
O Barcelona entrará para a história como o vencedor da Supercopa da Espanha 2013/14. O empate por 0 a 0 no Camp Nou, após arrancar o 1 a 1 no Vicente Calderón, deu aos blaugranas o direito de levantar a taça. O Atlético de Madrid, no entanto, não tem muito a reclamar. Pelo menos pelo que se viu, os colchoneros saíram da decisão de cabeça erguida. É lógico que um título a mais no currículo não seria ruim, mas a postura da equipe de Diego Simeone mostrou de novo que a hegemonia de Barça e Real Madrid está ameaçada – ao menos nos mata-matas.
O Atlético foi superior na partida do Camp Nou. O Barcelona pressionou durante os 20 minutos iniciais da partida e também na reta final, quando Lionel Messi desperdiçou a chance de vitória ao cobrar um pênalti na trave. De qualquer forma, a maneira como os rojiblancos se portaram fez com que os blaugranas batessem cabeça em muitos momentos.
Assim como já tinha sido na partida de ida, o Atlético fechou muito bem os espaços na defesa. Com duas linhas compactas, o Barcelona tinha pouquíssimo poder de conclusão. Juntos pela primeira vez como titulares, Messi e Neymar estiveram apagados e nem de longe afirmaram a previsão de que dividiriam responsabilidades pelos culés. Bem marcados, mal finalizaram durante a partida – os anfitriões acertaram apenas uma vez a meta de Thibaut Courtois ao longo dos 90 minutos.
Enquanto isso, o Atlético criava as melhores oportunidades. As saídas rápidas ao ataque funcionavam muito bem, assim como a movimentação de Diego Costa e David Villa à frente. Os dois atacantes abriam espaços para os companheiros e, não à toa, os melhores lances vieram dos pés de jogadores saindo de trás. Não fosse Victor Valdés, os colchoneros sairiam com ao menos um gol do Camp Nou.
Mesmo sem a conquista, o Atlético deixa a Supercopa com a tarimba de time copeiro. As virtudes da equipe de Simeone estão na forma empenhada como se defende e na eficiência nas chances que criam. Os colchoneros souberam como matar o jogo do Barcelona, sobretudo com faltas, e o nervosismo de alguns adversários era notável. E os visitantes ainda têm o que reclamar da arbitragem, com algumas decisões questionáveis a favor dos catalães.
Aguerrido, o Atlético de Madrid atual vai na contramão do clube medroso que ficou marcado nas últimas décadas. Ser freguês do Real Madrid e saco de pancadas do Barcelona já não é mais a sina dos rojiblancos. Devastar quem aparecer pelo caminho em La Liga com a mesma regularidade de blaugranas e merengues talvez não é tão fácil. Competir de igual para igual nos confrontos diretos com os gigantes espanhóis e ter a mesma capacidade para ir longe na Liga dos Campeões, porém, é a nova realidade do Atleti.

Destaque do jogo
Victor Valdés. Se o Barcelona ficou com a taça, deve bastante ao seu goleiro. O camisa 1 fez ao menos duas defesas essenciais na partida. Em especial, um chute à queima-roupa de Arda Turan no final do primeiro tempo, que espalmou para escanteio.
Momento chave
A entrada de Pedro, no meio do segundo tempo. Se Lionel Messi e Neymar eram os astros no ataque do Barcelona, foi com o camisa 7 que o time passou a realmente funcionar. A partida ficou mais fluida para os blaugranas, que encontraram mais brechas na defesa do Atlético. Não à toa, o pênalti perdido por Messi foi sofrido por Pedro.
Curiosidade
Xavi conquistou seu 25º título da carreira e ultrapassou Paco Gento como jogador espanhol mais vitorioso da história (via @2010MisterChip)
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