Champions League
Tendência

Carlo Ancelotti: “Trabalhamos para frear um time que parece imparável”

O técnico do Real Madrid destacou a boa fase do Manchester City e analisou as diferenças em relação ao confronto da temporada passada

Quando o Manchester City engata a quinta marcha, ninguém segura. O time de Pep Guardiola emendou sequências avassaladoras nas últimas temporadas e parece estar em meio de mais uma, com vantagem na ponta do Campeonato Inglês e tentando chegar a sua segunda final de Champions League. O técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, sabe o quão difícil será lidar com um time que às vezes parece irresistível e espera carregar um resultado positivo para o jogo de volta, na Inglaterra, na próxima semana.

O City está invicto desde o começo de fevereiro e ganhou 17 dos seus últimos 20 jogos por todas as competições. Como mandante, engatou a 14ª vitória consecutiva, o que apenas reforça a importância de um bom resultado no Santiago Bernabéu para o Real Madrid, nesta reedição da semifinal da temporada passada, que terminou com os merengues passando à grande decisão em Paris.

Haaland tem sido uns dos destaques da temporada do bicampeão inglês, mas Ancelotti é esperto demais para saber que ele não é a única ameaça. “É um time completo que joga futebol muito bem. Trabalhamos para frear uma equipe que parece imparável. Temos opções. Chegamos bem. No mesmo nível da temporada passada. O que conta é a motivação. Temos que fazer um jogo completo, mostrar o melhor que temos. O segundo jogo será decisivo. Queremos chegar lá com vantagem”, afirmou.

O italiano confirmou que Luka Modric jogará normalmente e analisou a diferença entre o Manchester City de agora e o da temporada passada. “É um time mais completo. Gabriel Jesus era muito perigoso, mas diferente de Haaland. Agora eles podem aproveitar mais a bola longa, os rebotes. Mas o estilo é o mesmo”, disse. “Se você se defender bem, pode empatar. Isso não quer dizer que não atacaremos. Aceitaria o mesmo do ano passado: sofrer cinco gols e marcar seis”.

Em sua entrevista coletiva pré-semifinal, Guardiola mais uma vez tentou equilibrar a óbvia obsessão pela Champions League do Manchester City com não colocar pressão demais em cima dos seus jogadores. “Chegamos aqui na temporada passada com empolgação para jogar a final. Jogamos bem nas duas partidas, mas não foi suficiente. Mas o que aconteceu no passado é o passado. Não estamos aqui por vingança. É apenas mais uma oportunidade. Um dia vamos chegar à final e vamos vencê-la. Na última temporada, também viemos para chegar à final e vencê-la. Mas não aconteceu porque enfrentamos o Real Madrid e nesta competição eles sabem exatamente o que têm que fazer”, afirmou.

Ele citou o clube 14 vezes campeão europeu como um exemplo e disse que prefere uma equipe mais estável do que ganhar a Champions League uma vez, mas sofrer nos outros anos. “Eu não gostaria de ter um time que venceu a Champions League um dia e passou dez anos sem jogar a Champions. Há clubes na Europa que investem apenas para ganhar a Champions League e depois não ganham a Champions League e as ligas e começam a cair e cair. Ser estável é o mais importante. O Real, por exemplo, está lá toda temporada. Como o Barcelona no passado, sempre lá, ou o Liverpool, sempre lá. Isso para mim significa que um clube é estável, saudável. Queremos ganhar nesta temporada, claro. Como na temporada passada. É um processo. Eu adoraria já ter vencido”, encerrou.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
Botão Voltar ao topo