Com quatro equipes, Supercopa da Espanha será disputada na Arábia Saudita nos próximos três anos

Em evento pomposo, a Federação Espanhola escalou craques do país para anunciar e promover a sua renovada Supercopa. Já a partir de janeiro de 2020, a competição será disputada com quatro equipes, semifinais e final, como sabíamos desde fevereiro. O grande anúncio desta segunda-feira (11), no entanto, foi a sede: a Arábia Saudita receberá o pequeno torneio nos próximos três anos.
[foo_related_posts]A primeira edição em solo saudita acontece já daqui a dois meses, em janeiro de 2020. As edições de 2021 e 2022 também serão na Arábia Saudita – e também durante o inverno europeu, uma solução encontrada pela federação para “aliviar” o calendário de competições.
Segundo a Federação Espanhola, as receitas da competição serão destinadas a todo o futebol não-profissional no país, “ou seja, segunda e terceira divisões (efetivamente o terceiro e quarto níveis da pirâmide do futebol espanhol), futebol feminino e também futebol de salão”.
Conforme divulgado em fevereiro, o novo formato traz um “Final Four”, com quatro equipes na disputa, fase semifinal e então uma final. Em 2020, os competidores serão Valencia, Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid, e os confrontos, como você vê no tuíte abaixo, já foram sorteados e divulgados.
? #Supercopa2020 | ¡Así quedan los emparejamientos!
? 8 de enero: @valenciacf – @realmadrid
? 9 de enero: @FCBarcelona_es – @Atleti? 12 de enero: FINAL pic.twitter.com/pd73BikQl8
— RFEF (@rfef) November 11, 2019
O evento contou com Sergio Ramos, Sergio Busquets, Saúl Ñíguez e José Gayà, um representante espanhol para cada uma das quatro equipes, em algo que é parte de um grande esforço de imagem para se substanciar a realização em um lugar como a Arábia Saudita.
Monarquia absolutista, o país mantém relação próxima com países importantes do Ocidente, mas isso não o exime de críticas internacionais por suas violações aos direitos humanos, que incluem ataques a civis, incluindo crianças, em seu conflito no Iêmen, suspeitas de subsídios a grupos terroristas, direitos limitados às mulheres e o assassinato de críticos do regime, como o jornalista da CNN Jamal Khashoggi, que foi morto e esquartejado na embaixada saudita em Istambul, na Turquia, em outubro de 2018.
Outras medidas no sentido de mitigar o impacto da escolha da Arábia Saudita como sede incluíram um acordo com a Federação Saudita para que mulheres possam ir aos jogos, além da criação de uma competição feminina a ser disputada na Arábia Saudita e organizada pela Federação Espanhola. Será o bastante?