ramificações do futebol e o espírito local que existe no esporte. Mesmo que a cisão aconteça, a massa do futebol continuará existindo a cada canto. A questão é se o grosso do dinheiro ficará em poucas mãos: quais serão os efeitos? Os excluídos do processo não querem pagar para ver e tal decisão tomada por pouquíssimos, justamente os mais ricos, é o que mais incomoda. Em contrapartida, os 12 clubes fundadores oferecem iscas que, num momento de dificuldade, outras equipes menores podem acabar aceitando.

A caminhada a uma Superliga tende a ser irreparável, considerando a organização de poder dentro do esporte e a maneira como a gestão se moldou aos interesses ao longo das últimas décadas. No entanto, se há um movimento específico dos clubes mais ricos por esta restrição, talvez seja a hora da organização como um todo partir a uma maré contrária e realmente repensar o seu modelo para não ficar refém de poucos – seja com mecanismos verdadeiros de solidariedade ou de controle financeiro, com formas de não se submeter a agentes de jogadores, com incentivo a distribuições mais igualitárias. Enfim, com outras medidas que também causariam abalos na estrutura econômica atual e não seriam bem aceitos por quem realmente manda.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
Botão Voltar ao topo