A bonita mensagem de Bartra: “A única coisa que peço é que vivamos todos em paz”

Bartra viveu minutos de terror. Os 15 minutos mais longos da sua vida. Na última terça, antes do duelo contra o Monaco pelas quartas de final da Champions League, houve três explosões próximas ao ônibus do Borussia Dortmund, ferindo o pulso do zagueiro espanhol. Ele precisou passar por cirurgia e deve ficar um mês afastado dos gramados. Da cama do hospital, enviou uma bonita mensagem de paz e superação para agradecer ao carinho que recebeu de tanta gente.
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Bartra relatou a dor e o pânico de não saber o que estava acontecendo, nem quanto tempo duraria o ataque sofrido pelo Borussia Dortmund. Acredita que o choque vivido nos últimos dias diminuirá à medida em que retornarão o desejo pelo futebol, por conviver com os amigos, dar risada, trabalhar. Enfim, de viver. Pediu paz e se diz orgulhoso por perceber que todo o dano que quiseram causar ao Borussia Dortmund resumiu-se aos machucados no seu punho. Quer voltar aos campos o mais rápido possível.
“Hoje, voltei a receber no hospital a visita que mais me faz feliz. Elas são tudo para mim, a razão pela qual luto para sempre superar os obstáculos e este foi o pior da minha vida, uma experiência que não desejaria a ninguém neste mundo. A dor, o pânico e a incerteza de não saber o que estava acontecendo, nem quanto tempo duraria. Foram os 15 minutos mais longos e difíceis da minha vida.
Sobre tudo isso, quero dizer que acredito que o choque desses dias vai diminuir cada vez mais e aparecerão as vontades de viver, lutar, trabalhar, rir, chorar, sentir, querer, acreditar, jogar, treinar, seguir disfrutando da companhia dos meus amigos, entes queridos, companheiros, da minha paixão, de defender, de cheirar a grama como fazia antes do começo da partida para me motivar. De ver as as arquibancadas cheias de pessoas que amam a nossa profissão, pessoas boas que querem apenas que as façamos sentir emoções para se esquecer do mundo e principalmente deste mundo que vivemos, cada vez mais louco.
A única coisa que peço, a ÚNICA, é que vivamos TODOS em paz e deixemos as guerras para trás. Quando olho para meu punho, inchado e machucado, sabem o que sinto? Orgulho. Olho para ele orgulhoso pensando que todo o dano que quiseram nos causar na terça-feira resultou apenas nisso. Agradeço aos médicos, enfermeiras, fisioterapeutas e pessoas que me ajudam a me recuperar e pelo meu punho continuar perfeito.
Agradeço as milhares e milhares de pessoas, veículos de imprensa, organizações de todo tipo, Borussia Dortmund e companheiros, que manifestaram seu apoio e carinho. Por menor que tenha sido, me encheu incrivelmente de forças para seguir SEMPRE em frente. Precisava escrever e desabafar para enterrar esse assunto e poder pensar em me colocar 100% o mais rápido possível. Saudações! Marc.”