Espanha

Llorente é uma boa venda do Real Madrid, mas também outra promessa que se vai

O Real Madrid é basicamente uma estação de trem a esta altura. O vai e vem está frenético em meio à necessária reformulação do elenco, que foi de tricampeão europeu a um time facilmente batido em uma péssima temporada. Depois de chegar a € 300 milhões em compras com a contratação de Ferland Mendy, o foco agora é nas vendas. E o volante Marcos Llorente foi o primeiro a sair, anunciado pelo Atlético de Madrid, condicionado aos exames médicos.

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Dentro da necessidade do Real Madrid de equilibrar o caixa em um mercado que ainda pode ter mais reforços, a venda de Llorente foi excelente. O jogador de 24 anos, que se destaca pelo poder de marcação e capacidade física, tem apenas 39 partidas pelos merengues e uma temporada emprestado ao Alavés e pode render até € 40 milhões – o negócio, segundo a imprensa espanhola, foi fechado em € 30 milhões mais € 10 milhões em variáveis por desempenho.

Llorente chegou a ser titular durante um breve período do Real Madrid na última temporada, entre novembro e dezembro, quando o treinador era Santiago Solari. Como outros jogadores do elenco, o retorno de Zidane colocou seu futuro em dúvida. Desde os tempos de Castilla, o técnico francês tinha dúvidas sobre o futebol do garoto, como mostra esta matéria do Marca sobre os seus altos e baixos no Santiago Bernabéu.

O volante estreou no time principal com Rafa Benítez e não entrou mais em campo entre os adultos depois da troca de técnicos, em janeiro. Ao fim da temporada, foi cedido por empréstimo para o Alavés, pelo qual fez um bom Campeonato Espanhol. Retornou ao Real Madrid e fez apenas 11 jogos como titular no último ano de Zidane, seis deles nas primeiras fases da Copa do Rei, quando os grandes clubes da Espanha geralmente colocam times reservas.

O Real Madrid, se pudesse escolher, preferia que Llorente fosse vendido para um clube estrangeiro. Houve especulações de Roma e Internazionale, mas foi o Atlético de Madrid quem apareceu com dinheiro suficiente. E, para o jogador, é ótimo. Em busca de uma reposição para a provável saída de Rodri, Diego Simeone sabe tirar o melhor das principais características do volante, que nem precisará mudar de cidade.

Quando atuou pelo Real Madrid pós-Zidane, Llorente foi bem, especialmente em contraste com a temporada fraca de Casemiro, e poderia ser no mínimo um bom reserva para a contenção de meio-campo. No entanto, foi a primeira causalidade da necessidade do Real Madrid de arrecadar dinheiro vendendo jogadores e exemplo de uma velha máxima do Bernabéu: chegam as estrelas, vão se as promessas. E, desta vez, para um grande rival.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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