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Bayern aniquilou em 40 minutos o sonho de classificação do Porto

Era previsível que o Bayern de Munique fizesse um jogo de volta muito melhor que o da ida, na semana passada, contra o Porto. Até mesmo a classificação bávara era aposta fácil, apesar da derrota por 3 a 1 na primeira partida. Ainda assim, o resultado positivo dos portugueses permitiu que ao menos um sonho ousado existisse. Mas apenas para que, uma semana depois, fosse completamente aniquilado em 40 minutos de domínio impressionante dos alemães. O 6 a 1 facilmente construído foi a prova definitiva que, sem grandes falhas individuais, o Bayern era um desafio maior do que o que o Porto poderia suportar.

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Desde os primeiros minutos ficou claro que o Bayern não cometeria os mesmos erros que em Portugal. A falta de concentração na ida foi compensada com muita eletricidade desde o apito inicial. Posse de bola com as linhas avançadas, toques rápidos e marcação por pressão na saída do Porto. A resistência portuguesa durou pouco, e aos 14 minutos Bernat cruzou com perfeição para Thiago, que subiu sozinho e, na primeira trave, desviou de cabeça para fazer 1 a 0. Sete minutos depois, Badstuber subiu mais alto que a defesa dos Dragões em cobrança de escanteio e ajeitou para Boateng, também de cabeça, fazer 2 a 0, contando com grande ajuda do goleiro Fabiano, que, sem impulso, não evitou o gol.

O terceiro gol foi o mais belo deles. Aos 27, Thiago Alcântara, principal articulador do jogo ofensivo bávaro no primeiro tempo, deu belo passe longo, pelo alto para Lahm. O alemão chegou cruzando, Müller ajeitou com classe para Lewandowski, e o polonês completou de cabeça para chegar ao 3 a 0. Aos 36, Thiago puxou outro ataque e rolou para Müller. O camisa 25 arriscou de longe, fraco, mas contou com desvio em Martins Indi para enganar Fabiano, que quase evitou o gol, mas viu a bola passar entre suas pernas: 4 a 0. Minutos depois, aos 40, Lewandowski recebeu passe de Müller e fez o quinto. O ritmo foi esse mesmo: em sequência, sem tempo para respirar, massacrante. Parecia que o Porto tomara emprestada desatenção bávara do primeiro jogo neste confronto de volta. Os vacilos pelo alto e os lances defensáveis que Fabiano deixou passar foram cruciais para o massacre.

Confira o terceiro gol do Bayern:

No segundo tempo, o Bayern puxou o freio, diminuiu o domínio da passe de bola e a entregou para o Porto. Tão combalidos, os portugueses não tiveram muito o que fazer. Ameasçaram uma reação pouco após a primeira metade da segunda etapa, com um gol de Jackson Martínez, aos 28 minutos, e depois com bela jogada individual do colombiano, concluída com chute perigoso, rente à trave direita de Neuer. Mas isso foi tudo. De bola parada, Xabi Alonso fez o sexto em bela cobrança de falta, aos 43 minutos, e selou a vitória por 6 a 1 que leva os bávaros para as semifinais.

O gol de falta de Xabi Alonso:

Agora que os dois jogos estão concluídos, é até de se imaginar que talvez tivesse sido melhor para o Porto um placar mais natural na primeira partida: um 2 a 0 do Bayern por exemplo. Isso arrefeceria um pouco o ímpeto dos bávaros, que, pelo contrário, tinham algo a provar nesta terça. Provaram – e com sobras. O que os portugueses fizeram, no entanto, não pode ser ignorado. Além de se aproveitarem dos vacilos na primeira partida para conseguir um resultado impressionante, fizeram o time de Munique sofrer seu primeiro gol em casa nesta edição de Liga dos Campeões. Para o Bayern, fica dos confrontos um aprendizado: vacilos podem ser fatais, e com concentração essa equipe é capaz de tudo.

Foto de Leo Escudeiro

Leo Escudeiro

Apaixonado pela estética em torno do futebol tanto quanto pelo esporte em si. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, com pós-graduação em futebol pela Universidade Trivela (alerta de piada, não temos curso). Respeita o passado do esporte, mas quer é saber do futuro (“interesse eterno pelo futebol moderno!”).
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