Apesar da eliminação, Rüdiger foi enorme ao Chelsea, na defesa e no ataque
O zagueiro que havia perdido espaço antes da chegada de Tuchel teve uma atuação destacada no Santiago Bernabéu

A carreira de Antonio Rüdiger no Chelsea parecia próxima do fim. Os rumores na imprensa inglesa diziam que, se chegasse uma boa razoável, o técnico Frank Lampard toparia vendê-lo. Ele perderia espaço no começo do Campeonato Inglês da última temporada, o que apenas aumentou essa percepção. A troca de técnicos, porém, resgatou a sua posição dentro do clube, e Rüdiger provou mais uma vez nesta terça-feira que merece tanta confiança, apesar da derrota para o Real Madrid nas quartas de final da Champions League.
Com Thomas Tuchel, o zagueiro alemão de 29 anos se firmou como um dos titulares do trio de zaga, ao lado de Thiago Silva e Azpilicueta (geralmente), e tem acumulado atuações decisivas. Fez um grande Mundial nesta temporada, por exemplo, antes de se destacar na defesa e no ataque durante os 80 minutos em que o Chelsea dominou o Real Madrid no Santiago Bernabéu, embora tenha escorregado no gol de Benzema.
Na frente, foi dele o segundo gol. Uma cabeçada precisa no canto em escanteio cobrado por Mason Mount. Tem sido uma marca registrada: foi seu quinto gol na temporada. E eles são geralmente importantes, como na vitória sobre o Tottenham na Copa da Liga Inglesa. Ou bonitos. Antes de o Chelsea levar quatro gols do Brentford, Rüdiger acertou um chute incrível de fora da área.
Atrás, esteve sempre atento, liderando o setor, gritando com os companheiros. Adiou o primeiro gol do Real Madrid com um carrinho perfeito para desarmar Vinícius Júnior que sairia na cara de Mendy. Teve bons números: seis desarmes, uma interceptação, afastou duas bolas, bloqueou uma, e também ajudou bastante na construção, com maior número de passes de um jogador do Chelsea (105).
Ele estava também em uma missão. Queria apagar o erro que havia gerado o terceiro gol do Real Madrid e de Benzema logo no começo do segundo tempo no jogo de ida. Os dois desta terça-feira que acabaram eliminado o Chelsea começaram no outro lado da defesa, em erros de saída de bola. Rüdiger nem estava na jogada no primeiro. No segundo, escorregou na hora em que arrumava o corpo para tentar bloquear Benzema e nada conseguiu fazer.
Mas isso não apaga uma grande atuação do zagueiro. Foi o melhor defesa de um time que praticamente anulou o dono da casa durante grande parte do jogo, com ações decisivas. Campeão europeu, é mais uma coisa que era difícil de imaginar que conseguiria quando estava sendo deixado de lado por Lampard.