Champions League

Clubes preparam pressão para que novas vagas da Champions sejam ocupadas por campeões nacionais

Mudanças à Liga dos Campeões preveem duas vagas para equipes com bom coeficiente e que não tenham se classificado por meio de sua liga nacional

Em um de seus argumentos para se opor à renovação do principal torneio de clubes da Europa podem pressionar a Uefa para descartar as duas vagas extras na competição que foram anunciadas com base em desempenho histórico.

Na segunda-feira (19), a Uefa anunciou o novo formato para a Champions League que deverá ser adotado a partir da temporada 2024/25. Entre os diversos pontos, está a criação de quatro novas vagas para a competição. Duas delas, em especial, geraram polêmica por serem atribuídas aos dois clubes com o maior coeficiente ao longo dos últimos cinco anos que tenham se classificado apenas para a fase preliminar da Liga dos Campeões ou para uma das outras duas competições de clubes da Uefa, a Liga Europa e a Conference League.

Críticos da proposta veem essas vagas como uma maneira de agradar aos grandes clubes do continente que, ultimamente, têm tido dificuldades de se classificarem com regularidade à Champions League. Segundo o jornal inglês The Times, um membro do conselho de administração da ECA (Associação dos Clubes Europeus) teria afirmado que dirigentes do futebol europeu estariam se preparando para forçar a Uefa a abandonar a ideia.

Em seu lugar, esta fonte afirma ao Times que eles gostariam de distribuir as vagas a campeões nacionais adicionais. Hoje, enquanto temos países como Inglaterra e Espanha que ganham quatro vagas diretas na competição, campeões nacionais de países como Turquia e Dinamarca precisam ainda passar por uma fase eliminatória, o “caminho dos campeões”. Tal como foi apresentada, a reforma da Champions League estaria beneficiando grandes clubes incapazes de se classificarem entre os quatro primeiros de sua própria liga.

No comunicado de anúncio das reformas, a Uefa deixou em aberto uma série de questões a ainda serem discutidas e afinadas, entre elas justamente a redefinição da lista de acesso às competições europeias. No rescaldo da polêmica da Superliga, agora clubes pequenos, médios e grandes devem batalhar nos bastidores também pela distribuição destas novas vagas, e vai caber à Uefa tentar agradar a todos – agora sob um maior escrutínio do público.

Foto de Leo Escudeiro

Leo Escudeiro

Apaixonado pela estética em torno do futebol tanto quanto pelo esporte em si. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, com pós-graduação em futebol pela Universidade Trivela (alerta de piada, não temos curso). Respeita o passado do esporte, mas quer é saber do futuro (“interesse eterno pelo futebol moderno!”).
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