Espanha

Messi: “Não me lembro de ter sido ovacionado por um rival (antes)”

No ultimo domingo, Messi teve uma daquelas atuações que seriam históricas se ele não as tivesse quase todas as semanas. Destruiu o Bétis, fora de casa, com três gols, que incluíram uma perfeita cobrança de falta e uma cavadinha que apenas ele conseguiria imaginar – e executar. O Barcelona venceu por 4 a 1 e se aproximou do título espanhol. E a torcida do Benito Villamarín gritou o nome do argentino.

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“A verdade é que não lembro de ter sido ovacionado por um rival. Agradeço a resposta do público. Neste estádio, eles nos tratam muito bem, apesar de sermos rivais”, afirmou Messi, depois da partida. “Gostei muito do reconhecimento da torcida do Betis a ele”, acrescentou o treinador do Barça, Ernesto Valverde. “Os rivais sofrem com ele, mas também podem desfrutá-lo”.

Para enfrentar o Bétis, cujo estilo de jogo característico de posse de bola impôs uma pesada derrota ao Barcelona no primeiro turno, no Camp Nou, Valverde decidiu mudar a estratégia. Armou um meio-campo sem pontas, defendeu mais recuado e buscou os contra-ataques com Messi e Suárez. Deu certo.

“Jogamos contra um time que trata muito bem a bola, que sai jogando de trás e constrói superioridade com o goleiro”, analisou Messi. “Mas não sofremos em nenhum momento. Sem a bola, estávamos organizados e saímos no contra-ataque. Você tem que se adaptar a este estilo. São ocasiões pontuais. Acredito que o treinador leu muito bem a partida. Taticamente, fizemos um jogo perfeito”.

Valverde destacou a importância da vitória nessa partida. Entrando na parada para jogos de seleção, o Barcelona tem dez pontos de vantagem para o segundo colocado. E faltam dez rodadas. “Era um jogo vital depois da derrota do Atlético de Madrid (vice-líder). Abrimos 10 pontos e fechamos uma sequência de partidas muito intensas antes da parada. Cada vez que passa um jogo e vencemos, estamos mais próximos (do título)”, disse.

“Eles nos pressionaram à frente ano passado e no primeiro turno. Nós não poderíamos fazer uma pressão muito alta depois de um jogo tão intenso como o que tivemos na quarta-feira (contra o Lyon, pelas oitavas de final da Champions League). No primeiro tempo, o Betis esteve bem, mas cada vez que passávamos do meio-campo, nós criávamos perigo”, encerrou Valverde.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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