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Club Brugge foi um bom adversário, mas o Benfica se mostrou mais time e venceu na Bélgica

Classificado em primeiro lugar em um grupo que tinha o PSG, Benfica teve dificuldades, mas conseguiu vencer em um jogo que foi melhor que o bom time do Club Brugge

O duelo entre Club Brugge e Benfica no Estádio Jan Breydel, em Bruges, se mostrou um bom jogo, melhor até do que o placar pode deixar transparecer para quem só olha para ele. O Benfica venceu fora de casa por 2 a 0 neste jogo de ida das oitavas de final da Champions League porque foi melhor que o adversário, ainda que os belgas tenham até feito um bom jogo. Os erros, porém, custaram caro. Foi um bom duelo de dois times coletivamente bem armados, que duelaram taticamente em campo. O time de Roger Schmidt mostrou-se mais forte e saiu com uma merecida vitória, que deixa os encarnados perto da classificação.

O Club Brugge começou bem o jogo. Mesmo diante do ótimo time do Benfica, os belgas conseguiram chegar algumas vezes ao ataque, mas sempre impedidos no final, fosse no passe para finalização, fosse em uma finalização sem conseguir levar tanto perigo. Em um dos bons lances, aos 15 minutos, Noa Lang terminou uma jogada bem trabalhada pela esquerda, que resultou em um rebote da zaga nos pés do holandês, que bateu com perigo.

Só que passamos os primeiros 20 minutos de jogo, o Benfica pareceu se encontrar. O lateral Alex Grimaldo começou a aparecer muito mais, levando perigo em jogadas na linha de fundo. O time começou a chegar mais, criar chances e levar perigo. Em uma saída de bola errada, Fredrik Aursnes teve a chance, mas bateu mal, longe da direção do gol.

De meados dos 20 minutos até o fim do primeiro tempo, o Benfica conseguiu tomar as rédeas do jogo. Ainda que o Club Brugge eventualmente fosse perigoso em alguns ataques, ainda que sem resultar em finalização, era o Benfica que controlava o jogo mantendo a bola e criando chances.

Duas chances vieram com um zagueiro, Nicolas Otamendi. Isso porque o técnico Roger Schmidt trabalha muito as bolas paradas e as cobranças de falta procuram o zagueiro para que ele cabeceie para o meio e leve perigo. Em uma dessas, ele ajeitou para o outro zagueiro, Antonio Silva, que estava livre no meio da área, mas bateu de primeira para fora. Em outra, ele tentou ajeitar para Gonçalo Ramos, mas sem sucesso.

No final do primeiro tempo, o Club Brugge chegou ao gol em uma cobrança e falta, mas seria anulado por impedimento. Noa Lang cobrou a falta na segunda trave, Dennis Odoi cabeceou na segunda trave para o meio, a bola toca em um jogador do Benfica e entra. A comemoração veio, só que Odoi estava em posição irregular, bem marcado pela arbitragem já em campo e confirmado pelo VAR instantes depois.

No segundo tempo, o Benfica já começou em ritmo mais forte e colocando mais pressão em cima do Club Brugge. Até que aos quatro minutos, conseguiu um pênalti. Gonçalo Ramos foi mais rápido que o zagueiro Jack Hendry chegou atrasado e o derrubou. Com a penalidade marcada, João Mário assumiu a cobrança e bateu no alto, Simon Mignolet até chegou na bola, mas não conseguiu defender: 1 a 0 para os encarnados.

A vantagem permitiu ao Benfica jogar com alinda mais tranquilidade. Com o time muito bem defensivamente, faltava um pouco mais de competência para aproveitar a bola no ataque. Até por isso, o técnico Roger Schmidt mudou: colocou David Neres no lugar de Rafa Silva e Gonçalo Guedes no lugar de Gonçalo Ramos. Deixou de ter um centroavante como referência, mas passou a ter jogadores ainda mais móveis no ataque.

No final do jogo, o Benfica aproveitou a bobeada do Club Brugge para matar o jogo. Eram 42 minutos quando o Clinton Mota escorregou, viu o Benfica tomar a bola e fazer o lançamento para o meio da defesa. O lateral Bjorn Meijer errou ao dominar, David Neres tomou a bola e, de frente para o gol, finalizou cruzado e marcou 2 a 0.

A vitória deixa o Benfica com uma ótima vantagem para o jogo de volta, em Lisboa. Poderá até perder por um gol de diferença no Estádio da Luz que estará classificado para as quartas de final da Champions League. Coletivamente, o Benfica se mostrou um time muito bem armado por Roger Schmidt e que deve causar problemas, caso confirme a classificação.

Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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